GiroDitalia
A última etapa do Giro de Itália, este domingo realizada num percurso todo plano e tendo como palco a cidade de Roma, mais não foi do que um passeio de consagração e despedida do grande pelotão de mais uma edição (106ª) do Giro de Itália.
Depois da falta de sorte de João Almeida quando mais dela precisava (que o obrigou a descer do 2º para o 3º lugar), o contrarrelógio individual foi “curto” e acabou por se manter no 3º lugar, o seu melhor de sempre e de todos os ciclistas portugueses que participaram neste evento, o que releva positivamente a magnífica prova produzida por um desportista português.
Neste desfile final de vedetas, Mark Cavendish (Astana) venceu a 21ª e última ronda, depois de se sobrepor a Alex Kirsch (Trek – Segafredo) e Filippo Fiorelli (Green Project – Bardiani CSF – Faizane), com um sprint mais forte – safando-se de das quedas que se registaram um pouco mais atrás – que terminaram em segundo e terceiro, com o tempo de 2h48m26s velocidade média 44,884 km/h.
Primoz Roglic vestiu a última Camisola Rosa de líder da classificação Geral e levantou o Trofeo Senza Fine. Geraint Thomas (Ineos Grenadiers) e João Pedro Gonçalves Almeida (UAE Team Emirates) terminaram em segundo e terceiro.
João Almeida (EAU – Emirates) chegou na 26ª posição, com o mesmo tempo do vencedor.
Na classificação geral, Primoz Roglic (Jumbo-Visma) somou 85h09m02s, seguindo-se Geraint Thomas (Ineos Grenadiers) a 14 segundos e João Pedro Gonçalves Almeida (UAE Team Emirates) a 1’15”.
A camisola Rosa, líder da Classificação Geral, patrocinada pela Enel, foi entregue a Primoz Roglic (Jumbo-Visma), enquanto a camisola por pontos foi conquistada por Jonathan Milan (Agência ICE).
A camisola Azul (Prémio da Montanha), patrocinada pelo Banca Mediolanum, foi atribuída a Thibaut Pinot (Groupama – FDJ) e a camisola branca (Juventude) foi conquistada por João Pedro Almeida (EAU).
O vencedor da última etapa, Mark Cavendish, referiu que “estou feliz, foi um dia incrível. Meus companheiros de equipe fizeram um ótimo trabalho. A minha primeira vitória foi em 2008 e estar aqui de novo é inacreditável. Foi muito bom ver muitos colegas e amigos felizes por mim após a chegada”.
Por seu lado, o novo vencedor do Giro2023 salientou que “gostei muito de pedalar pelas ruas de Roma, mas ainda não consegui perceber o que significa vencer o Giro d’Italia. Tentei conter minhas emoções depois do que aconteceu ontem. Roma é uma cidade espetacular. Cada vitória é especial e sou grato por ter conseguido esta. Vai ficar para o resto da minha vida.”
Primoz Roglic, pela primeira vez na história do Giro de itália, foi premiado pelo Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, que entregou o Trofeo Senza Fine.
Primoz Roglic conquistando aquela grande vitória em um Grand Tour que pode definitivamente estabelecê-lo como um dos ciclistas mais fortes e bem-sucedidos dos últimos vinte anos.
Roglic passou de saltador de esqui a ciclista amador, depois tornou-se profissional, ganhou um Liège-Bastogne-Liège, uma medalha de ouro olímpica, três Voltas a Espanha, três Tirreno-Adriático e, finalmente, o Giro de Itália. Tudo em 12 anos.
Aos 33 anos e meio, é o quinto ciclista mais velho a vencer o Giro e, numa era do ciclismo em que os vinte e poucos anos parecem estar com mais fome do que nunca, Roglič ainda está firme e continua a provar o seu valor.
