Sexta-feira 17 de Maio de 2024

Espanha voltou ao título ante um Portugal que só acertou nos postes e na trave

“Sorte madrasta” para a equipa portuguesa porquanto jogou de igual para igual (ainda que nem sempre) frente aos espanhóis, acabando por perder o título de campeão europeu para a Espanha que, bem vistas as coisas, venceu bem.

Para além da quase uma dezena de bolas que os jogadores lusos mandaram ao poste e à trave – manifesto azar e psicologicamente arrasador – a verdade é que a felicidade que esteve com “nuestros hermanos”, que aproveitaram essas deixas para contra-atacar sempre e com efeito mortífero na maior parte das vezes.

Skate Europe RinkHockey final port

World Skate Europe Rinkhockey / Marzia Cattini fotografa

Na alta velocidade a que foi jogado – de um e de outro lado – qualquer falta de atenção ou descuido, a Espanha soube encontrar o caminho para o golo com maior facilidade, obrigando os jogadores lusos a redobrados cuidados, ainda que sem atingir os objectivos porque ultrapassados pelos atacantes vizinhos.

O jogo foi atractivo, não houve quezílias como, por norma, se verificaram no passado – o que levou a modalidade a não ser olímpica, quando o também espanhol Juan Antonio Samaranch era o presidente do Comité Olímpico Internacional – e a mudanças no resultado dera, origem a uma maior vivacidade também nas bancadas.

Ainda que tivesse aberto o activo pouco depois (3’, por Gonçalo Alves) do apito inicial do árbitro, a equipa nacional sofreu o empate (5’, por Adroher) e, de rajada, o segundo golo (7’) para os espanhóis, marcado por Fonti.

Com uma recuperação imediata e a passagem à situação de vencedora, a Espanha começou a gerir a bola, enquanto os portugueses começaram a atirar aos postes e à trave.

Quem não marca sofre e a Espanha chegou ao 3-1 (21’), resultado com que se chegou ao intervalo.

No segundo tempo, os espanhóis voltaram a aproveitar as oportunidades com unhas e dentes e, em três minutos, passou o resultado para 5-1 a seu favor. Primeiro por Alabart (32’) e depois por Bargalló (35’), o que “acabou” com a equipa das quinas, que nada valeram para tentar – como aconteceu frente à França – dar a volta ao resultado.

João Rodrigues (38’) ainda chegou ao 5-2 mas já se notava que, em termos anímicos, a equipa não correspondia aos “apelos” de cada um, até porque os espanhóis (42’) chegaram ao 6-2 através de um golo marcado por Fonti.

Portugal nunca perdeu o “norte” (a baliza contrária) mas o discernimento era quase nulo.

Ainda assim, João Rodrigues ainda fez o 3-6 e acabou o campeonato como o melhor marcador (23 golos), o que é um pequeno consolo.

O facto de jogar em casa (Corunha) talvez tivesse algum impacto psicológico para os jogadores espanhóis, se bem que em desporto de alto rendimento o espirito de grupo tem de estar em primeiro lugar.

Antes da final e com a Bélgica definida no último lugar (11º), a Áustria venceu (5-4) a Holanda e ficou no 9º lugar, enquanto a Suíça, que venceu (5-3) Andorra, se classificou no 5º posto.

A Itália derrotou (5-2) a França e conquistou o terceiro lugar.

Apenas como curiosidade, nos cinco últimos jogos deste europeu, todas as equipas que se apresentaram em primeiro lugar (como jogando em casa) perderam para os “visitantes”.

 

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