O Comité Olímpico de Portugal assinalou a contagem decrescente para Paris 2024 com a formação do logótipo humano que incluiu o coração dos portugueses a bater pela Equipa Portugal, numa mensagem de amor, esperança e união, numa ação realizada esta quarta-feira.
Algumas centenas de voluntários reuniram-se na Praça do Comércio (Lisboa), vestindo uns de vermelho, outros de verde, para formarem a Bandeira Nacional, dando testemunho da sua ligação à Equipa Portugal que estará em Paris 2024, de 26 julho a 11 de agosto.
José Manuel Araújo, secretário-geral do COP, sublinhou, a abrir os discursos oficiais, “o orgulho que é ter o coração dos portugueses a bater por Portugal e pela nossa equipa olímpica”
A embaixadora de França em Portugal, Hélène Farnaud-Defromont, fez um discurso emotivo, que finalizou com “Viva Portugal! Viva a França!”, destacando que o país organizador “tem orgulho em ser anfitrião dos atletas de todo o Mundo. Temos o desejo de fazer a celebração do desporto e do espírito olímpico”.
A intervenção final pertenceu ao secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, que afirmou “o maior evento do Mundo está a chegar e estamos seguros que os atletas tudo farão para se superarem” na representação de Portugal.
Acrescentou ainda que “agradeço aos clubes, às federações, ao Comité Olímpico, às autarquias e demais parceiros, que tudo fazem pelo desporto”.
O programa terminou com a interpretação do Hino Nacional pela banda da Guarda Nacional Republicana.
A propósito de atletas apurados, os números finais devem apontar para as oito dezenas, sabendo-se que, no presente momento, 50% estão confirmados, numa altura em que a maior parte das modalidades desportivas fecharão o prazo de escolha nacional até final de Maio, meados de Junho, atendendo ainda que, nesse mês, haverá ainda competições internacionais de gabarito, como o Campeonato da Europa de Atletismo, em Roma, que atribuirá prémios pecuniários ao melhor atleta de cada disciplina em disputa, questão que já mereceu comentários desfavoráveis, tal como a World Atlhetics (ex-Federação Internacional de Atletismo) também definiu prémios idênticos para os Jogos Olímpicos. Dá quem pode e o atletismo, como rei das modalidades olímpicas, consegue receitas para fazer isso tudo e … muito mais.
Entre as situações mais “complexas” estão os casos dos triplo-saltadores Pedro Pichardo (campeão olímpico) e Patrícia Mamona, que ainda não tem qualquer registo de marcas.
Por outro lado, o Comité Olímpico de Portugal apontou – quando entregou o respetivo plano de preparação para os Jogos – como meta a obtenção de quatro medalhas (número conquistado, pela primeira vez, há quatro anos), pelo que há que seguir os resultados que se verifiquem a partir de agora, momento para as primeiras decisões serem tomadas, no que se referem às escolhas.
Seleção que varia de modalidade para modalidade, tendo presente que, mas modalidades individuais (como o atletismo) há dois tipos de escolha: resultado direto e por posição no ranking mundial anual, competindo a cada federação internacional definir.
No atletismo, os primeiros testes mais a sério começam no final deste mês de abril, na China, onde Pedro Pichardo e Patrícia Mamona poderão estar, bem como outros, ainda não anunciados.