Quinta-feira 16 de Maio de 2024

Tóquio – 56 anos depois

japan2020 josJogos Olímpicos’2020

Não causou qualquer sensação a atribuição da organização da Olimpíada de 2020 à grandiosa e bela cidade de Tóquio, face à vantagem que a capital nipónica demonstrou logo a partir da primeira ronda de votação.

Na primeira votação, Tóquio somou 42 contra um empate a 26 das candidaturas de Madrid e Istambul, o que obrigou ao desempate entre espanhóis e turcos, com a cidade turca a receber 49 votos (mais quatro do que Madrid) e seguir para a finalíssima.
Onde os japoneses saltaram para 60 votos, contra 36 dos turcos, culminando uma vitória que era esperada face a uma situação conjuntural mais favorável em todas as áreas, apesar dos problemas de Fukushima ainda não estarem completamente resolvidos, mas com poder económico muito superior aos dois concorrentes ora derrotados, para além do factor geográfico, com os membros votantes a “cumprirem” a tradição de mudarem de Continente, de novo para a Ásia, no regresso a Tóquio, cinquenta e seis anos depois da edição de 1964.
Turquia e Madrid estão na Europa, que foi beneficiada o ano passado com a capital londrina a ser a montra mais importante do desporto mundial.
Na história de recentes candidaturas aos Jogos, Istambul começou a “luta” para 2000, seguindo-se para 2004, 2008 e 2012, enquanto a Espanha começou para 2012 e 2016, com Tóquio a bater o recorde de menos candidaturas: apenas o fez para 2016 e ganhou.
Tóquio prometeu, para a XXXII Olímpiada, uns Jogos em que a maioria das competições terá lugar num curto raio de oito quilómetros e onde se destaca a forte componente tecnológica. Sob o lema “Descobrir o amanhã”, a capital do país do sol nascente garante que todas as infra-estruturas serão de fácil acesso, através de um moderno sistema de transportes, com energia limpa.
Das 37 instalações propostas, quinze já se encontram em funcionamento, onze serão novas e onze terão carácter temporário.
O Estádio Olímpico terá capacidade para 80.000 lugares, ficará instalado no local onde foi construído o que acolheu os Jogos em 1964, naquela que foi a primeira edição de sempre do evento no continente asiático. O orçamento apresentado para a organização dos Jogos é de 2,6 mil milhões de euros, que sobe para 6,3 mil milhões de euros se forem incluídas as infra-estruturas.
Concluída a primeira fase da 125ª sessão do Comité Olímpico Internacional, este domingo será a vez de se saber se há alterações ao programa desportivo (27 modalidades) para a edição dos Jogos de 2020, nomeadamente a 28.ª do programa oficial, com Basebal/Softbal, Squash e Luta Greco-Romana na lista proposta pela comissão executiva do COI, recordando-se a polémica levantada, tempo atrás, por membros do próprio COI, da “necessidade” de refrescar o lote das modalidades e “afastar” a história luta, originária ainda dos Jogos Olímpicos da era antiga. Coisas …
Lida a “sentença” os nossos amigos japoneses vão começar a “dar à perna” para voltarem a mostrar que são exímios e primorosos em organizações de alto “rendimento”.

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