Segunda-feira 29 de Abril de 2024

Isaac Nader com um quarto lugar que podia ter sido de bronze no mundial de pista curta

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FPA / Sportmedia

Com a medalha de bronze à vista e quase pendurada no pescoço, Isaac Nader quebrou nos últimos dez metros e acabou por não ser glorificado, como merecia, na última ronda do Mundial de pista curta, que este domingo se concluiu em Glasgow.

Tiago Pereira, que conquistou a medalha de bronze no triplo salto e João Coelho – com três recordes nacionais nas três corridas de 400 metros – foram os outros heróis que mais brilho trouxeram para Portugal, à mistura com o azar da estafeta masculina dos 4×400 metros, que foi desclassificada.

Antecipava-se uma final de 1.500 metros muito disputada e isso veio a acontecer, muito por força de ter 14 atletas (o que condicionou bastante o desenrolar da corrida), para além de ser uma prova muito aberta. Isaac Nader, o único português na final, fez tudo bem feito, lutou pelas medalhas até ao final, mas a prova acabou com um surpreendente Beamich (Nova Zelândia) a vencer. Nader ficou no quarto lugar, com a marca de 3m36s97”, a 25 centésimos da medalha de bronze.

“Embora seja uma boa presença na final, acabo por sentir alguma desilusão, pois não foi de todo o que esperava fazer. Pois sei o que trabalhámos e o que acreditávamos poder conseguir. Foram muitos atletas na final e isso obrigou-nos a muito desgaste. Tudo isso levou a que não estivesse mesmo no final com a reação para chegar à medalha”, afirmou o atleta, confiante de que o seu lugar é nestes níveis, para lutar pelos pódios.

Salomé Afonso também correu a final dos 1.500 metros e a portuguesa fechou no oitavo lugar, com a marca de 4m06s18”.

“Estava a sentir-me muito bem, num bom momento de forma, sinto que a minha mentalidade está a mudar. É claro que somos atletas e queremos sempre mais, chegamos a um objetivo e já saltamos para outro. Estou muito grata por chegar a este ponto e ser finalista”, concluiu a portuguesa.

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FPA / Sportmedia

Na manhã deste domingo, as estafetas de 4×400 metros (masculina e feminina) bateram os recordes de Portugal, se bem que só a equipa masculina logrou passar à final.

Portugal alinhou com Ericsson Tavares, Ricardo dos Santos, João Coelho e Omar Elkhatib, com os portugueses a terminarem com 3m06s57”, melhorando o anterior máximo (3.12,54), que estava na posse de um quarteto do Benfica desde 2018, e que integrava dois dos atuais recordistas: João Coelho e Ricardo dos Santos, e que integrava ainda Mauro Pereira e Raidel Acea.

Na prova feminina, o objetivo de alcançar a final era difícil, mas o recorde nacional em pista curta era o principal objetivo das nossas compatriotas. Composta por Fatoumata Diallo, Carina Vanessa, Cátia Azevedo e Vera Barbosa a formação lusa terminou a corrida em quinto lugar com 3m31s93 centésimos, melhorando claramente o anterior máximo (3.35,43) que vinha de Birmingham, desde 2018, de um quarteto nacional que incluía duas das novas recordistas, Cátia Azevedo e Vera Barbosa, e ainda Miriam Tavares e Filipa Martins.

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FPA / Sportmedia

Depois do brilharete da manhã, a estafeta masculina de 4×400 metros regressou de Glasgow com a desclassificação na final, quarteto português que fora alvo de um protesto durante a manhã, por um dos atletas pisar a linha. Assim, o quarteto formado por Ericsson Tavares, João Coelho, Ricardo dos Santos e Omar Elkhatib, que durante a prova tinha atingido o sexto lugar, viu a sua prestação ser anulada, por desclassificação.

“Nós saímos daqui com a sensação do dever cumprido. Atingimos a final, batemos o recorde de Portugal e ficamos com a certeza de que podemos fazer mais e já sabemos o que é estar neste nível”, salientou João Coelho, por toda a equipa.

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