Terça-feira 28 de Maio de 4086

Nova “Dobradinha” do Sporting … 23 anos depois!

FC_27

Fernando Correia / JDM

Desde há uma semana no céu estrelado de ouro (conquista do bicampeonato), o Sporting chegou ao Vale do Jamor para “sofrer” até que os “céus” enviassem mais energia positiva para que os leões, vinte e três anos depois, conseguissem a famosa “dobradinha” (ganhar as duas maiores competições nacionais de futebol) na época de 2024/2025.

Não que não assumissem que era possível mas porque o Benfica, por certo, surgiria com maior vigor face ao “descalabrado” que podia acontecer (como se confirmou), apesar da vantagem alcançada pelas águias da Luz, que não souberam manter o golo de vantagem até ao último minuto (99º, com complemento de compensação) do jogo em que Renato Leão estragou tudo depois de cometer grande penalidade sobre Gyokeres, que ele próprio se encarregaria de cobrar sem qualquer problema, fazendo o 1-1 que garantiu o prolongamento de mais trinta minutos.

Isto porque, nos primeiros minutos da segunda parte, o Benfica se adiantou (47’) com um golo, algo surpreendente – pela rapidez da jogada e discernimento de Kokçú – que depois de uma triangulação pela esquerda do ataque benfiquista a bola vai da esquerda para a zona central do campo, onde surgiu o médio benfiquista para rematar forte, rasteiro, fazendo a bola entrar entre a mão de Rui Silva e o poste mais à mão, ante uma desconcentração da defesa leonina, que permitiu a Kokçú surgir frontalmente à baliza e rematar, nem ninguém pela frente, a cerca de 25 metros da baliza e fazer o golo.

FC_05

Fernando Correia / JDM

FC_02

Fernando Correia / JDM

FC_10

Fernando Correia / JDM

FC_06

Fernando Correia / JDM

FC_20

Fernando Correia / JDM

FC_12

Fernando Correia / JDM

FC_29Mais cedo (11’), com os leões ainda “desarrumados”, o Benfica criou perigo – o que fez desde o primeiro minuto – com Bruma a fugir entre a defesa leonina e a rematar forte, dentro da área leonina, levando a bola ao braço de Gonçalo Inácio, ainda que este não estivesse em falta, porquanto foi a bola ao braço e não o braço à bola, por este não se mexeu dentro do ângulo que está definido pelas regras e orientações regulamentares.

Alertado pelo VAR, o árbitro ouviu o colega do vídeo e foi informado que, antes da jogada que deu lugar ao remate de Bruma, Kokçú estava na situação de fora de jogo (26 centímetros), pelo que não havia lugar à grande penalidade, mas sim a um livre contra o Benfica pela infração referida. Situação que criou o primeiro grande “susto” nas hostes leoninas, com a equipa algo apática, ainda que tivesse mais posse de bola, se bem que para “empatar” tempo.

Aos 20’, Pavlidis voltou a confirmar porque foi o segundo melhor marcador do campeonato, pela criação de hipóteses de golo, depois de, entre dois defesas leoninas, rematar, com o pé esquerdo e obrigar Rui Silva a esticar-se e com a mão a desviar a bola para o poste e, dessa forma, evitar um golo certo.

No primeiro tempo, o Sporting teve mais posse de bola 54/46% – sem qualquer proveito, a não ser passar o tempo, porque também não estava com muita “vontade” de jogar para o golo – o que foi confirmado pelos remates feitos (4-3, dos quais 2-2 para a baliza, com vantagem benfiquista).

O segundo tempo começou com o golo das águias (47’), como se referiu, numa altura em que a equipa encarnada mostrou disposição, aproveitando a vantagem no marcador, para ir mais além, o que se verificou três minutos depois (50’) com Bruma a fazer o 2-0, depois de mais uma “parada” leonina, golo que não foi contabilizado porque o VAR, atento, alertou o árbitro para, na jogada anterior à que se seguiu à do golo, Carreras tinha feito falta sobre Trincão, anulando-se o golo e mostrado um amarelo ao jogador do Benfica, porque falta feia.

Coube a Morita ser o primeiro (58’) nas substituições (saiu Debast) mas, apesar do sol que se fazia, o ambiente estava “cinzento” porque se jogava mais para “estar parado” do que para procurar golos, até porque as mudanças de jogadores não produziam os resultados desejados, se bem que o Benfica mantinha a vantagem de um golo.

Trincão (87’) não teve nem arte nem força para rematar como devia ser e acabou por passar a bola ao guardião benfiquista, quando podia ter surgido o golo do empate “milagroso” – que se esperava – pelo menos para se ir para prolongamento.

Mas a compensação das compensações chegou em cima do minuto 90’. Quando se soube que havia mais de minutos para jogar. Um grande “sacrifício” para toda a gente: jogadores, em especial, e público, este porque começou a sentir o “frio” do Estádio Nacional, quando o sol começava a desaparecer do cenário inicial.

O tempo passava e nada se mudava. Até que (99’), Rafael Leão entrou assim mesmo (à leão) sobre Gyokeres e surgiu a grande penalidade “mais que perfeita” – se daí resultasse o empate – como surgiu, porque o avançado sueco não estava para brincadeiras.

Prolongamento a funcionar, agora com maior pressão por parte dos leões, o que levou o Benfica a “tremer”, porque pouco acreditava na reviravolta, primeiro porque Gyokeres esteve (8’) perto de marcar, tendo Harder aproveitado (9’) a oportunidade para colocar o Sporting na frente do marcador, depois de saltar mais alto do que toda a defesa benfiquista e fazer, a centro de Trincão, o 2-1, aproveitando que o defesa benfiquista estava atrás de si (e não frente ou junto, como devia estar).

Nos últimos quinzes minutos do prolongamento, Di Maria entrou em campo – com um semblante mais de “derrotado” do que outra coisa – e pouco conseguiu fazer para relançar a falta de alguma sorte e também competência da equipa da Luz, tendo Trincão (em cima dos 120 minutos) aproveitado a “abébia” concedida pelo central António Silva, que não conseguiu afastar a bola o suficiente, foi para a baliza e, subtilmente, rematou quando o guardião do Benfica saiu da baliza, fazendo um inesperado 3-1.

A “dobradinha” estava confirmada, 23 anos depois da última. Uma oportunidade de ouro para o Sporting reduzir a desvantagem em relação ao Benfica (que continua no comando, com 26 taças conquistadas), seguido do FC Porto (20) e Sporting (18).

Quem diria que tudo isto aconteceria depois de começar o campeonato com onze vitórias consecutivas sob a orientação de Rubem Amorim; ter entrado a jogar para “o empate”, com João Pereira a comandar e “refundar” a formação com um Rui Borges, que veio a obter os melhores resultados do seu currículo como treinador.

Tudo acontece, quando se trabalha para ganhar!

Como se dirá: que venham mais! O próximo grande desafio do Sporting para 2025/2026!

© 4086 Jogada do Mes. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.