A Assembleia Plenária do Comité Olímpico de Portugal aprovou por unanimidade todos os pontos da ordem de trabalhos colocados à votação dos membros da AP, no decorrer da Assembleia Plenária.
Três regulamentos relativos à execução do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo 2024-2028, no que diz respeito à apresentação de candidaturas, foram apreciados e votados favoravelmente: o primeiro ligado à requalificação de instalações desportivas, podendo os candidatos, clubes desportivos sem fins lucrativos, beneficiar de verbas entre mil euros e 45 mil euros por projeto; o segundo regulamento diz respeito ao financiamento de no mínimo dez projetos de investigação, para produção de conhecimento com aplicação prática no desenvolvimento desportivo, sendo o financiamento previsto de até 150 mil euros, podendo candidatar-se instituições universitárias e centros de investigação; finalmente, foi aprovado o regulamento para o concurso que permitirá selecionar projetos que visem aumentar a prática desportiva feminina, destinado a clubes, sendo a dotação orçamental de sete milhões de euros.
Se a memória não falha, este tipo de áreas de intervenção estavam na alçada direta do órgão executivo do governo (agora IPDJ) que geria os processos com os outros parceiros (federações, câmaras municipais, clubes), dada a envolvência não só desportiva mas também de outra ordem, em função dos interesses demonstrados pelos concorrentes aos montantes disponibilizados, em função das necessidades existentes por todo o país.
Foram também aprovadas por unanimidade as alterações propostas ao Regulamento de Prémios e Galardões do COP, nomeadamente a introdução do Prémio José Manuel Constantino, destinado a distinguir clubes vocacionados para o desporto de base, mediante apresentação de candidatura pelas respetivas federações.
A ordem de trabalhos também incluíu uma proposta, igualmente aprovada por unanimidade, sobre atribuições de funções de gestão executiva remunerada a dois elementos da Comissão Executiva do COP, nomeadamente a secretária-geral, Diana Gomes, e o membro Pedro Farromba.
Foi igualmente votado por unanimidade o orçamento retificativo para 2025, na sequência do orçamento aprovado em novembro de 2024, designadamente para responder às necessidades criadas pelo número crescente de atletas integrados no Programa de Preparação Olímpica (PPO).
O presidente do COP, Fernando Gomes, fez uma retrospetiva do que têm sido os primeiros seis meses de gestão, referindo que “acho que podemos fazer um balanço positivo e muito promissor”, sublinhando os resultados alcançados no Festival Olímpicos da Juventude Europeia – os melhores dos últimos 20 anos – e nos Jogos Mundiais, os melhores de sempre.
“Todos os bons resultados alcançados desde o início de 2025 não são fruto do acaso, são naturalmente o reflexo de um trabalho planeado e continuado das federações em articulação com os clubes, centros de treino, famílias e atletas, e do reforço do apoio de proximidade que efetivamente estamos a implementar”, considerou ainda Fernando Gomes.
No seu balanço, o presidente do COP reafirmou que a curto prazo serão integrados mais atletas no projeto de Esperanças Olímpicas, o que permitirá “alargar o Plano de Preparação Olímpica para LA 2028 a mais de 150 atletas”, na sequência das reuniões que estão a ser ultimadas com as federações.
Com os Jogos Olímpicos LA 2028 no horizonte, Fernando Gomes informou também que o COP está a negociar o Plano de Preparação Olímpica para LA 2028, “com um aumento perspetivado de pelo menos 20%, determinantes para aumentar o financiamento disponível para a preparação”, considerou.
No âmbito do Plano de Desenvolvimento Desportivo acordado com o Governo, coordenado pelo COP em articulação com o Comité Paralímpico de Portugal, foram assinados os primeiros contratos-programa que visam a requalificação dos Centros de Alto Rendimento, o que vai mobilizar um total de dez milhões de euros. “O objetivo é garantir que cada euro se converta em melhores condições de treino, mais oportunidades para jovens atletas e uma gestão rigorosa e transparente dos recursos.”
O balanço “não é apenas de feitos e conquistas mediáticas”, sublinhou o presidente do COP. “Reforçámos a representação de Portugal em organismos internacionais, em particular nos Comités Olímpicos Europeus, e assegurámos as condições financeiras para garantir a organização dos Jogos do Mediterrâneo de Praia Portimão-Lagoa, em setembro de 2027″.
Foram circunstanciados também as parcerias consolidadas pelo COP com a JOMA, a TAP, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, a Repsol e os Hotéis Vila Galé.
“Quando alinhamos objetivos claros com sustentabilidade financeira e capacidade técnica, conseguimos melhores resultados. As conquistas destes seis meses mostram que estamos a caminhar exatamente nessa direção. Juntos estamos a saber fazer e a fazer vencer”, concluiu o presidente do COP.
Presenciaram a Assembleia Plenária 31 membros ordinários e 20 membros extraordinários.