A ciclista da Cynisca Cycling venceu a segunda etapa da prova, num sprint reduzido em Águeda, e vestiu a camisola amarela Placard. Raquel Queirós (Atum General-Tavira-SC Farense), quinta, foi a melhor portuguesa.
A segunda etapa da Volta a Portugal Feminina Cofidis teve início em Canelas, Vila Nova de Gaia, local do início da edição de 2024. Daí, o pelotão partiu rumo a Águeda, por um traçado de 94,4 quilómetros, com um desnível acumulado de 1 200 metros. O percurso plano fazia antever nova chegada ao sprint, que se viria a confirmar, mas num grupo reduzido.
Numa etapa que não apresentava grandes dificuldades, o pelotão manteve-se praticamente sempre compacto. As tentativas de fuga de Ksanet Teages (World Cycling Center), primeiro, e de Diane Ingabire (Canyon SRAM Ronda-Crypto Generation) e Yuldoz Hashimi (World Cycling Center), mais tarde, foram rapidamente travadas por um pelotão atento.
Amalie Dideriksen (Cofidis Women Team), ainda de amarelo, venceu a meta volante da Murtosa (Km 42,2), mas a meta intermédia seguinte faria estragos. Apesar de ser apenas de quarta categoria, a contagem de montanha de Mamodeiro (Km 77,4), vencida por Heidi Franz, permitiu que um grupo de 11 fugitivas ganhassem uma vantagem que rapidamente chegou aos 30 segundos.
O grupo foi composto por Tiril Jørgensen (Team COOP-Repsol), Emilia Fahlin (Arkea B&B Hotels), Nicola Noskova (Cofidis Women Team), Jenaya Francis (Winspace Orange Seal), Heidi Franz e Allison Mrugal (Cynisca Cycling), Ariana Gilabert (Eneicat CMTeam), Tsuyaka Uchino (NEXETIS), Raquel Queirós (Atum General-Tavira-SC Farense, Alina Abramenka (Matos Mobility-Flexaco-IHS) e Caroline Wreszin (USA National Team). No entanto, apenas oito chegaram destacadas à meta, com Allison Mrugal, Alina Abramenka e Caroline Wreszin a descolarem da frente de corrida a cerca de cinco quilómetros da meta.
No sprint final, Heidi Franz, que já envergada a camisola azul INATEL, foi a mais rápida entre as oito fugitivas, tendo cruzado a meta ao fim de 2h16m03s – média de 41,6 km/h. O pódio ficou completo com Emilia Fahlin e Tsuyaka Uchino, por esta ordem. Amalie Dideriksen liderou o pelotão, que chegou 14 segundos depois, registo insuficiente para manter a camisola amarela Placard.
Com este triunfo, Heidi Franz assumiu a liderança da classificação geral e ganhou o direito a envergar a camisola amarela Placard, continuando ainda como dona da camisola azul Inatel, relativa à classificação da montanha. Emilia Fahlin subiu ao segundo lugar, a quatro segundos, e Tsuyaka Uchino é terceira, a cinco. Além de ter sido a melhor portuguesa na segunda etapa, Raquel Queirós é também a ciclista lusa mais bem classificada na geral – 6.ª, a 10 segundos.
Apesar de ter perdido a camisola amarela, Amalie Dideriksen continua líder nos pontos e irá passar a envergar a camisola vermelha Cofidis. Já a camisola branca IPDJ pertence agora a Jenaya Francis. Na classificação por equipas, lidera a Cynisca Cycling.
Esta sexta-feira será dia de decisões, com a etapa rainha da 5ª Volta a Portugal Feminina Cofidis. O pelotão irá enfrentar uma tirada de 128,1 quilómetros, entre Aveiro (12h10) e Pombal (15h32), com um desnível acumulado de 1 920 metros. Pelo meio, duas metas volantes (Montemor-o-Velho e Pombal), a segunda das quais na primeira passagem pela meta. No entanto, o destaque da etapa é a subida à Cumieira de Cima, onde está situado o prémio de montanha do dia (3.ª categoria, a 5,5 quilómetros da meta), que promete fazer diferenças.
Recorde-se que a Volta a Portugal Feminina Cofidis vai decorrer até domingo e tem transmissão assegurada pela SportTV (resumos diários) e pela RTP2 (resumo final alargado).