Quinta-feira 15 de Maio de 2025

Jogos Santa Casa atribuíram 51 bolsas a atletas

JogosSantaCasa-Bolsas-14-05-2025

Jogos Santa Casa

A edição deste ano (12ª) do Programa IMPULSO | Bolsas de Educação Jogos Santa Casa atribuiu 51 bolsas a atletas em preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Los Angeles 2028 e para os Jogos Surdolímpicos 2025. 

A cerimónia decorreu na tarde desta quarta-feira, na Sala de Extrações da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, tendo sido distinguidos 41 atletas olímpicos e esperanças olímpicas; nove paralímpicos e esperanças paralímpicas; e um surdolímpico – de 16 modalidades diferentes, duas delas novidade nesta edição: Tiro e Patinagem de Velocidade.

Este projeto foi criado para incentivar e ajudar os atletas olímpicos, esperanças olímpicas, paralímpicos, esperanças paralímpicas e surdolímpicos a conciliar a carreira académica com a desportiva e, deste modo, evitar o abandono prematuro do desporto de alto rendimento.

O valor total das bolsas atribuídas foi de 140.000 euros.

Sob o mote “Juntamos a educação à ambição desportiva”, o Programa nasceu em 2013 e tem como parceiros o Comité Olímpico de Portugal e o Comité Paralímpico de Portugal. Desde a primeira edição atribuiu 521 Bolsas a 256 atletas, de 28 modalidades, num valor superior a 1,4 milhões de euros.

As Bolsas respeitam a um leque alargado de tipos de formação (desde licenciaturas, Pós-graduações, Mestrados, Doutoramentos e outras), em função das escolhas dos atletas, ações que tem tido resultados globais elevados, aliás como se prevê no competente regulamento, num caminho inclusivo, porque abarca toda a área desportiva sob a tutela da Secretaria de Estado do Desporto (via Instituto Português do Desporto e Juventude), Comité Olímpico de Portugal, Comité Paralímpico de Portugal, onde o chapéu dos Jogos Santa Casa também tem a sua intervenção.

Para José Manuel Lourenço, presidente do Comité Paralímpico, “temos bolsas, mas faltam-nos os atletas para tornar o nosso programa paralímpico mais motivador e levar a que mais cidadãos com deficiência possam praticar a atividade física e desportiva, num tecido populacional em que se sabe que existem, mas que as famílias não estão tão disponíveis como se poderá desejar”.

Fernando Gomes, o novel Presidente do Comité Olímpico de Portugal, salientou que “a combinação da carreira desportiva com a académica, são pilares que se apoiam ao longo do tempo e que servem de estímulo a este programa, que se considera importante para potenciar o pós-carreira sem que seja beliscada a vida de qualquer atleta que, assim, corre menos riscos para o futuro”.

Paulo Sousa, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, salientou que “esta 12ª edição reforça o trabalho positivo que tem sido feito desde 2013, porquanto é uma forma de se acreditar no futuro no acompanhamento das carreiras de cada um dos atletas envolvidos ao longo deste doe anos, com 521 bolsitas de 28 modalidades. As Bolsas são um passo importante nesta caminhada e um impulso para outros que se proponham para o efeito e para o futuro”.

Dos bolseiros agora beneficiados, Daniel Videira, nadador paralímpico, mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Lisboa e a frequentar uma pós-graduação em Direito do Desporto, salientou que “a Bolsa me permitiu, numa primeira fase, abdicar de exercer a minha atividade profissional para me dedicar à preparação para os Jogos, enquanto continuava a aprofundar a minha formação. Agora, na fase final da carreira, usei esse apoio para ganhar competências em Direito do Desporto, capacitando-me para continuar ligado ao desporto de uma forma diferente”.

Inês Mendes, praticante de atletismo e a frequentar a licenciatura em Psicologia, não tem dúvidas sobre a importância destas Bolsas, tendo referido que “o programa das bolsas de educação tem-me ajudado imenso, pois não só é um motivador para a conciliação da alta competição com o ensino superior, como ajuda a pagar algumas despesas inerentes, como as propinas e viagens.”

Nuno Esteves, estreante no Programa Impulso, na modalidade de Tiro, vai também estrear-se nos Jogos Surdolímpicos agendados para o próximo mês de novembro, em Tóquio. Nuno frequenta a licenciatura em Design Geral e admite que “é muito difícil conseguir conciliar a parte académica com os objetivos desportivos”. Explica que “o tempo em Lisboa passa muito depressa, as deslocações e os treinos diários, por vezes de manhã e à tarde, exigem uma dedicação maior”.

A fechar, Pedro Dias, Secretário de Estado do Desporto, relevou que o “sistema de apoio aos atletas, neste âmbito, está montado há vários anos, continua a dar uma boa ajuda aos atletas que reúnam condições para este efeito e o Impulso reforça a coesão social, ao mesmo tempo que outro sistema está em funcionamento para que não haja problemas na implementação global”.

Em concreto, Pedro Dias referiu-se à “atribuição de apoios a nível das Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), projeto com uma dezena de anos, sendo que 30% destes atletas por lá passaram”.

Outro ponto positivo foi o da implementação do novo projeto, ainda piloto, no que se refere às UAAREs no Ensino Superior.

 

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