Quarta-feira 19 de Abril de 4552

Aves herói em jogo ganho pelo líder Benfica em grande dificuldade

JCMyro / JDM

JCMyro / JDM

Quem diria que o último da classificado da Liga NOS tinha “prometido” colocar os cabelos em pé não só aos jogadores benfiquistas como também aos quase 50.760 espectadores que estiveram no Estádio da Luz para verem uma partida que só se decidiu no último quarto de hora.

Um jogo que não começou da melhor maneira para a equipa de Bruno Lage, em especial porque os seus jogadores não conseguiram “penetrar” na defesa avense, sempre muito direitinha a defender, com mais defesas do que atacantes, o que “fechou” os artistas encarnados numa “redoma” de onde raramente conseguiam sair.

Ferro (5’), a centro de Grimaldo; e Seferovic (7’) a centro de Jota, ainda deram um ar da sua graça ao cabecear a bola ao lado da baliza, seguindo-se alguns minutos de jogadas a meio campo sem grande perigo, surgindo (14’) um centro de Mohammadi para a área, onde nem Banjaqui nem Reko conseguiram finalizar, no que foi o primeiro sinal ofensivo do Aves.

Jota (19’) ainda rematou rasteiro, na sequência de um canto apontado por Grimaldo, que o guarda-redes avense encaixou sem problemas.

Depois deste caudal benfiquista, em que nada foi directo à baliza, coube ao Aves aproveitar o corredor direito para chegar à baliza de Odysseas e obter o primeiro golo do desafio, por intermédio do iraniano Mahammadi (20’), pegando na bola depois da linha de meio campo e foi corrente sem ninguém por perto, entrando pela grande área benfiquista e rematando para o ângulo superior mais longe, sem qualquer hipótese de defesa para o guarda-redes benfiquista, situação que quase fez calar os adeptos benfiquistas.

A partir daí, a toada dos visitantes passou a ser mais calma, correndo devagar, “queimando” tempo e fazer vigorar o facto de terem um golo de vantagem, o que não era nada se tivermos em conta que o Benfica é o campeão nacional e continua a liderar a competição na presente temporada, em luta renhida com o F. C. do Porto.

Como se previa, o Benfica começou a “cavalgar” todas as ondas, muito depressa, mas o caminho para a baliza parecia cada vez mais longe, porquanto em todos os ataques feitos – e foram muitos – a bola não entrava na baliza. Grande parte das vezes porque os defesas resolveram os problemas surgidos ou porque os avançados não davam a direcção certa da baliza. Mais parecia que a baliza de Beunardeau estava como que coberta com uma camada de “nevoeiro” que não se via.

Foi neste “fadário” que se viveu até ao final dos primeiros 45 minutos (+ 3’, por causa da “ronha” dos avenses), não sem que os avenses também tivessem criado alguns problemas à defesa benfiquista, como aconteceu (37’) quando Yamga rematou e obrigou Odysseas a uma defesa deixando a bola fugir para a frente, onde surgiu Rúben a devolver a bola para o seu guarda-redes, com força de mais, que poderia ter dado um “auto-golo” de resultados imprevisíveis.

De realçar que (45+1’) o Benfica podia ter empatado, com a bola a fazer “carambola” em vários jogadores na pequena área avense, terminando em Seferovic que também não conseguiu meter

a bola na baliza, situação que não daria em nada porquanto o árbitro Carlos Xistra marcou falta contra o Benfica porquanto o avançado encarnado tinha partida de posição de fora de jogo.

No segundo tempo, o filme foi praticamente idêntico, com o Benfica a somar oportunidades atrás de oportunidades, contrapondo o Aves com algumas jogadas mas sem o perigo inicial, o que denotou menor frescura física.

Numa delas (74’) o árbitro assinalou uma grande penalidade (validada posteriormente pelo VAR) contra o Aves, numa falta cometida por Falcão sobre Vinicius, que Pizzi (76’) converteu num remate denunciado mas rente ao lado de dentro do poste da baliza do guardião avense, que adivinhou para onde a bola foi.

Foi o empate e o regresso ao caminho da vitória final.

Que se verificou minutos depois (89’) com um remate frontal de André Almeida, aproveitando um passe atrasado de mestre de Vinícius, que fixou o resultado em 2-1 e que garantiu mais três pontos, que estiveram periclitantes.

Saliente-se o facto de André Almeida ter visto (51’) um vermelho directo por uma possível entrada gravosa sobre um adversário, sanção que passou a amarelo depois de Carlos Xistra ter sido chamado à atenção pelo VAR.

Sob a direcção de Carlos Xistra, que teve trabalho positivo (melhor que os assistentes Jorge Cruz e Marco Vieira), as equipas alinharam:

Benfica – Odysseas; André Almeida, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Pizzi, Chiquinho, Gabriel e Weigl (Cervi, 61’); Jota (Vinícius, 72’) e Seferovic (Samaris, 90+3’).

Desportivo das Aves – Beunardeau; Rúben Oliveira (Miguel Tavares, 90+3’), Falcão, Bruno Morais, Dzwigala (C. Tavares, 66’) e Mangas; Yamga, Estrela, Banjaqui e Reko (Welinton, 83’); Mohammadi.

Amarelos: Reko (12’), Chiquinho (22’), Banjaqui (44’), André Almeida (51’) e Vinícius (72’).

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