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Ainda que tenha sido derrotada (3-1) pela congénere da Dinamarca, a selecção portuguesa apurou-se, esta segunda-feira, para os quartos-de-final do Europeu de Futebol de Sub17.
Depois de duas vitórias nos dois primeiros jogos na fase de grupos, a equipa nacional não entrou com a mesma disposição, porquanto não conseguiu penetrar no “rede” montada pelos escandinavos, que foram fazendo o seu trajecto para a vitória com maior lucidez e clareza de jogo.
O domínio dinamarquês obrigou Diogo Fernandes (13′) a aplicar-se, com uma excelente mancha, para evitar o inaugurar do marcador, o que demonstrou o maior poder ofensivo (e de força física) dos dinamarqueses, apesar da formação lusa ter criado algumas oportunidades mas não tão eficazes na finalização, como se verificou anteriormente.
Ainda assim, nasceram dessa característica as primeiras grandes oportunidades portuguesas, que Dinis Rodrigues (20′) e Rafael Luís (28′) não conseguiram concretizar, só acertando à terceira quando, após um passe magistral de Leonardo Barroso para a direita, Ivan Lima arrancou com a bola e esta só parou no fundo das redes dinamarquesas, num verdeiro golaço do número 11 português (30′).
A segunda parte assumiu uma toada morna e as oportunidades de golo tardavam em chegar mas apareciam. Rodrigo Ribeiro (58′ e 60′) e Leonardo Barroso (62′) poderiam ter dilatado a vantagem portuguesa após três boas oportunidades de golo.
Mas quem não marca arrisca-se a sofrer e foi isso que aconteceu. Numa boa jogada, Nartey (62′) surgiu em posição privilegiada e atirou a contar para o fundo das redes portuguesas.
Galvanizada pelo golo, a Dinamarca foi em busca do segundo, pois apenas a vitória poderia dar aspirações de passar à fase seguinte. Hansborg-Sorensen (70′) com um remate forte à saída de Diogo Fernandes deu essa tranquilidade.
O resultado servia ambas as formações, mas Portugal, já se sabe, nunca se dá por satisfeito com uma derrota, mesmo que a margem mínima ainda permitisse à Equipa das Quinas terminar no primeiro posto. Vivaldo Semedo (84′) tem uma oportunidade soberana para reestabelecer a igualdade, mas dois minutos depois é a vez de Diogo Fernandes brilhar a um remate de Hansborg-Sorensen.
No minuto 90, numa bola parada, uma infelicidade de Luís Gomes colocou o resultado em 3-1, a favor dos dinamarqueses.
Com este resultado, Portugal termina a fase de grupos em segundo lugar do Grupo D e marca agora encontro diante da congénere espanhola, na próxima 5ª feira.
José Lima, Treinador Nacional, ao site da FPF, referiu que “já tínhamos jogado com a Dinamarca e sabíamos que é uma equipa muito difícil. Não conseguimos contrariar a sua zona ofensiva, pegar no jogo, jogámos muito no nosso meio-campo e claro que isso foi favorável à equipa dinamarquesa. Ainda assim fomos a ganhar para o intervalo. Não passámos a ser os piores agora, tal como antes não éramos os melhores. Continuamos a ser uma equipa equilibrada e forte, mas temos que dar os parabéns à Dinamarca e à forma como eles encararam o jogo”.
Acrescentou também que “nunca sabemos se é mais forte ou não [a Espanha em relação à Sérvia]. À partida será sempre mais forte porque é um candidato ao título, no entanto hoje ambas as equipas empataram. Vai ser um jogo muito difícil, já os defrontámos e vamos agora limpar as cabeças, melhorar o astral da equipa e preparar o melhor possível esse jogo. Dando o nosso máximo, poderemos atingir esse objectivo, sabendo de antemão que será muito difícil”
Nos quartos-de-final, a Alemanha defronta a França; os Países Baixos jogam com a Itália; a Dinamarca estará perante a Sérvia e Portugal debate a passagem às meias-finais com a Espanha (5ª feira).
