Sexta-feira 06 de Junho de 2025

Filipa Faria e Daniel Ascenso, 4º lugar no Europeu Funchal 2025

Filipa Faria e Daniel Ascenso terminaram, esta quarta-feira, em quarto lugar na prova de dueto misto livre no Europeu de Natção Funchal’2025.

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FP Natação

Os portugueses somaram 211.2512 pontos (elementos – 71.6512; Impressão – 139.6000) uma pontuação que supera a marca dos 200 pontos que agradou à dupla e à sua treinadora Chilua Pegado, assente sobre uma clara evolução.

Os espanhóis Dennis Gonzalez Boneu e Iris Tio Casas dominaram a competição de dueto misto livre com 290.4242 seguido dos italianos Filippo Pelati e Lucrezia Ruggiero (288.8300) e dos britânicos Holly Hughes e Ranjuo Tomblin (283.0990).

Após o dueto de Portugal terminou os alemães Frithjof Seidel (191.2091) e os búlgaros Hristina Cherkezova e Dimitar Isaev (182.3517).

Filipa Faria referiu que “correu muito bem. Senti-me “superbem”. Ficamos sempre na expectativa de melhor, mas desfrutei imenso da prova. Sinto que vivi cada momento. Estou muito feliz.

A partir do momento em que achámos que este era um bom tema [música], procurámos explorar ao máximo vozes que encaixassem, procurámos uma história. Transpusemos a história do Capuchinho Vermelho para a água, mas com ‘twist’ em que no final quem ganha é o Capuchinho.

Daniel Ascenso adiantou que “faço minhas as palavras da Filipa. Foi mais um dueto, a minha primeira vez a fazer os dois duetos. Senti um pouco o peso de segunda-feira, mas nada que impedisse. Acho que correspondemos às expectativas, acho que melhorámos bastante em relação ao ano passado. Mais um dueto, mais uma alegria, e sensação de dever cumprido.

Já passou pela cabeça (o futuro). Continuar a trabalhar neste dueto parece-me a opção mais segura. Ainda há muitos pormenorzinhos que podem ser afinados e não só, aproveitarmos tempos mortos na música para encaixar mais um bocado de artística, ou prolongar mais os híbridos, para dificultar mais o esquema e aproximarmo-nos dos nossos adversários. Até porque se agora abandonássemos o esquema para inventar um novo, ou pegar num mais antigo, ficávamos com a sensação de que não teria sido um trabalho feito a 100%. Para não falar que começar a construir um dueto do zero é sempre um pesadelo.

Neste dueto, ainda há muita margem para melhoria e é o nosso ponto de partida.”

Filipa Faria referiu que “concordo com o que o Daniel disse. Este dueto ainda tem muita margem de evolução, ainda podemos fazer muito com isto. Vou ser sempre a pessoa “chata” a pedir mais dificuldade. A tentar desafiar cada vez mais o Daniel, para melhorar tecnicamente e sentir-se mais à vontade na água, sair da zona de conforto e apostar na dificuldade.

Chilua Pegado, treinadora salientou que “a coreografia é um conjunto, faço com eles e tive a ajuda da Cheila Vieira, que ajudou bastante na coreografia. Por isso surgiu algo tão original e bonito. Estiveram “superbem”. Senti-os um pouco mais nervosos antes, também pela expectativa criada. A coreografia livre é sempre muito mais exigente, é maior e com mais híbridos, mais cansativa. Conseguimos recuperar bem. No dia da prova, fizemos o que tínhamos a ver do livre, ontem foi recuperá-los, sobretudo o Ascenso. Faço uma análise superpositiva, foram muito artísticos, o outro é um dueto mais romântico, este é mais forte. Acho que não podia ter corrido melhor”.

“O Daniel teve uma evolução artística fantástica. Das primeiras vezes que competia, ele era tipo um boneco, de expressão. Aqui, nota-se que ele vive a personagem o tempo todo. Mas é passo a passo, sem saltar etapas.”

Na prova de dueto livre, Anna Luiza Carvalho e Inês Dubini não foram felizes. A dupla lusa, que na segunda-feira obteve um excelente 9º lugar no dueto técnico, esteve em dúvida na sua participação hoje no dueto livre, acabando por competir e concluir em 13º lugar com 155.1696 pontos.

A treinadora Silvia Pinto revela que a Ana e a Inês “passaram mal a noite e foram avaliadas pelo médico, que colocou a hipótese de não competirem. Estivemos uma hora, depois de tomarem medicação, a perceber como o corpo poderia reagir. Foram-se sentindo melhor, entraram na água, não fizeram a parte com música, mas entraram na água. Na nossa modalidade em equilíbrio e rotações, precisavam da sensação. Como estavam com sensação de enjoo, precisaram de perceber se se conseguiam situar na água”.

“Não sabia, nem elas, como iam reagir em contexto de competição sem estarem 100% em termos de forma muscular. Decidimos que competissem. Não correu como queríamos. A performance esteve bastante abaixo do que são capazes de fazer. Elas tiveram consciência mal terminaram a coreografia. Por outro lado, quisemos competir porque são muitos meses de trabalho para dois minutos e 50 de competição. Acho que, no fundo, também ganhamos essa experiência. Sabemos, no futuro, que quando acontecer algo do género, como o corpo delas vai reagir. Temos de ponderar melhor se competimos ou não. São tudo aprendizagens.”

A vitória na prova de dueto livre foi para as italianas Enrica Piccoli e Lucrecia Ruggiero com 250.6683 pontos seguidas das espanholas Lilou Lluis Valette e Iris Tio Casas (248.3325) e das alemãs Klara Bleyer e Amelie Blumenthal Haz (237.0950).

 

Dia bronzeado para os portugueses na Taça COMEN Funchal 2025.

 

Maria Almeida e Luísa Maia conquistaram o primeiro bronze para Portugal no dueto livre. A dupla portuguesa foi apenas superada pelas irmãs espanholas Ana Morral Rubio e Ivet Moral Rubio e pelas turcas Ayca Boru e Selin Hurmerc.

Pouco depois foi a vez de Rodrigo Carvalho e Elisabete Fortunato subirem ao pódio também com bronze. A vitória foi para os franceses Carla Pusta e Maceo Vanhee Didieu seguido de Féline Neerincx e Noah Van Beest (Países Baixos).

Beatriz Gama sublinhou que “estas medalhas são uma motivação extra para eles, para trabalharem para o futuro. Sabemos que este ano não havia tantos países como esperávamos, mas tínhamos alguma competição e podia correr muito bem ou muito mal. Temos estes dois pódios, uma vantagem para a modalidade, porque lhe dá visibilidade, e a eles motivação extra para continuar a trabalhar.”

Sobre Maria João e Luísa, “foi a primeira experiência internacional que tiveram. Medalhas à parte, foi uma prova limpa, correu bastante bem. É muito bom, vemos aqui grandes potências a terem ‘basemarks’, e estas ‘miúdas’, muito jovens, conseguirem estes resultados é bastante bom.»

Sobre o dueto livre misto “o Rodrigo já tem experiência e Elisabete primeira vez, e nadaram o misto a primeira vez. Também sem ‘basemarks’. Para o Rodrigo, esta prova foi fundamental para começa a época internacional para o europeu júnior. Mesmo que o dueto seja outro, faz com que vá mais confiante para Atenas.»

Rita Varandas salientou que “importa muito mais, neste escalão, os aspetos da técnica. Obviamente que estar no pódio é sempre um motivo de grande alegria, é ver recompensa pelo trabalho desenvolvido. Do outro lado, estamos sempre à procura a ver se está mesmo ok, para não haver dissabores. O Rodrigo vai agora ter prova, o Europeu júnior, e um resultado positivo dá ânimo.”

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