Segunda-feira 06 de Maio de 2024

Caminho da medalha “entupido” para Mariana Machado

Ainda que tivesse ficado a pouco mais de um segundo do seu recorde nacional (4.13,31), Mariana Machado (4.14,93) não teve qualquer hipótese de poder chegar ao pódio – como naturalmente almejava – nos 1.500 metros do mundial de sub20 que, este domingo, terminou em Tampere (Finlândia).

E as “culpadas” disso foram duas africanas (coimo tem sido normal na última década) e uma suíça, ao que parece também de origem não europeia.

Com 4.09,67, a etíope Alemaz Samuel venceu, ainda que com alguma dificuldade, MundialJunioresLogo-3-7-18a queniana Mirian Cherop, que terminou a pouco mais de um segundo (4.10,73), enquanto a suíça Delia Sclabor fechou o pódio com 4.11.98.

Correndo quase sempre na frente da prova, Mariana ter-se-á desgastado de mais ao acompanhar as africanas, não tento tido capacidade de resposta suficiente na recta da meta para poder almejar a tal medalha que seria possível.

Mas o seu estado de espirito não baixou de nível e não tarda muito chegar-se-á maios acima.

Emanuel Sousa foi outro português que também esteve numa final neste último dia mas o jovem estreante em competições deste nível não teve a “endurance” que esperava ter para poder fazer boa figura.

Aliás, na prova de qualificação (57,43) ficou a cinco metros do recorde pessoal (62,87) e, na final, pior ainda porque fez três ensaios nulos e ficou pelo caminho. Não merecia, mas estas são as “armadilhas” de quem pratica desporto de alto rendimento.

mariana machado 2018Mariana foi a maior da equipa, destacando.se ainda o 9º lugar do decatlonista Manuel Dias, numa comitiva de treze atletas lusos (sete rapazes e seis raparigas) presentes neste mundial.

O Quénia, com seis medalhas de ouro (mais 4 de prata e 1 de bronze) foi o mais coroado, à frente da Jamaica (4-5-3), Estados Unidos (3-8-7), Etiópia (3-2-4) e G. Bretanha (3-0-1), referindo-se apenas os países que tiveram mais medalhas de ouro, o que faz a diferença.

A única polémica que existiu – e que deve ser investigada de acordo com os procedimentos médicos inerentes – relacionou-se com uma atleta (Girmawit Gebrzihair) da Etiópia que se apresentou como tendo idade de sub20 mas que, pelo aspecto do corpo – em especial a face – aparenta ter muito mais idade.

Seria bom que a IAAF – a exemplo do que fez com a Rússia – ordenasse um exame ao ADN da referida atleta, para que não fiquem dúvidas, desportivas como é evidente.

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