Sábado 05 de Dezembro de 4618

Pedro Pichardo do ouro à prata marcou posição no pódio dos saltadores inéditos a mais de dezoito metros em Roma

Dois saltadores (cubanos de origem, e espanhol e português por opção, com são os casos de Fortun e Pichardo) estiveram acima de 18 metros, o que nunca acontecera antes em grandes competições, como Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais ou Europeus.

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FPA / Sportmedia

Foi em Roma, no quinto dia dos Europeus, que o espanhol Jordan Diaz Fortun (18,18 metros, recorde de Espanha) e o português Pedro Pichardo (18,04 metros, recorde de Portugal). Tiago Pereira ficou em quarto lugar, com 17,08 metros.

Tudo se decidiu nos saltos finais. Ao quinto ensaio o espanhol fez o seu melhor salto de sempre (18,18 m), passando Pedro Pichardo, que tinha 18,04 metros desde o segundo ensaio, e Tiago Pereira, que seguia em terceiro lugar desde o primeiro ensaio, com 17,08 metros, viu-se ultrapassado pelo francês Thomas Gogois, que andava pelos 16,50 e alcançou agora 17,38 metros!

“Foi uma competição de altíssimo nível”, referiu o vice-campeão, aludindo ao facto de nunca, até agora, dois atletas terem decidido títulos em grandes competições, acima de 18 metros. “Eu sabia que ele podia fazer um salto assim. Por isso eu também treinei bastante para chegar aqui e saltar bem longe. Cheguei aos 18 metros, algo que não fazia desde 2015. A pista não me deu muita segurança. Eu ando há muitos anos no triplo e notava que ele poderia estar bem”, respondeu perante as perguntas.

Sobre a entrada forte, Pichardo afirmou que não tinha “nenhuma estratégia, o que interessava era fazer o melhor desde o primeiro salto”, referiu o atleta que tem mais concursos acima de 18 metros (11).

Já no que espera para Paris “é uma competição muito forte. Mas eu mostrei que estou bem, com este salto. Lá estaremos, com o Jordan Diaz, o Andy Diaz, o jamaicano Hibert, o próprio Zango, os cubanos … Seremos muitos e acredito que iremos saltar perto do recorde mundial para vencer!

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FPA / Sportmedia

Para Tiago Pereira, a tristeza de se ver assim ultrapassado quando quase saboreava o sabor do bronze, “Não posso dizer que estou desiludido, pois saltei o meu melhor deste ano. Não estou, de facto, triste por perder assim a medalha, mas também sei que tenho trabalhado para conseguir saltar mais longe. Hoje voltei aos quartos lugares…”, falou o atleta no final. “Tenho de continuar a trabalhar para estar cada vez mais perto deles. Noutras competições isto teria dado para estar no pódio, mas hoje não foi assim”, concluiu.

Na final dos 400 metros barreiras, que a neerlandesa Femke Bol venceu em 52,49 segundos, recorde dos campeonatos, Fatoumata Diallo, terminou em oitavo lugar, com a marca de 55,65 segundos.

A recém recordista de Portugal (com 54,65 segundos, na tarde de ontem), estava “muito satisfeita pelo que fiz. Confesso que esperava chegar mais perto do pódio, mas não aconteceu. Não faz mal. Espero no próximo fazer mais e melhor. Quero trabalhar mais e para poder lutar pelas medalhas”, afirmou, confessando que se sentiu algo cansada depois das duas corridas anteriores. “Hoje de manhã acordei com dores de cabeça e senti as pernas pesadas, mas foquei-me que tinha de correr a final e foi isso que fiz”, e acrescenta, em balanço, “no meu primeiro Europeu, cheguei à final, bati o recorde de Portugal e fiz marca de qualificação olímpica, acho que estive muito bem. Agora, no imediato, é trabalhar para me apresentar em Paris em boas condições para tentar fazer melhor”.

“Pelo que fiz. Confesso que esperava chegar mais perto do pódio, mas não aconteceu. Não faz mal. Espero no próximo fazer mais e melhor. Quero trabalhar mais e para poder lutar pelas medalhas”, afirmou, confessando que se sentiu algo cansada depois das duas corridas anteriores. “Hoje de manhã acordei com dores de cabeça e senti as pernas pesadas, mas foquei-me que tinha de correr a final e foi isso que fiz”, e acrescenta, em balanço, “no meu primeiro Europeu, cheguei à final, bati o recorde de Portugal e fiz marca de qualificação olímpica, acho que estive muito bem. Agora, no imediato, é trabalhar para me apresentar em Paris em boas condições para tentar fazer melhor”.

Com mais esta medalha alcançada por Pedro Pichardo (triplo), Portugal totalizou até agora a conquista de 40 medalhas (16 de ouro, 15 de prata e 9 de bronze).

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FPA / Sportmedia

No erro da Polónia se escreveu direito por linhas tortas, com Portugal a ser apurado para a final dos 4×400 metros. Antes, Agate Sousa apurara-se diretamente para a final do salto em comprimento. Depois, o quarteto feminino dos 4×100 metros bateu o recorde de Portugal.

Foi uma festa na zona mista quando o quarteto português nos 4×400 metros – a estreia absoluta se apercebeu de que tinha passado à final!

Na prova, o quarteto português, composto por Omar Elkhatib, Ricardo dos Santos, João Coelho e Ericsson Tavares fez uma corrida muito boa, com boas transmissões e terminou no sexto lugar da meia-final, com a marca de 3m01s91”, um recorde de Portugal, que superou a anterior melhor marca (3.03,59) registada nos Europeus de Munique em 2022, de um quarteto que tinha Mauro Pereira no lugar de Omar Elkhatib. O resultado de Portugal era então o sétimo melhor de todas as equipas, mas pela classificação estava fora da final. Com a desclassificação da Polónia, Portugal foi qualificado para a final, já na sua posição de justiça, com a sexta marca entre os finalistas, um resultado de nível mundial (15º no ranking mundial).

Agate Sousa, que no apuramento do salto em comprimento conseguiu o acesso à final com um salto de 6,72 metros (acima da qualificação, 6,70 m). “Vinha para tentar a qualificação direta, claro. Mas, sinceramente, no meu salto, pensava que tinha feito 7,40 m ou coisa assim, quando vi que era mais fiquei feliz”, referiu a atleta estreante, que está “a viver sentimentos que nunca havia sentido antes, é claro. Estou muito feliz por estar em bom plano. Na final, espero estar bem para poder atacar logo um bom salto e estar na luta pelos melhores lugares”, concluiu.

Triste estava Evelise Veiga, que no grupo B não conseguiu um salto válido. “Há dias em que nada sai bem. Tentei tudo para acertar, mas não consegui e no último salto tinha de arriscar tudo, pois elas estavam a saltar muito”, disse a atleta.

Outro recorde de Portugal do dia caiu nos 4×100 metros femininos. O quarteto português constituído por Lorene Bazolo, Rosalina Santos, Lurdes Oliveira e Íris Silva terminou a meia-final com 43,85 segundos, um recorde nacional, que melhora o anterior máximo de 44,27 segundos, obtido no ano passado no Europeu de Seleções, em Chorzow (Polónia), numa equipa que tinha Arialis Martinez em vez de Lurdes Oliveira. “Assim vale a pena todo o esforço”, refere uma sorridente Lorene Bazolo no final da prova, depois de ter corrido anteriormente quatro provas, individualmente, nos 100 e nos 200 metros. “Individualmente, todas nós corremos para o recorde, mas ainda não tinha surgido a oportunidade. Apesar de poucas vezes termos corrido juntas e treinado as passagens, tudo correu bem e mostrou que temos qualidade e podemos vir a alcançar as finais das competições no futuro”, concluiu.

Na continuidade das estafetas, a de 4×400 metros femininos surgiu forte e o quarteto composto por Carina Vanessa, Cátia Azevedo, Sofia Lavreshina e Vera Barbosa terminou em sexto lugar na meia-final, com 3m29s50”, a 12 centésimos do recorde de Portugal (3.29,38), que já resiste desde os Jogos Olímpicos de Barcelona’1992!

A estafeta de 4×100 metros masculinos terminou a meia-final em 39,26 segundos, melhor marca da época. O quarteto foi constituído por Carlos Nascimento, André Prazeres, Delvis Santos e Gabriel Maia.

No apuramento do lançamento do dardo, Leandro Ramos com um lançamento de 79,17 metros (ao segundo ensaio) teve de aguardar pelo desfecho do segundo grupo para saber se alcançava a final. “Foi o resultado que saiu. Estou em boa forma, sei que posso fazer um grande lançamento, mas hoje não deu”, afirmou no final.

Portugal fecha europeu de atletismo com presença em três finais

Seis portugueses estarão em ação no último dia (esta quarta-feira) – todo reservado para finais – dos Campeonatos Europeus de Atletismo, que decorrem em Roma (Itália).

A jornada inicia-se com a final do salto em comprimento (19h54), com Agate Sousa, que esta época já saltou 6,88 metros. As alemãs Malaika Mihambo (7,03 metros, neste apuramento) e Mikaelle Assani (6,91) têm melhor registo este ano.

A estafeta de 4×400 m chega pela primeira vez à final da disciplina (20h17). De novo João Coelho, Ericsson Tavares, Ricardo dos Santos e Omar Elkhatib estarão na partida, ostentando um novo recorde de Portugal de 3m01s91”, a sexta melhor marca entre as equipas presentes.

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