Sexta-feira 29 de Março de 2024

Portugal na fase final do Mundial de Andebol (começa esta terça-dfeira) após interregno de 18 anos

Os “Heróis do Mar” – como foi designada a selecção portuguesa de Andebol, pelo menos com vista ao Mundial de 2021, a disputar no Egipto e que se inicia esta quarta-feira – regressam à fase final de um mundial, após um intervalo de 18 anos.

Andebol-Mundial2021-Logo-12-10-2021A estreia verificou-se em 1997 (19º lugar) para, quatro anos depois (2001) chegar à 16ª posição e, em 2003 (na competição realizada em Portugal), conseguir um excelente 12º lugar, no que foi o melhor período do Andebol português além-fronteiras.

Antes disso, porém, Portugal tinha conquistado (1976) o título mundial na categoria C (3ª divisão), na competição efectuada no nosso país.

Depois disso, apenas o regresso neste ano – também com uma equipa que se pode considerar de “ouro” – face ao 6º lugar conseguido no europeu do ano passado, o que levou ao referido baptismo de “Heróis do Mar”.

Acompanhando a evolução da modalidade, a Federação Internacional da modalidade decidiu aumentar de 24 para 32 o número de equipas na fase final, em que o português será falado em três equipas, como são o caso de Angola e Cabo Verde, para além de Portugal.

Outra novidade tem a ver com a construção de uma nova cidade (Nova Capital – que terá um Sports Hall novo em folha) no Egipto para acolher jogos das várias séries (oito) que envolvem a primeira fase, a que se juntam o Cairo (Stadium Sports Hall), Borg El Arab (Sports Hall) e Giza (Dr. Hassan Moustafa Sports Hall).

Portugal, face ao conseguido no europeu do ano passado, entrou como cabeça-de-série no grupo das oito melhores equipas (Dinamarca, Espanha, Croácia, Noruega, Eslovénia, Alemanha e Suécia), sendo que cinco delas se consagraram como campeãs mundiais (Dinamarca, campeão em título, Espanha, Alemanha, Croácia e Suécia) sendo Portugal, Eslovénia e a Noruega os “outsiders”.

Andebol-Mundial2021-12-10-2021O jogo de inauguração, entre o Egipto e o Chile, abrirá a competição no Stadium Sports Hall, no Cairo (onde se jogará também a final, no dia 31), com Portugal a estrear-se no dia 14 (19h30), frente à Islândia (com quem perdeu há dias na fase de apuramento para o europeu’2022, sendo que os outros adversários do grupo (F) são Argélia e Marrocos.

Cabo Verde está inserido no grupo A (Alemanha, Uruguai e Hungria) e estrear-se-á no dia 15. Enquanto Angola (grupo C) terá como parceiros de competição o Qatar, Croácia e Japão, que também jogarão no dia 15 (sábado).

Três equipas garantem a passagem à próxima fase e levam consigo os pontos conquistados frente às equipas que também transitam para a ronda seguinte. Todos os jogos de Portugal serão transmitidos na RTP2.

Chegados ao Egipto, os jogadores lusos já conhecem os “cantos à casa” onde vão jogar e Paulo Pereira, o seleccionador nacional, tem com o objectivo de se manter em prova até ao Final Weekend, no fim-de-semana de 31 de Janeiro, numa prova que será disputada sem público, pela primeira vez na sua história, pese embora ainda haja possibilidade da admissão de um número reduzido de espectadores.

Na equipa nacional, que se apresenta na máxima força para o Campeonato do Mundo, apenas Alexandre Cavalcanti e Gilberto Duarte estão em recuperação, mas que estarão aptos para jogar no Egipto.

Paulo Pereira acredita que Portugal tem possibilidades de alcançar um resultado histórico na competição e referiu que o que aconteceu no último jogo contra a Islândia, não pode voltar a acontecer, tendo frisado que “este é, para mim, o Mundial com mais expectativas. Não podia, após o que fizemos no Europeu, ambicionar melhor resultado de sempre de Portugal nesta competição (12º lugar), pelo que vamo-nos atirar já para cima e depois logo vemos. Se eu tiver que ser sacrificado, assim será e assumirei. Nós arriscamos isso, sabendo que dentro do nosso grupo há sempre coisas a melhorar e todos sabemos que isso tem que acontecer para podermos competir pelas medalhas. Isto é um processo gradual, tem que ser levado com calma, tempo e paciência. Já não andávamos aqui há 18 anos, estamos aqui outra vez e eu assumo que nós temos possibilidades. Não podemos ter dias maus muitas vezes”.

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