Domingo 06 de Outubro de 2024

Exposição sobre os 40 anos da conquista do ouro olímpico por Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII

carlos lopes 1Aproveitando a necessidade da prática de atividade física – um bem que grande maioria (70%) dos portugueses desperdiça diariamente – optei por passar pelo alto do Parque Eduardo VII, onde vislumbrei uma dezena de “muppis” colocados em “linha” no sentido descendente e pelo lado do Pavilhão Carlos Lopes.

Sabia que a respetiva inauguração estava prevista para a comemoração dos 40 anos (12 de agosto passado) da conquista da medalha de ouro, título olímpico pela primeira vez alcançado por um desportista luso, pelo ícone do desporto nacional de nome Carlos Lopes.

carlos lopes 2Como foi noticiado na véspera desse dia, as três cerimónias calendarizadas acabaram por ser adiadas “in extremis”, devido ao falecimento do então presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino.

Como os “muppis” se encontravam colocados (por força do peso e da montagem de cada um), acabaram por se manter, como ora foi verificado, ainda que, não tendo sido divulgados, não terão sido conhecidos dos cidadãos que por ali tem passado.

Daí que, repórter com sentido de oportunidade, fotografou e fez-me chegar as imagens que aqui se apresentam, ainda que não sejam a totalidade das que compõem a exposição, pelo que ainda é possível observar vinte pósteres que traduzem uma pequena parte da vida atlética do primeiro campeão olímpico do desporto português.

Desde 1976 (depois do início da carreira ao serviço do Sporting Clube de Portugal e da seleção de Portugal, em 1967), quando se tornou também o primeiro medalha de ouro luso ao vencer o campeonato do mundo de crosse, até ao final (1985), onde voltou a brilhar ao mais alto nível com o triunfo na Maratona de Roterdão, onde bateu o recorde mundial dos 42.197 metros (maratona).

carlos lopes 3Cada poster relata, em síntese, os títulos mais emblemáticos que Carlos Lopes alcançou, quem o ajudou nas partes mais difíceis de passar (lesões) e quem o catapultou para a pira dos Deuses do Olimpo.

Na questão das mazelas, recorda o Mestre Kobayash (japonês) que o tratou com “mãos de ouro” e à “moda” oriental e recorda-se ainda o outro Grande Mestre, Mário Moniz Pereira, o “condutor” da brilhante carreira tida ao longo de duas décadas.

Como muitas vezes referiu Moniz Pereira, Valeu a Pena! Um sem o outro não seria a mesma coisa! Histórias (reais) que colocaram Portugal no top mundial, onde ainda hoje se encontra, mas com outras estrelas cintilantes, que tem trabalhado muito para isso.

Na “despedida” de José Manuel Constantino, os atletas portugueses alcançaram em Paris’2024 os melhores resultados de sempre, em especial nas quatro medalhas alcançadas (as primeiras de ouro e prata para o ciclismo, a prata para o atletismo e o bronze para o judo), pelo que deixou um legado invejável para a causa do olimpismo em Portugal.

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