Pouco mais de mil novecentos atletas (1.936), em representação de 207 países, estarão presentes em mais uma edição do mundial de Beijing (Pequim), que decorrerá de 22 a 30 deste mês de Agosto.
Dos inscritos, 1.043 são homens e 893 mulheres, com a maior representação a pertencer aos Estados Unidos da América, como tem sido habitual, com 158 (83+75), bem à frente da China (83 – 37+46) e da Rússia (74 – 31+43), que foram o trio de maior população, que vão fazer desfilar as maiores estrelas do mundo no que ao atletismo se refere.
Seguem-se a Alemanha (69 – 36+33), Grã-Bretanha (64-30+34) e, sendo uma surpresa – positiva, dir-se-ia que obrigatória, dado que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro já estão a menos de um ano e há que criar novos campeões – o Brasil, que estará na capital chinesa com 58 atletas (34+24).
Dentro do lote dos top ten, relevo para a Ucrânia (57 – 20+37), Jamaica (53 – 27+26), Japão (53 – 36+17) e Polónia (50 – 25+23). Segue-se o Quénia (52 – 28+24), Canadá (48 – 24+24), Austrália (45 – 16+29), França (44 – 25+19), Espanha (44 – 28+16) e Etiópia (41 – 20+21), para referir só os que levam mais de quatro dezenas de atletas.
Como se sabe, Portugal terá 16 atletas em competição (6 homens e 10 mulheres), um hábito que se reforça da maior presença feminina, sendo que, em ternos de aspirações, apenas o campeão olímpico Nelson Évora tentará chegar ao pódio, o que também não é um dado adquirido, porquanto se encontra no 8º lugar da lista mundial de 2015. Quanto aos restantes homens, as marcas com que chegam a Pequim estão quase no fim da lista dos 45 escolhidos (casos de Yazaldes Nascimento, Hélio Gomes, João Vieira, Sérgio Vieira, Pedro Isidro, havendo esperança de que o lançador de peso Tsanko Arnaudov, que se estreia a este nível, possa ser finalista
No lado feminino, apesar de haver cinco atletas no lote das dez primeiras em três provas, como são os casos dos 10.000 metros Sara Moreira e Dulce Félix) e do triplo-salto (Patrícia Mamona e Susana Costa) e nos 20.000 marcha (Ana Cabecinha) a esperança de medalha parece estar bem longe, ressalvando-se que Mamona já foi medalhada no europeu (prata) em Barcelona’2012, ficando-se com esperança reduzida face ao panorama apresentado.
No entanto, todas as corridas (meio-fundo e fundo) com portugueses são provas lançadas de várias maneiras, normalmente lentas quando são finais directas – o que está em jogo é conquistar apenas as medalhas, salientando-se o tacticismo e marcação quase individual (ou mesmo à zona) que vai acontecer.
A primeira prova do programa será a final da maratona masculina – onde Portugal não terá ninguém – marcada para a meia-noite e trinta e cinco minutos do dia 23 (em Portugal), 7h35 em Pequim, havendo sete horas de diferença.
Patrícia Mamona e Susana Costa são as primeiras portuguesas em acção, também no primeiro dia mas da parte da tarde (12h10 em Portugal), nas eliminatórias do triplo salto, enquanto Yazaldes Nascimento estará na primeira ronda dos 100 metros pelas 19h20.
E por portugueses, refira-se que a maior parte da formação nacional já se encontra em território chinês, para onde partiu este domingo, a que se juntam Nelson Évora, Susana Costa e Patrícia Mamona, que se deslocaram do Japão, onde estagiaram durante uma semana.
Ainda falta uma semana. Esperemos que tudo corra pelo melhor para a dupla selecção lusa.