A Seleção Nacional Sub-17 venceu, este domingo, a congénere de França, 3-0, na final do europeu da categoria, no jogo disputado na Arena Kombëtare, em Tirana, o que não acontecia desde 2016 (há nove anos).
No que se refere ao encontro, no segundo minuto de jogo Duarte Cunha rouba uma bola em zonas adiantadas, mas o guardião recuperou a bola. Aos 8’, boa combinação ofensiva de Portugal, com Mide a atirar de pé esquerdo à figura de Jourdren.
Portugal com mais bola, a tentar organizar o ataque, França foi defendendo bem e focada em contra-atacar. Jogo amarrado taticamente, com poucos desequilíbrios de parte a parte. Aos 30’, Anísio faz o primeiro golo.
Jogada de insistência portuguesa, com Cunha a cruzar e Lima a cabecear. Anísio, dentro da área, insistiu e marcou depois de um remate seu ser defendido.
Portugal forte nestes primeiros 30 minutos, muito sério em campo, com personalidade e a querer pegar no jogo. A França esperava a equipa das quinas e tentou fechar os espaços. Aos 38’, a formação liderada por Bino fez o 2-0. Jogada na profundidade com Anísio a servir Cunha na frente e o camisola 7 a rematar para o golo.
Nos minutos seguintes, a equipa francesa procurou carregar no ataque e foi tentando apostar no jogo direto para a área lusa. Até ao intervalo, Portugal fechou bem os espaços e não permitiu grandes ameaças.
A 2ª parte começou com França a tentar ter mais iniciativa e a meter mais jogadores na frente. A equipa portuguesa estava muito concentrada e focada em campo. Bino mexeu na equipa à passagem dos 58′ para refrescar a equipa e as alterações surtiram logo efeito. Bernard Lima ganhou a bola no meio-campo adversário e assistiu diretamente Gil Neves para o 3-0. Excelente movimentação dos portugueses neste lance, com Lima a recuperar muito bem a bola.
Aos 69′, António criou perigo na frente, mas Romário resolveu bem a situação e manteve a baliza a zero. Dois minutos depois, Rafael Quintas combina bem com Tomás Soares e atira para defesa segura de Jourdren.
Jogo muito competente de Portugal, a todos os níveis. Forte ofensivamente e muito sólido a fechar os espaços. Nesta fase, a Equipas das Quinas dominava em toda a linha, conseguindo sair bem a jogar e fugindo da pressão gaulesa.
O final de jogo chegou, já depois de Portugal criar mais ocasiões soberanas de golo. Depois da festa lusa, foi anunciado que Rafael Quintas foi eleito o melhor jogador do torneio.
Pedro Proença, Presidente da FPF, que se juntou à equipa neste domingo, felicitou os jovens lusos.
Treinado por Lionel Rouxel, a França alinhou com Ilan Jourdren; Kyllian Antonio, Hermann Diandaga, Emmanuel Mbemba e Lucas Batbedat (Tom Raiani, 85′); Abdoulaye Camara – Cap, Paul Eymard e Rudy Matondo (Sanah Camara, 77′); Djibril Coulibaly, Rémi Himbert (Christ Batola, 77′) e Djylian Nguessan
Suplentes: Léo-Paul Bouyer, Elykia Legros, David Boly, Believe Munongo, Milan Leccese, Ilyas Azizi.
Por seu lado, Portugal alinhou com Romário Cunha; Daniel Banjaqui, Martim Chelmik, Mauro Furtado e José Neto; Rafael Quintas - Cap., Bernardo Lima (Santiago Verdi, 77′) e Mateus Mide (Gil Neves, 58′); Stevan Manuel (Yoan Pereira, 58′), Duarte Cunha (Ricardo Neto, 68′) e Anísio Cabral (Tomás Soares, 58′).
Suplentes: Alexandre Tverdohlebov, Gabriel Dbouk, Martim Guedes e João Aragão
Treinador: Bino Maçães
Golos: Anísio Cabral (30′), Duarte Cunha (38′) e Gil Neves (60′)
Para Bino Maçães, treinador nacional, “quero dar os parabéns aos meus jogadores. Fizeram um torneio fantástico. Podemos pensar em muita coisa, temos boas ideias, mas se eles não conseguirem colocá-las em prática, nada feito.”
Adiantou também que “acredito que não haja ninguém que não achasse que o Tomás Soares devia ser titular, mas temos de tomar decisões olhando para as características dos jogadores. Era uma injustiça os que jogaram os jogos todos serem substituídos na final. Acredito em todos, todos fazem parte deste grande trajeto. Os que entraram foram resolvendo os jogos, os outros cansaram os adversários e nós explorámos isso. A atitude deles dignificou Portugal.”
Completou dizendo que “tivemos um longo caminho e nem sempre foi fácil. Mas eles foram crescendo e esta foi a demonstração disso. Gostava que começassem a subir escalões, porque temos muito talento. Quanto mais acima estiverem, melhor vão perceber o jogo. Não tivemos descanso neste Campeonato da Europa, mas temos um grande caminho pela frente. Temos de pensar no Mundial que vamos ter. Vamos jogo a jogo, sem medo dos adversários, tentar fazer aquilo que pretendemos.”