A seleção nacional de sub-21 perdeu a final, frente à Dinamarca, mas fez história ao conquistar o segundo lugar no Mundial de Andebol de Sub-21, depois de uma carreira a todos os títulos excecional.
De forma inédita, mas com categoria confirmada dia a dia no recinto dos jogos, Portugal chegou à final do mundial de sub-21 depois de derrotar Argélia, Croácia, Japão, Suécia, Egito e Ilhas Faroé. Foram sete vitórias em sete jogos disputados na edição de 2025 do Campeonato do Mundo. A seleção acabou por quebrar frente à Dinamarca em Katowice, não conseguindo ultrapassar os nórdicos, mas tornou-se vice-campeão mundial de sub-21 pela primeira vez na história!
Entrando com o sete inicial formado por Diogo Rêma Marques, João Magalhães, Gabriel Cavalcanti, Filipe Monteiro, Tomás Teixeira, José Luís Ferreira e Ricardo Brandão, Portugal
começou a demonstrar porque estava na final, e foram os lusos com bola a rematar, que esbarrou no guardião dinamarquês à primeira vez, mas à segunda Gabriel Cavalcanti colocou Portugal no comando. Na ressaca, o conjunto nórdico conseguiu estabelecer a igualdade (1-1). Com um golo de belo efeito, Tomás Teixeira voltou a dar a liderança aos lusos mas na conversão de um livre de 7 metros: nova igualdade.
O encontro seguiu em grande equilíbrio mas após um erro ofensivo por parte dos portugueses, a Dinamarca alcançou o comando – pela primeira vez – e, de seguida, os dois golos à maior foram uma realidade (3-5). Tomás Teixeira conseguiu reduzir a diferença e José Luís Ferreira estabeleceu o empate a cinco golos. Os nórdicos voltaram a ter ascendente e passaram para os três golos à maior (5-8), levando Carlos Martingo a parar o encontro.
Gabriel Conceição desbloqueou o ataque luso e contaram com a ajuda de Diogo Rêma Marques, mas uma nova exclusão para Ricardo Brandão permitiu aos dinamarqueses manterem a vantagem conquistada (6-9). Portugal foi castigado com um livre de 7 metros, mas o guardião luso conseguiu parar o adversário.
Os dinamarqueses voltaram a ser mais eficazes e chegaram aos seis golos de vantagem (6-12) quando faltavam cinco minutos para o descanso. Carlos Martingo parou o encontro novamente e Afonso Mendes conseguiu reduzir a diferença. Portugal começou a estar mais confiante no setor ofensivo e diminuiu a desvantagem para quatro golos, a pouco menos de 30 segundos para o descanso, com 0 resultado em 10-14.
Na etapa complementar, Diogo Rêma Marques parou o ataque nórdico, por duas ocasiões, mas Portugal apenas concretizou um golo, por Xavier Barbosa. A Dinamarca regressou aos quatro golos à maior (12-16) mas José Luís Ferreira passou para três e os lusos acabaram por chegar aos dois golos com a ajuda do guardião luso (14-16).
Os nórdicos reconquistaram a vantagem de quatro golos (14-18) e pouco depois chegaram aos cinco, mas Portugal conseguiu reduzir a diferença para apenas dois, forçando o time-out do técnico dinamarquês, Ulrik Kirkely. A Dinamarca conseguiu sair melhor e voltou a dilatar (20-24). Afonso Mendes conseguiu diminuir para dois, mas uma desqualificação para João Bandeira Lourenço foi uma nova adversidade para Portugal, que já tinha perdido Gabriel Cavalcanti antes da segunda parte, por lesão.
José Luís Ferreira da marca de castigo máximo mostrou-se novamente letal e baixou para a margem mínima (24-25) mas Portugal não conseguiu dar a volta ao encontro, e acabou por perder por 26-29, mas comprovando que tinha equipa para ganhar. Nem sempre as “boas horas” surgem, apesar do esforço e denodo que todos fizeram. Mas foram brilhantes.
O MVP do jogo foi Diogo Rêma Marques – 31% de eficácia (12 defesas)