No primeiro dos três jogos da fase de grupos da fase final do europeu de futebol de sub21, que se iniciou nesta quarta-feira, Portugal e França não foram além de um empate (0-0), que se considera positivo porquanto são as duas equipas mais fortes do grupo C.
Portugal entrou em campo de forma serena, com mais tempo de posse de bola e iniciativa de jogo. Os primeiros minutos foram de controlo por parte de Portugal, mas a França conseguiu momentaneamente equilibrar o tempo de posse de bola no meio-campo adversário.
Aos 15 minutos, começou o melhor período da equipa lusa, que dispôs de quatro situações claras de golo em apenas cinco minutos. Paulo Bernardo, no coração da área, após grande passe de Quenda viu o seu remate bloqueado e, na recarga, Roger Fernandes só não coroou os primeiros minutos com um golo porque o seu remate foi cortado em cima da linha de golo.
Esta oportunidade galvanizou a formação portuguesa que, no minuto seguinte, viram o guardião francês levar a melhor no frente a frente com Tiago Tomás.
Dois minutos volvidos, Quenda cabeceou por cima da barra e aos 20 minutos foi Roger Fernandes a desperdiçar mais uma excelente oportunidade.
A estratégia portuguesa de explorar os erros na construção do adversário estava a surtir efeito e a França, durante a primeira parte, praticamente não incomodou Samuel Soares. A exibição portuguesa foi consistente, muito sólida defensivamente, mas também com muito desperdício na finalização à mistura.
Apesar de todos os esforços, o golo não surgiu e o empate alcançado é positivo, dependendo dos resultados dos dois próximos jogos: Polónia, dia 14 de junho (20h00), e Geórgia, a 17 (17h00).
No Sihot Stadium, Trencin, com arbitragem do lituano Manfredas Lukjancukas, Portugal apresentou o seguinte onze inicial: Samuel Soares, Rodrigo Pinheiro, Chico Lamba, João Muniz, Rafael Rodrigues (Flávio Nazinho, int.), Diogo Nascimento, Mateus Fernandes, Paulo Bernardo – Cap., Geovany Quenda (Carlos Borges, 60′), Roger Fernandes (Rodrigo Gomes, 60′) e Tiago Tomás (Gustavo Sá, 80′).
Suplentes: Diogo Pinto, João Carvalho, Christian Marques, Lourenço Henriques, João Marques, Mathias de Amorim, Pedro Santos, Henrique Araújo.
Disciplina: cartão amarelo a Diogo Nascimento (28′) e a Rafael Rodrigues (29′).
A França apresentou uma equipa formada por Guillaume Restes, Kiliann Eric Sildillia, Chrislain Matsima – Cap., Junior Castello Lukeba, Quentin Merlin, Andy Diouf, Johann Lepenant, Ismael Doukoure, Wilson Serge Eric Odobert, Matthis Abline (Thierno Barry, 63′) e Mathys Henri Tel (Loum Tchaouna, 77′).
Suplentes: Obed Nkambadio, Robin Risser, Christian Mawissa Elebi, Nathan Zézé, Lucien Jefferson Agoume’, Noah Edjouma, Jean Matteo Bahoya, Soungoutou Magassa, Djaoui Cisse, Félix Lemarechal.
Disciplina: cartão amarelo a Ismael Doukoure (59′) e a Andy Diouf (81′)
A propósito do jogo, Rui Jorge, selecionador nacional, salientou ao site da FPF que “podia ter sido melhor. Criamos situações suficientes para conseguir a vitória. Fizemos um bom jogo, com excelente atitude coletiva. Conseguimos criar algumas situações de perigo, mas não as concretizámos. É estranho quando um jogo como este acaba em zero a zero… Os meus jogadores demonstraram qualidade, paixão pelo jogo e um espírito de sacrifício enorme. É esta a imagem que queremos passar sempre, pelo que fico satisfeito também por isso. O nervosismo existiu, assim como situações em que podíamos ter finalizado melhor. Estou contente com o jogo, embora não totalmente satisfeito com o resultado. Se jogarmos assim mais vezes, também vamos ganhar mais vezes”.
No outro jogo do grupo (C) de Portugal, a Geórgia derrotou (2-1) a Polónia.
No grupo A, a Espanha venceu (3-2) a Eslováquia, e a Itália bateu (1-0) a Roménia.
Nesta quinta-feira iniciam-se os jogos dos grupos B (Rep. Checa-Inglaterra e Alemanha-Eslovénia) e D (Ucrânia-Dinamarca e Finlândia-Holanda).