Ciclismo
Iuri Leitão conquistou a medalha de bronze na prova de Scratch, que abriu a participação portuguesa no Mundial de Ciclismo em Pista, realizado em Santiago, no Chile.
O duplo medalhado olímpico subiu ao pódio depois de uma retificação da classificação, que o tinha como 6º classificado na primeira versão. Devido a um erro dos comissários de prova, a contagem de voltas não foi feita corretamente, com Iúri Leitão a gesticular no momento após o sprint que pensaria ser o decisivo. Ao abdicar, acabou por cair para o 6º lugar, mas a retificação dos resultados redefiniu o pódio.
Os dois primeiros lugares mantiveram-se inalterados, com o alemão Moritz Augenstein a conquistar a medalha de ouro e o neerlandês Yanne Dorenbos a prata.
A dupla constituída por Iúri Leitão e Diogo Narciso somou 46 pontos, na prova que consagrou a Bélgica campeã do Mundo, com 81 pontos, tendo a prata ido para a Grã-Bretanha (73) e o bronze para a Dinamarca (71), tendo a dupla lusa completado no 5º lugar da competição de Madison, no Mundial de Ciclismo em Pista, em Santiago (Chile).
Os pontos conseguidos por Portugal foram somados nos 3º (2), 7º (3), 17º (5), 18º (5), 19º (5) e 20º (6) “sprints”, para além de mais 20 fruto de uma volta dada ao pelotão, destacando-se as vitórias em três dos quatro últimos “sprints”, a compensar a fase intermédia da corrida de 200 voltas (50 km) em branco. A velocidade média em prova foi de 60,606 km/h.
Antes, na prova de eliminação, João Matias acabou no 15º lugar, ao ser eliminado no décimo sprint. Ganhou o italiano Elia Viviani, o 2º foi o neozelandês Campbell Stewart e o 3º foi Yoeri Havik, dos Países Baixos.
Entretanto, Iúri Leitão obteve o 9º lugar na competição de Omnium, com o ciclista luso – campeão mundial em 2023 e vice-campeão olímpico desta disciplina olímpica em Paris 2024 – a somar 104 pontos, no fim das quatro provas, que consagraram o espanhol Albert Torres como campeão do Mundo, com 133 pontos, tendo a prata ido para o japonês Kazushige Kuboki (131) e o bronze para o belga Lindsay de Vylder (131).
Iúri começou por ser 15º no Scratch, somando 12 pontos, a seguir 8º na corrida Tempo e acumulou mais 26 pontos, sendo depois 4º na Eliminação, para adicionar mais 34 pontos à sua classificação. Entrou para a corrida por Pontos na 8ª posição, com um total de 72 pontos, tendo então pontuado em três “sprints” (2+5+5) e somado mais 20 pontos por ter dado uma volta ao pelotão.
Tiro com Armas de Caça
Susana Campos, coordenadora da área internacional na Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça (FPTAC), foi eleita para o “presidium” da European Shooting Confederation, organização que governa a modalidade a nível europeu.
A dirigente da FPTAC recebeu 76,34% dos votos, tendo sido a mais votada dos onze (11) eleitos, entre 19 concorrentes.
Na eleição, ocorrida em Yerevan, na Arménia, o russo Alexander Ratner ficou como presidente e como vice-presidentes Gyorgy Nagy (Hungria), Vessela Letcheva (Bulgária), John Hansen (Dinamarca) e Nino Salukvadze (Geórgia).
Susana Campos já tinha sido eleita, em 2024, para a Comissão Técnica da International Shooting Sport Federation.
Esgrima
Miguel Frazão conquistou o Torneio Satélite de Barcelona, em Esgrima, disciplina de espada, ao vencer na final o estónio Sten Priinits, por 15-9. Esta é a segunda vitória do esgrimista português em menos de um mês, depois de em setembro ter vencido o Flemish Open, em Gent, na Bélgica.
O esgrimista luso fez a competição sem conceder uma única derrota, tendo começado por vencer os cinco jogos que disputou na fase de grupos. Em seguida, ficou isento de disputar o quadro de 256 e, na ronda de 128, derrotou o espanhol Aleix Gisbert (15-6); em seguida superiorizou-se ao ucraniano Maksym Gula (15-4), na ronda de 64, e ao jordano Iyad Odeh (15-8), na ronda de 32. Miguel Frazão derrotou depois Ian Sanders (15-13), dos Estados Unidos, na ronda de 16, e nos quartos de final ultrapassou o venezuelano Ruben Gascon, por 15-6, tendo depois, nas meias-finais, sido superior ao estónio Oliver Laasik (15-13).
Miguel Frazão após a cerimónia de pódio, em Barcelona, salientou que “estou muito contente com mais uma vitória num torneio satélite, foi a segunda este ano e isso deixa-me confiante em relação ao trabalho que tenho feito. O dia foi longo e consegui superar vários desafios. Foi no facto de procurar estratégias novas quando estava a perder e tinha de recuperar que fiz a diferença, o que acabou por determinar a minha vitória.”
Filipe Frazão, irmão de Miguel, acabou a competição em Barcelona no 5º lugar, tendo chegado aos quartos de final, fase em que perdeu com o estónio Sten Priinits (15-13), que acabou a prova como finalista vencido.
O esgrimista português fez uma fase de grupos sempre a ganhar, com seis vitórias em seis jogos, depois, na ronda de 128, derrotou o dinamarquês Richardt Cheyeen (15-12), e na ronda de 64 superiorizou-se ao britânico Fin Bennet (15-10), para na ronda de 32 enfrentar e ganhar ao sul-africano Christiaan Bester (15-10). No quadro de 16, Filipe Frazão venceu o saudita Faisal Abed (14-13).
Por seu lado, Max Rod finalizou o torneio frente ao italiano Di Stefano (14-15), na ronda de 16, e classificou-se no 10º lugar, depois de derrotar o britânico Tobias Berry (15-11), na ronda de 128, o argentino Adolfo Gusman (15-11), na ronda de 64, e o eslovaco Adrian Grunert (15-8) na ronda de 32. Na fase de grupos ganhou seis jogos em seis.
Tiago Bolaños foi eliminado na ronda de 256 pelo espanhol Javier Andres (15-11), depois de duas vitórias em seis jogos na fase de grupos, terminando no 146º lugar, ao passo que Luís Alvito caiu perante o britânico Tobias Berry (15-4), na sequência de duas vitórias e quatro derrotas na fase de grupos – foi o 143º classificado.
Ténis
Francisco Cabral sagrou-se vice-campeão do ATP 500 de Viena (Áustria), a jogar ao lado do austríaco Lucas Miedler, na final jogada frente aos britânicos Julian Cash e Lloyd Glasspool.
O tenista luso (27º do ranking) e Lucas Miedler (29º) cederam perante Cash (4º) e Glasspool (1º), segundos cabeças-de-série do torneio austríaco, em dois “sets”, com os resultados de 6-1 e 7-6 (6). A primeira partida cedo ficou encaminhada, depois de Cabral e Miedler terem cedido os dois primeiros jogos de serviço, permitindo aos britânicos chegar a uma vantagem de 5-0, para depois fecharem com 6-1.
A história do segundo “set” foi muito diferente, sem quebras de serviço, até se chegar ao “tie-break”, fase em que um único “mini break” no serviço de Miedler fez a diferença a favor de Cash/Glasspool.
Esta foi a quarta final da dupla luso-austríaca em 2025 e a primeira de um ATP 500, que em caso de vitória significaria o quinto título ATP da carreira de Francisco Cabral e o primeiro da história do ténis português acima da categoria de ATP 250.
