Terça-feira 18 de Maio de 7441

Sporting bicampeão “mata borrego” ao fim de 71 anos

Foi na época de 1953/54 que o Sporting conseguiu um bicampeonato, para o caso agrupado num póker (1950/1954) de quatro títulos consecutivos, terminando aí uma história de grande supremacia sobre o Benfica (7) e o FC Porto (4), que se foi modificando até aos dias de hoje.

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Liga Portugal

Na verdade, o Benfica continua na frente (38), seguindo-se o FC Porto (30) e o Sporting com apenas 21, num percurso que pode ser modificado para o futuro, se os leões conseguirem manter esta linha de triunfos ora reiniciada.

Um “bi” que conheceu altos e baixos, curvas curtas e longas, nervoso miudinho muitas vezes e outras vicissitudes baseadas em decisões que não foram as mais corretas, em especial no aspeto técnico onde um “terramoto” se fez sentir no primeiro terço da competição, com a saída de Ruben Amorim e a contratação de João Pereira por motivos ainda não esclarecidos até hoje, que podiam ter corrido pior.

Depois de um primeiro terço apenas com vitórias e uma superioridade pontual de fazer inveja, os leões começaram a “mastigar” (empates atrás de empates) até chegar um Rui Borges (que nunca perdeu) que acabou por levar a equipa ao bicampeonato, com maior ou menor ventura, com maior ou menor alegria, mas com uma resistência e resiliência que encorajou os jogadores a superarem-se até final da competição. O que aconteceu, pelo que o título está bem entregue.

O Benfica foi o que andou mais “certinho”, mas não teve tanta arte para sanar as deficiências que se foram verificando, mais ou menos com o FC Porto, ainda que os portistas tivessem pelo meio uma outra dificuldade: o rastilho ardente que veio da claque portista.

Por tudo isso, o pódio ficou como ficou, deu muito trabalho para uma “sincronização” a caminho da “solução final”, que apenas terminou na 34ª e última jornada da Liga Betclic, quando os grandes de Lisboa “conseguiram” distanciar-se um do outro, com vantagem para os Leões, que há muito sonhavam pelo bi.

Nos principais jogos, o Sporting, ainda que jogando em casa (onde o ambiente nem sempre é favorável), conseguiu ganhar vantagem no primeiro tempo, criando algumas oportunidades, mas sem que a bola entrasse na baliza de Bruno Varela.

Os leões fizeram 7-1 remates, dos quais 3-0 para a baliza, numa posse de bola de 63/37%, mas o zero-zero manteve-se até final dos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, havia que modificar algo e coube a Pedro Gonçalves, com um remate em linha e na passada (55’) rematar para o primeiro golo, enviando o esférico para o segundo poste, onde Varela não chegou.

Pouco depois, Catamo rematou forte, mas ao poste e o 2-0 surgiu (82’) quando Gyokeres surgiu rápido e desviou a bola de Varela, para chegar ao fundo da baliza e “selar” o que seria o resultado, e o título conquistado, depois de a estatística final ter resultado em 18-2 remates, dos quais 7-0 para a baliza, numa posse de bola de 54/46%, período em que os vimaranenses tentaram o ponto de honra, mas não conseguiram.

O Guimarães, como a estatística confirmou, apenas fez três remates, dos quais nenhum atingiu a zona da baliza de Rui Silva, numa situação algo passiva, o que levou a formação minhota a classificar-se no 6º lugar, perdendo a vez na Liga Conferência, que foi conquistada pelo Santa Clara.

Mais a norte, Braga foi a segunda capital nacional desta Liga Betclic 2024/2025, porquanto o Sporting de Braga tinha necessidade de vencer o Benfica para manter o 4º lugar e entrar na Liga Europa, para o que era preciso não perder com o Benfica.

Os bracarenses remataram muito mais que o Benfica (10-7 na primeira parte e 17-13 no final), com 5-1 remates para a baliza no primeiro tempo e 2-2 no segundo), que resultou num total de 17-13, dos quais 7-2 para a baliza, com uma posse de bola de 59/41% para o Benfica!

De grande penalidade (24’), Zalazar abriu o ativo, com Turbin a evitar o 2-0 (49’) mas com Pavlidis a (63’) chegar ao empate, com que terminou o encontro e com o Benfica a confirmar o segundo lugar.

Nos outros jogos desta 34ª e última ronda da Liga Betclic, o Estoril goleou (4-0) o Estrela Amadora; o FC Porto derrotou (3-0) o Nacional; o Santa Clara foi ganhar (2-1) a Faro; o Arouca goleou (4-1) o Boavista e o Moreirense foi ganhar (3-0) ao campo do AVS SAD.

Na classificação final, o Sporting somou 82 pontos, seguido do Benfica (80), FC Porto (71), Sporting de Braga (66), Santa Clara (57), Guimarães (54), Famalicão (47), Estoril (46), Casa Pia (45), Moreirense (40), Rio Ave e Arouca (35), Gil Vicente e Nacional (34), Estrela Amadora (29), AVS SAD (27), Farense (27) e Boavista (24), os dois últimos que descem à Liga II e o AVS SAD que vai disputar a descida à II liga (ou manutenção) com o Vizela.

Nos marcadores, Gyokeres (Sporting) despediu-se em beleza, com 38 golos, à frente de Pavlidis (Benfica) e Samu (FC Porto), ambos com 19; Clayton (Rio Ave), com 14; Marqués (Estoril), Akturkoglu (Benfica), Begraoui (Estoril) e Ricardo Horta (Braga), todos com 11.

Para além de melhor marcador (que também pode ser na Europa), Gyokeres tem vantagem para conquistar o prémio do melhor jogador da competição.

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