Sexta-feira 19 de Abril de 3472

Sporting “facilitou” demais e regressou ao quarto lugar da Liga NOS

No que deveria ser um “ataque” cerrado à recuperação de pontos, o Sporting iniciou o jogo a “oferecer” um golo de vantagem ao F. C. do Porto – que matou o “borrego” ao fim de uma dezena de anos sem ganhar em Alvalade – e não conseguiu reunir os “antídotos” que pudessem alterar o “alinhamento” fulcral (golos), nos 92 minutos que ainda faltavam para o final da partida.

Entre a táctica empregue – que nem sempre resulta – e, até, nas substituições, verificou-se que não houve resultados de monta.

No primeiro caso – como tem sido tónica na formação leonina – a forma de tentar “sanar” a desvantagem é jogar para trás e, por outro lado, deixando o comando do jogo apenas a um mesmo jogador (Bruno Fernandes), o que só funciona se esse mesmo jogador tiver sorte para si próprio e da forma como consegue lançar colegas para a baliza contrária. O que não deu resultados suficientes.

Depois de ter sofrido o primeiro golo (6’) por culpa do avanço demasiado – ou recuo atrasado, lento, sem velocidade para o avançado – dos centrais Coates e Mathieu, que deixaram que Marega, adiantado (mas em jogo) e com maior capacidade de “velocista”, ficasse isolado frente a Maximiano (que ainda parou quando decidiu acercar-se do avançado portista), tendo a bola seguido, paulatinamente, para a baliza deserta, o que foi uma falta de concentração de toda a defesa.

Se juntarmos a isto o facto de Bruno Fernandes (36’) ter sido amarelado por consecutivas “reclamações” junto do árbitro e dos respectivos assistentes – muito consequente ao longo dos último anos – maior foi a retracção da equipa verde e branca porquanto, mais uma “boca”, e o capitão iria tomar banho mais cedo.

Quanto às substituições, não me parece que este jogo fosse o mais oportuno para fazer entrar dois jovens, como Rafael Camacho e Gonzalo Plata, que não aguentaram o ambiente de “cortar à faca” que se viveu, enquanto Maximiano sofreu bastante para não falhar, mas falhou a defesa, como também aconteceu no segundo golo do Porto.

A que não é alheio o clima que se vive nas hostes leoninas, com as tochas a voltarem a surgir no campo, precisamente com uma a cair junto à baliza do guardião Maximiano, um jovem que pode ter ficado afectado com a situação

Daí que a “atractividade” do jogo em si não tivesse um nível mais elevado, até porque o Porto se tornou, quase sempre, mais perigoso, ainda que o Sporting, aqui e ali, também aproveitou algumas “lacunas” portistas.

Num desses momentos (44’), o Sporting chegou ao empate, no seguimento de um remate de “raiva” de Acuña, que recebeu a bola já perto da baliza de Marchesin e “fuzilou” por um pequeno espaço livre.

No segundo tempo, o Sporting ainda tentou ressurgir, criando oportunidades para isso, como aconteceu com Vietto (49’), a rematar ao poste; Phellype (54’) a cabecear perto do poste; Bruno Fernandes (58’) a rematar ao lado do poste a passe de Acuña; de novo Vietto (62’) que rematou ao lado do poste.

Mas o Porto reagiu e (72’) foi mais eficaz e fez o segundo golo, no seguimento de um canto marcado por Alex Telles que levou a bola à cabeça de Soares, que saltou mais que os defesas leoninas e bateu Maximiano sem apelo nem agravo.

Aproveitando este embalagem, Luís Diaz isolou-se frente a Maximiano e o guardião sportinguista foi obrigado a lançar-se aos pés do atacante portista para evitar o terceiro golo.

Os leões ainda tentaram retorquir e estiveram à beira do empate, quando Coates (85’), no seguimento de um canto, cabeceou e levou a bola a embater na parte de cima da barra.

Nos últimos dez minutos (cinco e mais cinco complementares), o principal herói voltou a ser Maximiano, que voltou a evitar uma maior penalização (de golos), ao defender um remate de Soares, que ficou com a bola depois de um mau alívio de Rafael Camacho, que Soares não perdoou!

Estádio José de Alvalade que registou a presença de 41.247 espectadores, registo que é o maior da presente época, ficando-se na expectativa do que acontecerá daqui a quinze dias, quando do Sporting-Benfica (dia 18).

Sob a direcção de Jorge Sousa, auxiliado por Nuno Manso e Sérgio Jesus, que fizeram um trabalho razoável, as equipas alinharam:

Sporting – Maximiano; Ristovski (Rafael Camacho, 78’), Coates, Mathieu e Acuña; Bolasie (Jesé, 90+4’), Wendel, Doumbia (Plata, 78’) e Vietto; Bruno Fernandes e Luiz Phellype.

F. C. Porto – Marchesin; Corona, Pepe (Mbemba, 24’), Marcano e Alex Telles; Otávio (Sérgio Oliveira, 86’), Danilo, Uribe e Nakajima (Luis Diaz, 66’); Soares e Marega.

Amarelos: Uribe (17’), Acuña (22’), Alex Telles (29’), Bruno Fernandes (36’), Marcano (68’), Doumbia (71’), Soares (74’), Wendel (78’), Otávio (81’) e Jesé (90+4’)

 

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