Quarta-feira 08 de Maio de 2024

Portugal com a maior comitiva de atletas para o Mundial de Canoagem

IMG_3161A representação portuguesa ao Mundial de Canoagem’2018 (variante de velocidade – “sprint”) que vai ter lugar nas instalações do Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, será o mais lato de sempre, ao integrar 40 atletas, 12 dos quais na vertente Paralímpica.

Dos vinte e oito restantes, doze integram o projecto Olímpico (com vista aos Jogos de Tóquio’2020), operação de apuramento que se inicia em 2019, de acordo com as informações prestadas por    Ricardo Machado, vice-presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, na apresentação pública do evento – esta quarta-feira, no auditório do Comité Olímpico de Portugal – “este é o maior que, nesta modalidade, é organizado por Portugal, pelo que sentimos o peso da responsabilidade ao mesmo tempo que voltaremos a demonstrar que sabemos fazer e bem”.

Neste “um em dois” – porque serão dois campeonatos do mundo, o de velocidade e o de Paracanoagem – “estimamos – salientou ainda Ricardo Machado – que estejam presentes cerca de 1.500 atletas de 80 países, o que nos obrigou a distribuir as comitivas por Montemor-o-Velho, Soure, Coimbra e Figueira da Foz, porque precisamos de camas para a gente e fornecer 18.000 refeições, onde se incluem também mais 200 pessoas entre staff e voluntários”.

IMG_3166Adiantou ainda aquele dirigente que “os eventos vão ter uma elevada promoção internacional, dado que vão ser feitas transmissões por 45 operadores de TV, nos cinco continentes, tendo 16 já adquirido os respectivos direitos, processo que a RTP liderará a partir de Montemor-o-Velho, num orçamento global que ronda o milhão e duzentos mil euros, montante proporcionado pelos Jogos Santa Casa e pelo Instituto Português do Desporto e Juventude”.

Ricardo Machado reforçou ainda “uma maior aposta nos mais jovens (sub23) para ganharem experiência para a renovação que se deseja sem hiatos de tempo”, ao mesmo tempo que “gostaria de ver muitos portugueses nas bancadas para apoiar os nossos atletas, até porque os preços dos bilhetes vão de três a seis euros, montante que será atribuído por inteiro aos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho”, finalizando ao afirmar que “2018 é o ano da canoagem, dado que já se obteve o maior número de medalhas numa só época” e “estando esperançado de que neste mundial o hino nacional volte a tocar”.

fernando pimenta 2018 montemorA mascote dá pelo nome de Pimentinha, quiçá em homenagem ao recém campeão europeu Fernando Pimenta e que é o mais distinguido (77 medalhas desde 2005) no país e que se prepara para poder voltar a estar no pódio, o que, por sinal, tem sido quase sempre onde acaba as provas.

Sobre o assunto (medalhas), Fernando Pimenta referiu que “esta prova vai ser diferente de todas as outras, primeiro porque é em Portugal, o que nos obriga, de certo modo, a prepararmo-nos da melhor forma, mas passo a passo. Primeiro há que chegar à final e depois lutaremos para chegar ao pódio, como temos vindo a fazer”.

Pimenta salientou ainda que “não sentimos pressão suplementar porque a competição é em Portugal, considerando que o nosso espirito de grupo está a funcionar em pleno, pelo que espero fazer o melhor de tudo quer no K1 1000 ou no K1 500, estando ainda por decidir se irei ainda ao K1 200 metros”.

Teresa Portela, um pouco mais “tensa”, referiu que “sendo o primeiro campeonato mundial em que participo em Portugal, pode haver um pouco mais de stresse mas estamos a treinar para fazer o melhor e que seja chegar à final. Existe um grande espirito de grupo, que está unido, em que eu e a Joana beneficiamos muito com a presença do Pimenta. Vou participar no K2 500, com a Joana, e depois no K4 500, com a tónica colocada também na luta por um lugar na equipa para a olimpíada de Tóquio’2020”.

Joana Vasconcelos preferiu abordar o “ambiente de trabalho” na equipa, referindojoana vasconcelos 2018 que “depois de algumas mudanças que foram feitas face à mudança de técnicos, a situação está controlada e treinamos sem constrangimentos seja com quem for, pelo que todos estamos esperançados de que vamos conseguir bons resultados dentro daquilo que são os objectivos definidos para este mundial”.

Colocada perante a questão de que a Canoagem é a modalidade que mais medalhas conquistou na última década, sempre em crescendo, Joana salientou que “isso é fruto da evolução da modalidade e de uma maior exigência que temos imposto a nós próprios, porque a vontade de trabalhar mais e melhor tem de vir dos atletas”.

Este mundial decorrerá de 22 a 26 de Agosto e a Federação deseja ter casa cheia para apoiar todos os atletas, pelo que os preços de entrada, como se referiu, são baratos (entre e seis euros) e revertem para os Bombeiros Voluntários locais.

teresa portela 2018Praticamente a um mês do evento, por certo que tudo vai dar certo, mormente em relação à organização, cuja Federação tem “chancela” de top.

José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal; José Manuel Lourenço, presidente do Comité Paralímpico de Portugal; e Augusto Baganha, presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude estiveram presentes na apresentação.

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