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Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG) conquistou a prova de fundo do Campeonato Nacional de Ciclismo, na categoria de elite masculina, batendo Pedro Silva (Anicolor-Tien21) ao sprint na reta final de Ourém e repetindo o triunfo de 2023.
A prova contou com a presença de 52 corredores à partida, que enfrentaram uma volta longa seguida de três voltas ao circuito, totalizando 179,3 quilómetros. O sobe e desce e as três passagens pela meta antes da chegada proporcionaram várias oportunidades ao público para assistir ao desenrolar da corrida, apesar do calor intenso que se fazia sentir.
A fuga do dia foi protagonizada por oito corredores: Ivo Oliveira (UAE Team Emirates XRG), Pedro Silva (Anicolor-Tien21), Gonçalo Leaça e João Medeiros (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Joaquim Silva e Tiago Antunes (Efapel Cycling), Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) e Bruno Silva (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), que se destacaram ao quilómetro 47.
Pouco depois, Hugo Nunes (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) juntou-se à frente de corrida, seguindo-se César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e César Martingil (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), após a primeira passagem pela meta, formando um grupo de onze unidades na dianteira.
O pelotão manteve o grupo de fugitivos sob controlo, sem permitir que a vantagem aumentasse significativamente. À entrada da última volta, a diferença era de 2m05s. Foi então que se destacou um trio na frente composto por Ivo Oliveira, João Medeiros e Pedro Silva, que agitou a corrida.
O grupo perseguidor foi constituído por Hugo Nunes, Tiago Antunes, Diogo Gonçalves e Bruno Silva, que colaboravam na tentativa de aproximação, embora com dificuldades em reduzir a margem. O pelotão, muito fracionado, era liderado por Rui Costa, vencedor da edição de 2024, que não contava com o apoio de colegas de equipa. Com várias formações representadas na frente, o pelotão abrandou e perdeu em definitivo a luta pela vitória.
A derradeira subida foi decisiva e resultou na seleção final, com João Medeiros a ceder perante o ritmo imposto, ficando na luta pela terceira posição. Na frente, o desfecho foi decidido ao sprint entre dois corredores. Apesar de Pedro Silva ter entrado em vantagem na última curva, foi Ivo Oliveira quem se impôs, vencendo de forma categórica em Ourém. O ciclista natural de Vila Nova de Gaia repetiu assim o triunfo conquistado em 2023, em Mogadouro.
“Quando caí aos dois quilómetros, nunca pensei que ia chegar aqui e ganhar a corrida. Esperava que o meu irmão [Rui Oliveira] ou o António [Morgado] viessem ter comigo, mas a corrida desenrolou-se de outra forma. Entrei na fuga, quase todas as equipas tinham dois corredores e começou a andar muito bem”, começou por explicar o novo Campeão Nacional.
“Comecei a ter cãibras e disse ao meu diretor que ia tentar o pódio porque quase não conseguia pedalar, mas ele disse-me para acreditar. Consegui ir na roda do Pedro Silva e do João Medeiros na última volta e tive de ser muito frio. Não ia arrancar porque sabia que tinha o sprint mais forte. Sprintei com muitas cãibras, mas é uma arma minha e ainda bem que a deixei para o final”, concluiu Ivo Oliveira.
Apesar de João Medeiros (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car) ter sido o terceiro a cortar a meta, viria a ser desclassificado devido a um impulso irregular após um problema mecânico, permitindo a Diogo Gonçalves (Feirense-Beeceler) subir ao terceiro lugar do pódio.
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Daniela Campos revalidou o título de campeã nacional no feminino
Daniela Campos (Eneicat-CMTeam) foi a mais forte no sprint de Ourém e revalidou o título de Campeã Nacional de Fundo entre a elite feminina.
A ciclista portuguesa de 23 anos, integrou um quarteto que se destacou na frente da corrida na última volta. A ciclista, natural de Loulé, conservou a energia necessária para a ponta final, registando 2.33.59 e, após 90,8 quilómetros, bateu Raquel Queirós (Atum General/Tavira/SC Farense) e Maria Martins (Canyon/Sram/Zondacrypto), segunda e terceira, respetivamente.
“Foi uma vitória bastante emocional para mim, devido ao ano que tenho tido. É importante, não para demonstrar aos outros, mas para mim mesma, que tenho capacidades para disputar as corridas e de estar a correr com as melhores do mundo”, referiu Daniela Campos no final da prova.
Nas sub-23 femininas, Marta Carvalho (Cantabria Deporte-Rio Mera) registou 1.56.31 e foi a mais veloz no sprint, onde derrotou a colega de equipa, Beatriz Roxo, que havia conquistado o título de campeã nacional de contrarrelógio da categoria.
Os movimentos decisivos da prova de elite apareceram à entrada da última volta. Daniela Campos (Eneicat-CMTeam), Raquel Queirós (Atum General/Tavira/SC Farense), Maria Martins (Canyon/Sram/Zondacrypto), Ana Caramelo (Matos Mobility/Flexaco-Ihs) e Liliana Jesus (Race Spirit Cycling Team) fugiram ao pelotão para não serem mais alcançadas. A três quilómetros da meta, Liliana Jesus, descolou e ficaram quatro na dianteira. Foi um sprint a quatro que terminou no segundo título nacional de fundo consecutivo na elite feminina.
