Domingo 28 de Abril de 2024

Benfica sem “estofo” global para os franceses

© José Pedro Gonçalves / JDM

© José Pedro Gonçalves / JDM

Ainda que, nalguns períodos, o Benfica tivesse conseguido alguma supremacia sobre os franceses do Lyon, a verdade é também se notou, na maior parte do desafio e em minutos “fatais”, que a equipa de Bruno Lage não reuniu condições suficientes para poder vencer, como era desejo de todos os benfiquistas e não só.

Sofrendo o primeiro golo logo aos 4’, o Benfica começou a demonstrar que não tinha “estaleca” para esta formação, como se foi vendo a longo de todo o desafio, pese embora a infelicidade de Ferro ter sido obrigado a sair (16’) devido a um choque com Odysseas, quando este saiu da baliza para afastar, a soco, uma bola que criava perigo na sua área.

No seguimento de um canto, tornado curto por questões técnicas dos franceses, Andersen surgiu a subir mais alto que os centrais benfiquistas e cabeceou forte e com direcção milimétrica, ante uma certa passividade não só dos referidos centrais como da restante defesa.

No reatamento e pouco depois de ferro ter sido substituído, o Lyon teve oportunidade para marcar, o que aconteceu mais duas vezes, ante uma lentidão “esquisita” dos jogadores benfiquistas.

O primeiro remate para a baliza dos franceses surgiu aos 26’, quando Gedson atirou mas muito por cima da baliza, numa altura em que o Lyon detinha a posse de bola a 58% contra 42% dos benfiquistas.

Do que resultou o segundo golo (33’) do Lyon, com Aouar a fugir pela esquerda, apanhando o defesa direito adiantado e que não teve pernas para recuperar, permitindo ao atacante francês central para o meio da grande área onde Depay, vindo de trás e sem deixar cair a bola, fez um remate forte sem que tivesse alguém pela frente.

Até ao intervalo e ainda que recuperasse a posse de bola (51/49% para o Lyon), o Benfica só aos 45+3’ teve uma oportunidade para poder criar perigo mas Chiquinho rematou directamente para o guarda-redes defender para canto.

No segundo tempo, notou-se que a convicção dos jogadores do Benfica se mantinha “baixa”, apesar de ter ganho vários cantos mas sem que qualquer deles resultasse em perigo para a baliza francesa.

O Benfica corria mais e, como estava a perder por duas bolas de diferença, tentou reduzir a diferença, o que começou a fazer (78’) quando Seferovic teve olho de “lince” e isolou-se, chegou na cara do guarda-redes e marcou um excelente golo que, inicialmente, foi considerado nulo por fora de jogo do avançado benfiquista, avançado que tinha entrado em campo há poucos minutos.

Feita a análise pelo vídeo-árbitro, a verdade foi resposta e o golo foi válido.

Esperar-se-ia que o Benfica “acelerasse” nos últimos dez minutos mas o que se viu foi um aumento de descontrolo, apesar de Bruno Lage ter refrescado a linha média com a inclusão de Pizzi, que não deu resultado.

Pelo contrário, foi o Lyon que chegou ao 3-1, com um golo de Traoré, que ganhou a bola à defesa benfiquista, rodopiou para a direita e rematou forte, cruzado e para o fundo da baliza de Odysseas, depois de Rúben Dias se ter desviado da frente e a bola passar pelo local onde se encontrava segundos antes.

Com este triunfo, o Lyon subiu ao 2º lugar, com 7 pontos, a dois do Leipzig – que foi derrotar (2-0) o Zenit a Moscovo – enquanto o Benfica se manteve na última posição, com 3 pontos, posição bem desconfortável, ainda que não final, podendo os homens da Luz ainda recuperarem, o que não será fácil mas possível.

Na próxima ronda (27 de Novembro) o Benfica desloca-se ao Leipzig, que segue no comando, numa partida de vida ou morte para os campeões nacionais, terminando a fase de grupos no dia 10 de Dezembro ante o Zenit (na Luz), que está em terceiro com mais um ponto do que os encarnados.

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