Segunda-feira 29 de Setembro de 2025

Portugal encerrou Mundial de Montanha e Trail com presença sólida em todos os escalões

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FPA

Chegou hoje ao fim, este domingo, em Canfranc, nos Pirenéus espanhóis, a terceira edição dos Campeonatos Mundiais de Corrida em Montanha e Trail (WMTRC 2025), com uma presença portuguesa solidamente construida.

Durante quatro dias, os melhores atletas do mundo mediram forças em percursos exigentes, desde os trails longos e curtos às provas em subida e, neste último dia, ao clássico percurso de montanha.

Na classificação conjunta (corrida em montanha e trail running), Portugal terminou em 9⁰ lugar, entre 70 países.

O fecho da competição trouxe as provas de Mountain Classic (cerca de 14 km, com 820 m de desnível positivo). Portugal destacou-se com a 17ª posição coletiva masculina (183 pts), através das prestações de Ricardo Soares Fonseca (51º, 1h11m16s), Carlos Lopes (65º, 1.12.57), Paulo Macedo (67º, 1.13.08) e Tiago Babo Pereira (96º, 1.18.09).

No feminino, a seleção nacional alcançou o 13º lugar (171 pts), com Joana Soares em bom plano no 35º posto (1.21.00), seguida de Patrícia Carreira (66º, 1.29.58), Beatriz Alves (70º, 1.31.11) e Joana Fernandes (96º, 1.40.32).

Joana Soares, a melhor portuguesa na prova clássica de Montanha (up and down), afirmou que “a prova correu bem. Estou satisfeita com a minha participação no campeonato do Mundo e saio daqui muito feliz».

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Para Ricardo Fonseca, assumiu que “este campeonato do Mundo não começou bem para mim, pois tive alguns azares. Mas graças ao apoio médico da equipa consegui recuperar e terminei sem dores. Esta prova correu muito melhor que a anterior [up hill], consegui impor o meu ritmo, fui ganhando algumas posições. Fica aqui uma experiência muito importante, com grande orgulho de representar o nosso país”.

No setor masculino, a vitória individual pertenceu a Philemon Kiriago Ombogo, do Quénia, enquanto entre as mulheres triunfou a alemã Nina Engelhard.

Este domingo realizou-se também a prova de montanha clássica sub-20 (7,5 km com 400 metros de desnível). Nos escalões de formação, os jovens portugueses mostraram igualmente competitividade. Em masculinos, Portugal fechou em 16º lugar coletivo (189 pts), com resultados de Rui Ferraz Brochado (53º), José Ferreira Cunha (66º), Luís Silva Vieira (70º) e Gonçalo Sousa Monteiro (80º).

AA prova correu bem, foi a minha primeira vez no Campeonato do Mundo. Estou feliz por estar cá, encontrei um ambiente único. A prova foi muito dura, com ritmos muito altos e estou contente por ter representado Portugal”, salientou Rui Brochado, o melhor sub-20 português.

Entre as sub-20 femininas, a equipa nacional foi 13ª classificada (169 pts), com Mariana Saltão a ser a melhor portuguesa (52º), acompanhada por Julieta Gregório Gomes (56º) e Rita Lopes (61º), enquanto Beatriz Costa Claro não concluiu a prova.

No final da prova, Mariana Saltão, a melhor atleta sub-20, “agradeceu à Federação Portuguesa de Atletismo, pois sem isso nada era possível”, adiantando que esta “primeira experiência pela seleção, foi incrível, a prova foi bastante dura, tive algumas condicionantes, estar doente, porque o clima aqui é bastante diferente. Quero agradecer a todos os que apoiaram em casa ou mesmo pessoalmente, dedicando esta prova ao meu avô que sempre me apoiou”.

Os títulos foram para Titus Musau (Uganda) e Julia Ehrle (Alemanha). A nível coletivo, os pódios ficaram dominados por Quénia, Uganda e Itália nos homens, e por Quénia, Estados Unidos e Suíça nas mulheres.

Com participações promissoras em todos os escalões, Portugal encerrou a participação num Mundial que confirmou o domínio dos países africanos na corrida em montanha e o poderio de nações europeias como França, Suíça, Itália, Suécia e Alemanha.

Ao longo dos quatro dias de competição, Canfranc coroou alguns dos grandes nomes da modalidade.

Nos trail longos (82 km) venceram os norte-americanos Jim Walmsley e Katie Schide, enquanto no trail curto (45 km) brilharam o francês Frédéric Tranchand e a sueca Tove Alexandersson. Já nas provas em subida vertical (Uphill), os títulos foram para Rémi Bonnet (Suíça) e para Nina Engelhard (Alemanha).

Portugal despede-se deste Mundial com sentimento de dever cumprido. A presença em todos os escalões, o espírito coletivo demonstrado e a consistência dos resultados deixam claro que a seleção nacional continua a afirmar-se entre os melhores. Esta participação representou, acima de tudo, mais um passo firme no crescimento da corrida em montanha e trail no nosso país.

 

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