FPA / Sportmedia
Acusando, de alguma forma (em especial psicologicamente, presume-se), Agate de Sousa ainda teve garra para concluir a final do salto em comprimento no sexto lugar a final do salto em comprimento do mundial de Atletismo em Tóquio 2025, o melhor resultado até agora.
Recordar-se-á – e é importante que se diga – que o prolongamento da época para meados de setembro (quando a data mais normal é em agosto) é um dos fatores que influem no rendimento de cada atleta, tal como a “decalagem” de horários (oito horas de diferença entre Portugal e o Japão), a que se juntam outros mais próximos como a disposição no dia da competição, o foco mental e consequente resposta física. O que poder se analisado por qualquer dos técnicos presentes na comitiva.
A figura portuguesa do dia entrou na final do salto em comprimento com um nulo (por pouco, que daria uma marca acima de 6,90 metros) e depois saltou 6,57 m. Melhorou para 6,67 metros, marca que lhe deu o sexto lugar na final.
Para Agate, “de 0 a 20 dou 8. Entrei na final a pensar que não ia saltar, por causa do imprevisto de ontem. Apesar de tudo consegui fazer os seis saltos. Fazer parte das seis melhores do Mundo é bom, mas eu queria e ambicionava mais”, tendo adiantado “por valer bem mais, mas após o primeiro salto, que deu nulo, demorei algum tempo a entrar em competição. Andei mais tempo a competir comigo do que com as minhas adversárias”.
Agate desvendou que ainda hoje acordou “sem conseguir mexer o pescoço e foi o nosso fisioterapeuta, Ricardo Paulino, que esteve comigo algumas horas a tentar recuperar-me. Quando começou a prova e comecei a saltar esqueci isso”.
Recorde-se que Agate tem como recorde pessoal (7,03).
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Nos 1500 metros, na segunda meia-final, a Salomé Afonso voltou a ser afetada pelos percalços da corrida, quando a atleta alemã Wessel foi empurrada, quase caiu e obrigou a portuguesa a quase parar e ir até à pista seis para não cair.
Salomé tentou regressar ao grupo e seguir para a frente, mas na última volta não conseguiu manter o ritmo e acabou em 10º lugar, com 4m15s08”. Não foi feliz na prova, mas protesto português qualificou-a para a final.
De forma rápida, a comitiva portuguesa apresentou protesto, ainda antes de saber que a atleta alemã, que tinha sido empurrada e impediu o progresso de Salomé, foi qualificada para a final, sendo desclassificada a italiana Zenoni.
Numa decisão do juiz, o protesto não foi deferido e Portugal recorreu para o júri de apelo, que após prolongada apreciação deu provimento à pretensão dos portugueses e qualificou Salomé Afonso para a final dos 1500 metros (terça-feira) às 14h05 (em Portugal).
O terceiro dia de competição, esta segunda-feira, começa com a maratona masculina (23h30 de ontem, hora portuguesa) em que Portugal estará representado por Rui Pinto (2h11m28s).
Neste mesmo dia, Fatoumata Diallo (54,52 segundos) estará nas eliminatórias dos 400 metros barreiras.
O sorteio colocou a atleta lusa na segunda eliminatória (3h28 em Portugal). Passam às meias-finais as quatro primeiras de cada série e as quatro mais rápidas seguintes.
A jornada da tarde tem a participação de três atletas portugueses. Às 11h40, Gerson Baldé (8,20 m) estará na qualificação do salto em comprimento. Passam diretamente à final os atletas que saltarem 8,15 metros ou os 12 primeiros no conjunto dos dois grupos.
Mais ao final da jornada, teremos as meias-finais dos 1500 metros. José Carlos Pinto (3.31,94) corre na primeira (21h30), Isaac Nader (3.29,37) corre na segunda (21h40). Passam à final os seis primeiros de cada corrida.
Na madrugada desta segunda-feira, Rui Pinto tomou parte na maratona, tendo chegado na 42ª posição, com 2h19h50, em prova disputada ao milímetro até à linha de chegada, com o tanzaniano Simbu a vencer no último “suspiro”, com 2h09m48s, atribuído também a medalha de prata, o alemão Petros. Medalha de bronze para o italiano Liass Aouani, com 2h09m53s.
As provas podem ser vistas através da transmissão direta da RTP 2 e RTP Play, com os resultados a serem publicados na página da World Athletics.
