Domingo 12 de Outubro de 2025

Portugal cumpriu mínimos frente à Irlanda a caminho do Mundial’2026

PORTUGAL - IRLANDA

JCMYRO_(C)2025

Somar três pontos frente à equipa da República da Irlanda era o objetivo.

 

Com isso, ficar com maior margem pontual no grupo (F) do apuramento para o mundial de 2026, também se cumpriu. Não aproveitar uma grande penalidade e ficar “a morder o beiço”, também foi certo. Cada um tem o que merece, por vezes com a bênção divina. Também aconteceu.

Neste resumo quase se pode dizer tudo em relação ao minimalíssimo jogo desenvolvido pela equipa portuguesa contra uma formação que não queria, no máximo, perder, até porque também não jogou para isso. E Portugal ajudou à festa.

PORTUGAL - IRLANDA

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Só Portugal tentou criar oportunidades, mas não conseguiu fazer a bola entrar na baliza contrária porque um “autocarro” (dos 60 e não dos 45 lugares, como outrora) se encontrava na zona mais recuada da formação irlandesa, defendendo com dez unidades e com o guardião atento.

Apesar duma supremacia “criativa” em torno da bola (65/35% no primeiro tempo e 70/30% no final do jogo), Portugal rematou 30-2 (global), ainda que bem longe do alvo, com uma ou outra a infiltrar-se pelas linhas dos postes, que o guardião visitante resolveu a contento, sendo que apenas seis remates foram feitos em direção da baliza, com a Irlanda a não enviar uma única bola para Diogo Costa se estrear a defender.

PORTUGAL - IRLANDA

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Todos tem o direito de, num qualquer jogo, falhar o remate, não acertar na baliza, não fazer golo, mas tem de ser criativo para tornar atraente uma exibição que dê em golos, em tempo útil e não criando “frisson” quando a caminho do final do tempo regulamentar.

Ter tido a sorte de conseguir uma grande penalidade (76’) – apesar das dúvidas que surgiram sobre a validação da interpretação do árbitro – foi um brinde que caiu do céu e que não foi transformado em golo, porque o guardião irlandês estava atento – como lhe compete, mantendo um empate a zero que “dava cabo dos nervos”.

PORTUGAL - IRLANDA

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A equipa não foi equipa, coesa, funcionando em harmónio (foi à “desgarrada” que não tinha graça) ainda que uns tivessem estado muito melhor do que outros, quiçá em baixa de forma ou por outras questões que não se perceberam.

Num minuto certo (90+1’) chegou a boa nova: afinal Trincão, com o pé menos próprio, decidiu remeter a bola para o centro da pequena área da baliza, pressentindo que alguém viria de trás para centralizar a cabeça de forma a desviar a bola para o fundo da baliza. E assim foi. O herói foi Ruben Neves que, ao fim de 60 jogos com a camisola da seleção, fez o primeiro golo da sua carreira neste âmbito. Tudo em linhas retas. Um golo que vale três pontos, mas pode valer muito mais na linha de atuação a caminho do mundial’2026, caso vençamos o grupo.

PORTUGAL - IRLANDA

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Falar em individualidades é sempre complicado. As situações repetem-se e não se tomam medidas para aliviar “tensões” deste tipo. Que poderão surgir mais vezes e pode não haver cura. Esperemos que não.

Admiremos a estoicidade, o esforço, a ambição de ganhar, mas não precisamos de “apertos de coração”. É preciso atuar nos momentos próprios, no campo.

Portugal alinhou com (onze inicial) Diogo Costa; Dalot, Gonçalo Inácio, Rúben Das e Nuno Mendes; Bruno Fernandes, Rúben Neves e Vitinha; Bernardo Silva, Ronaldo e Pedro Neto.

Jogaram ainda Renato Veiga (46’), Nélson  Semedo, Francisco Trincão, Rafael Leão, a partir dos 61’ de jogo, e Gonçalo Ramos (86’).

Os suplentes José Sá, Rui Silva, António Silva, João Palhinha, Pedro Gonçalves Matheus Nunes e Francisco Conceição não foram utilizados.

Uma nota positiva para o árbitro Ivan Kruzliak (Eslováquia) que, com atenção, atuação imediata, não permitiu o “fadinho” dos protestos – como se vê na competição nacional – e mostrou sete amarelos (2 e cinco para a Irlanda), o que foi saudável e ajudou a não haver “confusão”.

Neste grupo F, Portugal soma 9 pontos (três vitórias a cem por cento), aumentando para cinco a diferença para o segundo (Hungria), que a equipa lusa defrontará na terça-feira, também no Estádio José de Alvalade, para tentar a vantagem pontual suficiente para não pensar mais nisso.

Roberto Martinez e as dificuldades encontradas pela seleção

PORTUGAL - IRLANDA

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Com três vitórias noutras tantas jornadas da fase de qualificação, Portugal está cada vez mais perto de carimbar o passaporte para o Mundial 2026. Roberto Martínez, gostou da exibição lusa, num jogo que já se previa difícil de antemão, salientando:

“Foi o jogo que esperávamos. A Irlanda era melhor do que aquilo que vimos no estágio de setembro. Estava ferida depois do jogo da Arménia e esperávamos uma reação e esta agressividade. Trabalhou muito bem. Mas para nós foi importante não ficarmos ansiosos, não perder concentração e abrir contra-ataque e dar uma bola parada. Tivemos nove cantos, contra zero da Irlanda. Não tiveram um remate à baliza. Em geral, o aspeto sem bola foi muito bom. Faltou marcar o golo mais cedo, mas gostei muito da resiliência, dos valores da equipa e de não perdermos o controlo. Foi uma vitória muito trabalhada mas merecida”, considerou, em declarações à RTP.

Confrontado com o facto de ter ganho o jogo com um golo de Rúben Neves, o novo dono da Camisola 21 de Portugal, precisamente em homenagem ao eterno Diogo Jota, Roberto Martínez entendeu o momento como “uma inspiração e um sinal” de um sonho comum: “A força do Diogo está connosco e é sempre uma inspiração e uma oportunidade de continuar com o seu sonho, que é o nosso. É uma força especial e hoje foi uma festa. É mais um sinal de responsabilidade e da nossa missão de continuar o sonho do Diogo, que é também o sonho de todos nós.”

Seleção de Sub23 venceu Bulgária e lidera grupo para Europeu’2027

FPF-EuropeuSub21-10-10-2025

FPF

Também nos sub’21, a fazer contas para o apuramento para a fase final do europeu’2027, a seleção nacional venceu a Bulgária, no Estádio Municipal de Portimão, por 3-0, com golos de Rodrigo Mora, Tiago Parente e Gustavo Varela.

Portugal segue na liderança do grupo, em igualdade pontual com a Chéquia, após três vitórias noutras tantas jornadas, com 10 golos marcados contra zero sofridos.

Depois deste triunfo, segue-se um embate fora de casa, com Gibraltar, agendado para a próxima terça-feira, 14 de outubro.

PORTUGAL (11 inicial): João Carvalho, Martim Fernandes (Diogo Travassos, 58′), Tiago Gabriel, Gonçalo Oliveira, Tiago Parente, Diego Rodrigues (João Simões, 59′), Gustavo Sá – Cap., Geovany Quenda, Roger Fernandes (Carlos Forbs, 66′), Rodrigo Mora (Rafael Luís, 80′) e Youssef Chermiti (Gustavo Varela, 66′)

Suplentes não utilizados: André Gomes, João Muniz, Mathias de Amorim, Fábio Baldé;

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