Sexta-feira 26 de Abril de 2024

Bélgica e França na meia-final com Brasil e Uruguai a caminho de casa

fifa world cup 6 jul 2018Nem se pode dizer que Bélgica e França foram (e são) de um nível muito diferente (porque se apuraram para a meia-final) nem que Brasil e Uruguai foram (e são) diferentes dos demais só porque os resultados beneficiaram mais um dos que outros.

Como quase sempre, a diferença está nos pormenores – menores ou maiores – e isso voltou a verificar-se, em especial, no encontro entre brasileiros e belgas.

Por um lado, não restam dúvidas de que Curtois (guardião dos belgas) foi a principal figura do jogo, ao negar ou fazer gorar, sistematicamente, possíveis golos ao Brasil, depois dos brasileiros terem tido falhas graves que influenciaram o resultado final.

Primeiro foi a oferta (ainda que inadvertida, resultado de falta de sorte mas também de ausência de técnica de cabeceamento, não bastando saltar e meter a cabeça sem estar a ver a sua posição no terreno para que evita “desvios” para a sua própria baliza. Foi o que aconteceu, logo aos 13 minutos, a Fernandinho (defesa brasileiro) que traiu o seu guarda-redes ao desviar a bola para dentro da baliza quando pretendia cabecear apenas a bola para fora. A não percepção de que a bola podia ir para a sua baliza não lhe passou pela cabeça.

Numa primeira parte em que o jogo só “deu” Bélgica ante uma apatia quase geral por parte do Brasil (com Neymar em não “ateimar” em atirar-se para o chão porque percebeu que o árbitro não estaria para fitas) que não jogou para ganhar, apesar de Curtois ter tifo bastante trabalho.

DR / FIFA World Cup

DR / FIFA World Cup

Cobrindo bem os corredores de acesso à sua baliza, os belgas criaram sempre mais perigo e “fecharam-se” bem atrás, porquanto Neymar e companhia estavam algo apáticos.

Tanto assim foi que a Bélgica chegou ao 2-0 pouco mais de dez minutos depois (31’).

Depois de aliviar a bola da zona da sua baliza, os belgas forjaram um contra-ataque fortíssimo, com a “locomotiva” Lukaku ao comando, que se limitou a manter a bola e endossá-la no momento propício para Kevin de De Bruyne.

No segundo tempo, o Brasil imprimiu uma maior pressão, “colou” toda a equipa belga às linhas atrasadas – ainda que, uma ou outra vez, os belgas ripostassem até com hipótese de chegarem a novo golo – mas Curtois, como se tem referido, não estavam na baliza a fazer figura de “boneco”. Estava para salvar golos e conseguiu-o até quase ao final.

E foi Renato Augusto, que tinha entrado dois minutos antes, conseguiu (76’) reduzir para a vantagem mínima dos belgas e, até, criar a hipótese do empate, que só não surgiu por falta de sorte ou de pontaria dos avançados canarinhos, que pensaram mais com os pés do que com a cabeça.

Ponto final. O Brasil fez companha ao Uruguai de regresso a casa, quem sabe, até num mesmo voo. Para curtir as mágoas!

Na outra partida, a França foi sempre superior, mais oportuna, soube trabalhar em grupo e chegou ao 2-0 em vinte minutos, sensivelmente a meio do jogo. Fez o 1-0 por Varane (40’) e Griezmann fechou a contagem (61’) final, colocando o vice-campeão europeu para fora da meia-final.

Desta forma, a primeira meia-final será entre a França e a Bélgica, quiçá pouco pensável no mundo dos “apostadores”, mas que é uma realidade, cujo jogo se efectua no dia 10, em São Petersburgo.

Entretanto, este sábado, a Suécia defrontará (15 horas) a Inglaterra, mo Samara Arena, enquanto Rússia e Croácia medirão forças (19 horas) em Sochi, para decidiram quem será o outro par de semifinalistas.

Como curiosidade, o facto de neste mundial da Rússia já se terem marcado 11 golos na própria baliza e que o melhor marcador é o inglês Harry Kane (6 golos), seguido de Ronaldo e Lukaku (Bélgica), ambos com 4. Um quarteto de golos

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