Segunda-feira 11 de Maio de 5485

Europeu de juniores começou mal

fpatletismo logo novoMarcado para de 16 a 19 deste mês, na cidade de Eskilstuna (Suécia), o europeu de juniores já criou polémica pelo facto de a federação não ter inscrito um atleta com mínimos e ter inscrito outro numa prova que não correspondia à sua especialidade.

Falamos do saltador em comprimento Oleksandr Lyashchenko, jovem filho de ucranianos mas com nacionalidade portuguesa, e que era um putativo candidato a uma medalha no salto em comprimento face aos 7,48 que atingiu recentemente.

O outro foi o lançador de martelo Miguel Carreira que foi inscrito mas no peso.

Dois erros de palmatória que são inacreditáveis (embora errar seja próprio do ser humano) e que fazem lembrar idêntica situação, relacionada com Sara Moreira para o europeu de pista coberta de 2011 (também não inscrita na altura).

Se bem que em todas as situações vividas antes, por qualquer país, tenham visto os pedidos de reapreciação recusados ao longo dos anos, Portugal ainda acredita num volte face, por um lado porque o presidente da Associação Europeia é novo e, por outro, porque esteve em Lisboa para assistir ao Meetting de Santo António.

Entretanto, Jorge Vieira, presidente federativo, fez divulgar um comunicado em que referiu que

“lamento e apresento as desculpas, em nome da direcção da FPA, pelos erros cometidos. Em primeiro lugar aos atletas que tanto lutam e tanto se esforçam, no dia-a-dia, por obter resultados que lhes possibilitem participar nas grandes competições internacionais da modalidade. Aos seus treinadores que acompanham e orientam, quotidianamente, o esforço dos seus atletas, procurando motivá-los para o seu desenvolvimento e progresso. Aos seus clubes e famílias que, neste momento, se sentem, igualmente, frustrados, no seu empenho e apoio. Aos técnicos da Direção Técnica Nacional que tanto investem para que os nossos melhores atletas alcancem os patamares internacionais mais altos. À nossa modalidade e aos seus seguidores que esperam de nós, pelo menos, o mesmo nível de desempenho que esperam dos nossos atletas.”

Jorge Vieira salientou ainda no comunicado que “não podendo corrigir os erros administrativos cometidos, comprometemo-nos a encontrar, juntamente com os seus treinadores, num futuro de curto prazo, um conjunto de apoios técnicos suplementares que ajudem estes atletas a reforçar a sua motivação e empenho, preparando-os para futuras competições internacionais, para as quais esperamos que venham a qualificar-se e a atingir resultados e classificações de alto nível”, comprometendo-se ainda a que “internamente, esta situação não poderá deixar de contemplar uma responsabilização pessoal, bem assim como as respectivas consequências. Como presidente da FPA, comprometo-me a avaliar a situação que gerou estas falhas e a criar mecanismos administrativos que jamais poderão dar azo a que novos casos, de natureza semelhante, ocorram”.

É pena que estes factos, que põem a vida dos atletas em jogo, dado que podiam obter bons resultados e conseguir bolsas e benefícios no seu percurso escolar, se continuem a verificar, embora, como se referiu, de origem humana

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