No segundo (dos três) jogo do grupo de apuramento para os “mata-mata”, a seleção feminina portuguesa de futebol terá de vencer a Itália (20h desta segunda-feira), em especial porque no início se saberá o resultado do Espanha-Bélgica.
Se os espanhóis venceram, as dificuldades (psicológicas) ainda serão maiores, porquanto uma nova derrota lusa aumentará a ansiedade, uma vez que Portugal perdeu (5-0) com a Espanha, o que a mantém no último lugar do grupo e com poucas hipóteses de atingir a fase seguinte.
A Espanha comanda com 3 pontos (5-0 em golos), seguida da Itália, também com 3 pontos (1-0), estando a Bélgica e Portugal com zero pontos (0-1 e 0-5 em golos), o que poderá ser alterado hoje caso a formação portuguesa goleie as belgas.
É de aguardar uma ansiedade, mas também com uma tranquilidade que permita a Portugal mudar a seu favor, essencialmente ganhando, para poder recuperar no último jogo (dia 11) frente à Bélgica, caso as italianas sejam derrotadas (ou empate) com a Espanha.
Para o efeito, Francisco Neto, selecionador da categoria, salientou que “acima de tudo, tem de ser a melhor versão de Portugal. Está na hora de aparecer e tem de vir a melhor versão individual de todas jogadoras e de todo o Portugal. Essa é a ambição que trazemos dentro do grupo, queremos muito fazer as coisas bem e dar um passo em frente. Temos de ser mais equilibrados, temos de procurar trabalhar com as nossas jogadoras e crescer nesses momentos do jogo, ofensivamente e defensivamente. Acho que a organização defensiva é algo mais preocupante, do que ofensivamente, porque estamos a criar mais oportunidades. Defensivamente, temos de ser mais sólidos e capazes de fechar espaços”.
Recordou que “a Itália tem alternado muito a estrutura com que joga, apesar de ter muitas vezes os mesmos princípios. Tem uma ideia e uma matriz bem definidas, é uma equipa que privilegia muito o jogo interior, muito agressiva, com jogadoras evoluídas tecnicamente, com muita experiência e muita gente na área”.
Concluindo afirmando que “é normal que haja algumas alterações. Estrategicamente é importante. Pouco tempo de recuperação entre dois jogos, passámos muito tempo a defender, há mais fadiga e é normal que haja algumas alterações”.