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Paulo Murta, diretor técnico nacional, mostra-se satisfeito com todo o trabalho preparatório que foi efetuado no estágio realizado e confiante no desempenho da equipa, tendo referido ao site da FPA que “o estágio tem sido muito positivo. A entrega nos treinos tem sido excelente, todos estão com muita vontade de dar o máximo e um querer muito grande de fazerem melhor que no Campeonato de Portugal”, começou por referir.
Para este Europeu, Portugal apresenta uma convocatória inédita: 42 atletas. “É a maior de sempre”, confirmou Murta, explicando que este número ultrapassa inclusive o limite habitual de 40 atletas ao afirmar que “este ano fazia sentido não só por o Campeonato da Europa ser em Portugal, mas também porque os atletas estão num nível muito alto, muito competitivos. Temos escalões e géneros com muita competitividade entre eles, e por isso levámos as equipas completas.”
A opção incluiu seis atletas por categoria e género, além de seis selecionados para a estafeta mista, dos quais apenas quatro alinham no dia da prova. “Os outros dois são por prevenção, no caso de surgir algum problema físico”, reforçou.
Quanto ao processo de escolha, Murta garante que não houve grandes dúvidas: “Não foi difícil. Sendo o Campeonato da Europa no mesmo percurso do Campeonato Nacional, tornou-se mais fácil selecionar. Praticamente em todos os escalões optámos pelos seis primeiros do Nacional, porque foi o local privilegiado de observação.”
Ainda assim, sublinhou que a base de análise foi ampla: “Tivemos cerca de 85 atletas em observação para trazer 42. Em alguns escalões havia 10 atletas com capacidade para entrar, mas só podíamos trazer seis.”
Dos resultados mais recentes emergem dois nomes com natural protagonismo: José Carlos Pinto e Mariana Machado foram os vencedores no Campeonato Nacional e partem com naturais ambições de conseguirem algo positivo em termos individuais, mas também a nível coletivo.
“Estão num bom momento de forma, sim. Mas acredito que queiram mostrar ainda mais nos Europeus”, realçou Murta, que deixou, no entanto, um aviso: “É um Campeonato da Europa, não é a mesma coisa que o Nacional. Corre-se de forma diferente e com outras estratégias.” O líder técnico espera sobretudo equipas coesas: “Esperamos que a equipa esteja homogénea e próxima do José Carlos e da Mariana, e que possam alcançar boas classificações, quer no feminino, quer no masculino.”
A competição contará com alguns dos melhores atletas europeus da atualidade, mas Paulo Murta acredita no potencial português: “Fácil não é, está difícil a obtenção de resultados de grande dimensão, mas trabalhamos afincadamente para isso”. A motivação é, aliás, um dos pilares da equipa. “A ambição e a vontade são enormes. O trabalho que eles fizeram foi muito bem conseguido. Há muita motivação e empenho para obter o melhor resultado possível.”
Uma das vantagens portuguesas está no conhecimento do terreno. O percurso será praticamente o mesmo do Nacional. “A única alteração foi nas zonas das lombas, que trocaram de sítio. Tudo o resto é idêntico. O piso está a ser melhorado com a colocação de pó de tijolo e saibro em todo o percurso.”
A contagem decrescente está em marcha porquanto Campeonato da Europa de Corta-Mato se realiza no próximo 14 domingo (manhã, em direto pela RTP1), em Lagoa, no Algarve.
A competição regressa a solo nacional pela quarta vez e Portugal apresenta-se com 42 atletas – a maior comitiva de sempre – liderados por nomes fortes como José Carlos Pinto, Mariana Machado, Isaac Nader, Salomé Afonso, Miguel Moreira, Etson Barros, Laura Taborda, Alexandre Figueiredo entre muitos outros.
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Do lado internacional, Lagoa receberá figuras de topo do atletismo europeu, incluindo o francês Jimmy Gressier, um dos grandes candidatos ao ouro, tal como a campeoníssima italiana Nadia Battocletti, além de vários campeões europeus em título nos escalões jovens e sub-23. Com casa cheia esperada e elevado nível de competitividade, Portugal acredita que poderá discutir posições de destaque, impulsionado pelo fator casa e pela excelente forma exibida no recente Campeonato Nacional.
Paulo Murta deixou um pedido claro a todos os amantes do atletismo: “Apelo para que o público apareça. É um Campeonato da Europa, vão estar cá os melhores países do atletismo, com atletas internacionais de grande categoria. Existem zonas próprias para assistir e apoiar os nossos atletas.”
Com o apoio nas bancadas e uma seleção ampla, motivada e em boa forma, o cenário promete. Portugal quer aproveitar o fator casa para assinar uma das melhores prestações dos últimos anos.
No dia 14, todas as atenções vão estar viradas para Lagoa e os atletas portugueses querem corresponder.
