Segunda-feira 20 de Abril de 5435

Garcia de Mateos ataca Camisola Amarela

Volta-Foto-13 ago newCom vitória em Oliveira de Azeméis

A oitava etapa da 79ª Volta a Portugal Santander Totta foi cumprida este domingo e voltou a “aguçar” o apetite para as duas últimas corridas que ainda faltam, onde tudo se vai resolver quanto ao novo (novos) vencedor do maior evento que o ciclismo organiza em Portugal.

Foi nos 500 metros finais, sempre em plano inclinado, em Oliveira de Azeméis, que Vicente Garcia de Mateos (Louletano – Hospital de Loulé) “driblou” os principais adversários e com meia roda de vantagem saciou a sede de vitória. O triunfo do espanhol apertou o cerco à camisola amarela de Raúl Alarcón.

“Estava-nos a faltar uma vitória nesta Volta a Portugal e finalmente chegou! Amanhã (esta segunda-feira) temos uma etapa muito dura, vamos ver como é que as pernas respondem e decidiremos a estratégia” – salientou Garcia de Mateos com semblante feliz a contrastar radicalmente com o estado de espírito que vinha a exibir até aqui. O triunfo e a presença da namorada deram a conhecer um “novo” corredor.

Vencedor, pela terceira vez, de uma etapa na Volta a Portugal, Garcia de Mateos subiu a segundo da classificação geral agora com apenas 14 segundos de desvantagem para o comandante da prova. “É uma distância muito curta, mas ao mesmo tempo pode ser bem grande! Pode ser que esta Volta se decida por dois ou três segundos”, expressou o espanhol de 28 anos, confirmando a intenção de apostar todas as fichas na derradeira etapa. “Estou preparado para ganhar o contra-relógio em Viseu, vamos ver como as pernas respondem. Ainda faltam dois dias.”

Com temperaturas sempre acima dos 30 graus, logo desde Gondomar de onde partiu a antepenúltima etapa, assistiu-se a uma primeira hora de competição cumprida à velocidade mais rápida de sempre nesta edição. Os 47,1 km/h devem-se ao trabalho feito na fuga do dia protagonizada por Egor Silin (RP-Boavista) e Luís Afonso (LA Alumínios – Metalusa Blackjack) que atacaram ao quilómetro 19 e, na contagem de montanha em Vila Viçosa, atingiram os 9’30’’ de vantagem, a maior diferença de tempo para o pelotão até à data. A fuga durou quase 117 quilómetros, sendo anulada antes da meta volante de Nogueira do Cravo onde se assistiu a uma verdadeira luta pelas preciosas bonificações.

Nesta luta, ao segundo, “porque por um se ganha e por um se perde”, Gustavo Veloso por passar primeiro arrecadou três segundos seguido por Vicente Garcia de Mateos (Louletano – Hospital de Loulé) e Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira).

Raúl Alarcón (W52-FC Porto) lidera e segue de Amarelo com a vantagem substancialmente reduzida para Garcia de Mateos (Louletano – Hospital de Loulé), segundo classificado a 14 segundos enquanto o italiano Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) na terceira posição está a 19 segundos.

Relativamente às diversas classificações não houve alterações de liderança:

Para a camisola Amarela Santander Totta – Raúl Alarcón (W52-FC Porto), que soma 36.23.13, com Vicente Garcia de Mateos (LHL), a 14 segundos e Rinaldo Nocentini (Sporting/Boavista), a 19 segundos. Gustavo Veloso (W52) está a 26 e Amaro Antunes, da mesma equipa, a 34 segundos.

Na camisola Verde Rubis Gás – Vicente Garcia de Mateos (Louletano – Hospital de Loulé) comanda com 119, seguido de Raul Alarcon Garcia, com 87 e Gustavo Veloso, com 86.

Na camisola Azul Liberty Seguros – João Matias (LA Alumínios – Metalusa Blackjack), com 45, à frente de Mikel Bizkarra (EUS), com 39 e Luís Afonso (LAA), com 33.

Na camisola Branca RTP – Krists Neilands (Israel Cycling Academy), vai na frente, seguido de Luís Gomes (Boavista) e Chris Prendergast (HRB).

No combinado, Raul Alarcon Garcia continua a gerir o primeiro posto, com 9, seguido de Vicente Garcia de Mateos, com 14 e Gustavo Veloso, com 15.

Nas equipas, a W52 continua a mandar, agora com 109.11.29, com a segunda (EFAPEL) a 4.10 e a terceira (RP-Boavista) a 9.19, seguindo-se o Sporting/Tavira a 11.31.

 

 

A 9ª etapa, esta segunda-feira, entre Lousã e a Guarda, tem numa distância de 184,1 km e os ciclistas sairão às 12h10 para a que será a rainha desta Volta 2017.

Começa e acaba com metas do prémio da montanha (ainda na Lousã, de 3ª categoria, seguindo-se Mouronho (4ª), Torre (Especial), para acabar com dúvidas ou criar outras ainda, Fernão Joanes (3ª) e Guarda (3ª) a terminar.

Haverá metas volantes em Arganil, Seia e Valhelhas.

A mítica subida à Torre – com a passagem no ponto mais alto de Portugal continental – é feita pela vertente de Seia num dia em que a montanha fará naturalmente mais uma grande selecção dos homens que ainda poderão aspirar ao triunfo final em Viseu, na terça-feira, feriado nacional.

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