Sábado 20 de Abril de 2024

Esloveno Primoz Roglic conquistou a Vuelta pela segunda vez consecutiva, com portugueses discretos!

Para além de ter sido o segundo triunfo consecutivo, o que já é sinal de uma capacidade interiorizada, o esloveno Primoz Roglic juntou ainda a conquista da camisola verde (por pontos), no que é um feito inédito na Vuelta, no mesmo tempo, pelo que a competição também está de parabéns.

Daí a satisfação do ciclista da Jumbo-Visma (equipa que venceu colectivamente) que, ao site da organização, referiu que “os meus companheiros foram especiais durante todo o ano, no que resultou nestes e noutros êxitos alcançados em 2020. Estou muito orgulhoso em fazer parte desta equipa. Foi muito bonito terminar a época desta forma”.

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No “passeio” que foi a 18ª e última etapa, este domingo, sem grandes situações de “perigo eminente”, a corrida decorreu da forma esperada, em que todos desfilaram desde o Hipódromo de la Zarzuela e a bela cidade de Madrid, onde o despique final só foi conhecido após a leitura do vídeo-finish, quando foi definido o vencedor da etapa.

No despique entre o alemão Pascal Ackerman e o irlandês Sam Bennett, o primeiro tomou a dianteira por uma distância mínima (mas visível) e ganhou na despedida da Vuelta’2020, com o alemão a afirmar que “não estava seguro e perguntei ao Sam quem tinha ganho, só sabendo depois de uma mensagem recebida após a decisão final. Estamos muito contentes pela vitória nesta última e etapa e quero agradecer todo o apoio que a equipa me prestou, num lançamento incrível para a meta. É uma felicidade imensa”.

Num breve balanço quanto aos portugueses, soube a pouco face à categoria que cada um já demonstrou, em especial a Rui Costa, sendo de salientar o jovem Nelson Oliveira, ainda que a quase duas horas do primeiro, o que não “soa” como seria de esperar. Ricardo Vilela e os gémeos Ivo e Rui Oliveira, acima das três horas, aceitam-se pela juventude.

Na última rodada, Pascal Ackermann (Bora-Hansgrohe) venceu com 3h28m13s para os 139,6 km percorridos, à frente de Sam Bennett (Deceuninck-Quick Step); do alemão Max Kanter (Team Sunweb); do belga Jasper Philipsen (UAE Emirates) e de outro alemão, Jasha Sutterlin (Team Sunweb), todos com o mesmo tempo do vencedor.Ciclismo-VoltaEspanhaVencedor-08-11-2020

 

Registe-se que o camisola vermelha (e campeão de 2020) chegou na 32ª posição e o segundo classificado, o equatoriano Richard Carapaz, completou em 39º, o que diz bem da toada de festa na etapa final.

Ivo Oliveira (16º) foi o melhor português, com Rui Oliveira a ficar em 18º, enquanto Nelson Oliveira foi 63º e Ricardo Vilela chegou em 72º, ainda com o mesmo tempo do primeiro classificado. Rui Costa completou no 136º lugar, a 1m48s, bem perto do último (142º).

Na classificação geral final, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) acabou de vermelho vestido, com o total de 72h46m12s, à frente do equatoriano Richard Carapaz (Ineos Grenadiers), apenas a 24 segundos; do britânico Hugh Carthy (EF Pro Cycling), a 1m15s; do irlandês Daniel Martin (Israel Start-Up Nation), a 2m43s e do espanhol Enric Mas (Movistar) a 3m36s.

Nelson Oliveira foi o melhor luso, em 39º, a 1h42m02s; seguindo-se Rui Costa, (44º) a 1h54m48s; Ricardo Vilela (99º) a 3h12m34s; Ivo Oliveira (101º) a 3h18m14s e Rui Oliveira (120º) a 4h03m39s.

Para além da camisola vermelha, Primoz Roglic (Jumbo-Visma) acumulou ainda com a Verde (Pontos), enquanto o francês Guillaume Martin (Cofidis) foi o campeão da Montanha. Enric Mas (Movistar) também ganhou a da Juventude e a Movistar dominou colectivamente.

Fecho de cena para a Vuelta’2020 com um final de gala de alta qualidade.

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