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Jonas Vingegaard (Visma–Lease a Bike) teve de se contentar com o segundo lugar na etapa (13ª) desta sexta-feira, disputada entre Cabezón de La Sal e L’Angliru, onde João Almeida se impôs nos últimos metros, ganhando quatro segundos a Jonas, o que é melhor do que nada.
A liderança geral e Vingegaard nunca esteve ameaçada, mas também não conseguiu distanciar-se de João Almeida, que ditou o ritmo nos últimos seis quilómetros e ultrapassou todos, exceto Vingegaard.
Almeida é o nono vencedor diferente em L’Angliru em dez chegadas na La Vuelta no topo desta subida. É também a sua primeira vitória em uma etapa do Grand Tour da Espanha. A dupla emergiu como a principal candidata à La Roja rumo a Madrid. Tom Pidcock (Q36.5) permanece em terceiro na classificação geral, mas agora está 2’18” atrás.
A imponente L’Angliru surge no horizonte para o pelotão da Vuelta 25, com 202,7 km de percurso a partir de Cabezón de la Sal, com duas subidas de categoria 1 antes de uma chegada “altamente” alta. O longo início plano da etapa inspira os primeiros a se aventurarem, embora a maioria dos ciclistas espere uma disputa pela classificação geral numa das subidas mais icónicas do ciclismo profissional.
Foi um começo muito rápido, com uma enxurrada de ataques. A Visma-Lease a Bike de Jonas Vingegaard tenta controlar a formação da fuga, e o pelotão dividiu-se, momentaneamente, com Felix Gall (Decathlon AG2R La Mondiale) entre os ciclistas que vêm logo atrás.
Depois de quase 20 quilómetros de batalha, o alpinista austríaco regressa ao grupo, e 24 atacantes surgem na frente com Mads Pedersen (Lidl-Trek) novamente em movimento, com Antonio Tiberi (Bahrain Victorious), Jefferson Cepeda (Movistar), Gianmarco Garofoli (Soudal Quick Step), Bob Jungels (Ineos Grenadiers), Rémi Cavagna (Groupama-FDJ), Joel Nicolau (Caja Rural-Seguros RGA)…
Vários ciclistas saíram em perseguição, mas apenas um conseguiu alcançá-lo: o aniversariante Ivo Oliveira (UAE Team Emirates-XRG), que completou 29 anos e chegou à frente no km 52.
Os companheiros de equipe de Jonas Vingegaard controlaram a diferença para um máximo de 1,13 m na base da primeira subida do dia, o Alto de la Mozqueta, que foi alcançado a 49,1 km do fim. A fuga explode na subida. Nico Vinokurov (XDS Astana) lidera, seguido por Bob Jungels, Antonio Tiberi, Gianmarco Garofoli e Jefferson Cepeda. Mads Pedersen os alcança na descida. O Q36.5 dita o ritmo na subida, mantendo uma diferença de 1,13 m.
Tiberi sofreu um furo na descida. Pedersen lidera no sprint intermediário (La Vega, km 175), antes da subida do Alto del Cordal. No topo (km 181,6), Vinokurov lidera novamente, com Jungels e Cepeda em seu encalço. Tiberi não consegue alcançá-los e sofre um acidente na descida seguinte.
Na base da subida final, a UAE Team Emirates-XRG liderou a perseguição a 2’20” do trio líder, que logo se transformou em dupla, com Cepeda sendo eliminado. Jungels segue sozinho a 7 km do fim, mas se aproxima pouco antes dos últimos 5 km. Nesse ponto, João Almeida (UAE Team Emirates-XRG) definiu o próprio ritmo, com apenas Jonas Vingegaard, Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike) e Jai Hindley (Red Bull-Bora-Hansgrohe) em sua roda.
O quarteto transformou-se em dupla quando Kuss e Hindley se distanciam, faltando 4,5 km para o final. Almeida impõe um ritmo forte, com Vingegaard a acompanhar. O português não perde a primeira posição e, eventualmente, conquistou a sua primeira vitória numa etapa da Vuelta, à frente de Vingegaard. Hindley completou o pódio do dia com uma vantagem de 28”, à frente de Kuss (+30”), Gall (+52”), Pellizzari (+1’11”) e Tom Pidcock (+1’16”).
Para João Almeida (UAE Team Emirates-XRG) “esta é uma vitória especial. Ainda não acredito. Graças aos meus companheiros de equipe, eles foram fundamentais hoje. Fizemos uma etapa incrível. Eu simplesmente impulsionei meu ritmo desde o início e fiz o melhor que pude. Jonas [Vingegaard] estava sempre na minha roda. No último quilómetro, estava no limite. Acho que nós dois estávamos no limite. Eu estava esperando o ataque dele a qualquer momento e pensei que ele fosse me ultrapassar na linha de chegada. Eu conhecia a chegada muito bem de dois anos atrás. Cheguei em primeiro na última curva e depois foi difícil passar. Acho que foi um dia incrível. Acho que é a subida mais difícil do mundo. É simplesmente uma loucura. Claro, o que me motiva a vencer a Vuelta. Ainda tenho muito tempo para recuperar o Jonas. Ele está fenomenal, então é uma tarefa difícil, mas nunca desistimos.”
Ivo Oliveira completo (em dia de anos) no 55º lugar, a 19m05s.
Na geral, Jonas Vingegaard (Visma), continua preso ao primeiro lugar, com 49h30m54s, tendo João Almeida (Emirates XRG) apenas a 46 segundos e T. Pidcock (Decathlon) a 2m18s, aguçando o apetite para a 14ª ronda, este sábado, na ligação de Avilés-La Farrapena, Lagos Somiedo, numa distância de 135,9 km, que começa com uma contagem de terceira categoria (69,5 km, com 510 metros de altitude), seguindo-se outra de primeira (1.346 metros), descendo bastante para depois culminar com mais um alto dos “pesados”: La Farrafona a 1.708 metros de altitude.
Ivo Oliveira subiu ao 118º lugar, a 2h12m57s.
