Quarta-feira 18 de Junho de 2025

Seleção de futebol de sub-21 apurada para os quartos de final do europeu

FPF-EuroSub21 - 17.06.2025

FPF

A seleção nacional Sub-21 qualificou-se para os quartos de final do Campeonato da Europa, a decorrer na Eslováquia, com um triunfo (4-0), frente à Geórgia, na derradeira jornada da fase de grupos.

Com este resultado, a equipa orientada por Rui Jorge garantiu o primeiro lugar do Grupo C, com os mesmos sete pontos da França, que venceu a Polónia, por 4-1, mas com melhor diferença de golos.

Portugal volta a entrar em campo, no sábado, para defrontar o segundo classificado do Grupo D, ainda por apurar.

A primeira parte ficou marcada pela expulsão de Lasha Odisharia (6 minutos), por entrada extremamente agressiva sobre Flávio Nazinho. Até então, pouco ou nada de relevante tinha acontecido no jogo, mas o que se assistiu a partir daí foi a um domínio praticamente total de Portugal, apesar de a Geórgia nunca deixar de, sempre que possível, chegar perto da baliza de Samuel Soares, tendo-o conseguido nos minutos 13′ e 43′.

Portugal entrou em campo ciente de que o empate serviria para a qualificação, mas que a vitória podia não ser suficiente para o primeiro lugar, pois no outro jogo do grupo, a França defrontava a Polónia e, em caso de igualdade pontual entre lusos e franceses, prevaleceria a diferença de golos.

Aos 27′ e aos 30′, Portugal podia ter festejado e dilatado a vantagem que já tinha obtido devido ao tento apontado por Rodrigo Pinheiro ao minuto 25. O lateral-direito recebeu de Quenda no lado direito da grande área e, de ângulo apertado, rematou para o fundo da baliza, num lance que envolveu também alguma infelicidade do guardião adversário que não conseguiu segurar a bola.

Na segunda metade, Portugal entrou a controlar as incidências do jogo e a não permitir tantas aproximações à sua baliza. Samuel Soares foi um verdadeiro espectador no segundo tempo, mas foi a entrada de Gustavo Sá que veio agitar ás águas e ajudar a traduzir a supremacia portuguesa em golos.

Aos 62 minutos, o centrocampista combinou com Geovany Quenda, isolando o extremo para mais um golo neste europeu. O jovem de 18 anos juntava assim um golo à assistência que tinha conseguido na primeira parte e marcava o tento que o ajudou a, no final da partida, receber a distinção de melhor jogador em campo pela segunda partida consecutiva. Este golo deitou por terra qualquer aspiração georgiana que, com o passar do tempo, começou a ver as hipóteses de qualificação cada vez mais remotas.

Foi, por isso, com alguma naturalidade que a vantagem portuguesa ganhou contornos de goleada nos minutos finais. Primeiro foi Rodrigo Gomes que, assistido por Gustavo Sá, cabeceou para o fundo da baliza, fazendo o 3-0.

No final do período de compensação, Henrique Araújo fez o 4-0 de grande penalidade.

Sob a direção do árbitro Elchin Masiyev (Azerbaijão), Portugal alinhou com: Samuel Soares, Rodrigo Pinheiro, Chico Lamba, João Muniz, Flávio Nazinho, Diogo Nascimento, Paulo Bernardo – Cap. (João Marques, 81′), Mateus Fernandes (Gustavo Sá, 61′), Geovany Quenda (Rodrigo Gomes, 81′), Roger Fernandes (Mathias de Amorim, int.) e Tiago Tomás (Henrique Araújo, 67′).

Suplentes: Diogo Pinto, João Carvalho, Christian Marques, Lourenço Henriques, Rafael Rodrigues, Pedro Santos, Carlos Borges.

Golos: Rodrigo Pinheiro (25′), Geovany Quenda (63′), Rodrigo Gomes (87′) e Henrique Araujo (90+5’)

A Geórgia alinhou com Luka Kharatishvili, Irakli Azarov (Saba Mamatsashvili, 67′), Saba Khvadagiani – Cap., Irakli Iakobidze, Giorgi Maisuradze, Otar Mamageishvili (Tornike Morchiladze, 85′), Nodar Lominadze, Gizo Mamageishvili (Irakli Egoyan, 67′), Lasha Odisharia, Giorgi Abuashvili (Vakho Bedoshvili, 51′) e Giorgi Kvernadze.

Suplentes: Mikheil Makatsaria, Levani Tandilashvili, Lado Odisvhili, Levan Osikmashvili, Luka Gagnidze, Gabriel Sigua e Vasili Gkordeziani.

FPF-EuroSub19-Selecionador-17-06-2025

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Rui Jorge, selecionador nacional referiu que “o jogo ficou muito condicionado com a expulsão, logo no início. A este nível, quando as equipas se aproximam muito, em termos de valor, é muito complicado ficar em inferioridade numérica, e muito mais perto de 90 minutos. Ainda assim, eles demonstraram sempre um coração e uma vontade enormes, nunca baixaram os braços, a não ser na fase final. E, para termos a fase final que tivemos, mais descansada, foi preciso, desde o primeiro minuto, fazer uma circulação rápida, obrigá-los a um esforço suplementar. Foi conseguido, em parte, no primeiro tempo. Podíamos ser mais agressivos e dar alguma largura mais ao jogo, para obrigar a bascular um bocadinho mais, porque nós estávamos confortáveis e eles também, e tínhamos de estar desconfortáveis e pô-los desconfortáveis, também”.

Rui Jorge adiantou que “é não só a qualidade deles, mantém a atitude. É muito importante, a atitude deles. Não me canso de o referir, a atitude dos jogadores, quando entram, seja por cinco minutos, dez, 45… mesmo os que jogam de início, como o Roger, e que têm saído, sistematicamente, têm feito bem o seu trabalho. Não saem porque estão a fazer mal o seu trabalho; saem porque conseguimos, com a saída deles, continuar o bom trabalho, sem perder qualidade. É importante eles saberem isso, sentirem isso e, quando entram, demonstrá-lo: o Henrique joga dez ou 15 minutos, e vai à procura do golo dele, da profundidade que queremos dar ao nosso jogo. São bons sinais.”

Tendo citado ainda que ”estar na fase final e competir a este nível, perceber as dificuldades – todas elas diferentes, também – que encontrámos nestes jogos prepara-nos para aquilo que aí vem. Conseguimos equilibrar contra equipas muito fortes, ofensivamente, e ser seguros”.

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