São Silvestre de Luanda
Face à crise mundial que se vive no que se refere ao preço do petróleo (outrora quase comercializado ao preço do ouro), a comemoração da 60ª edição não vai ter a imagem que todos gostariam de ter mas, ainda assim, terá a dignidade de apresentar aos estrangeiros presentes as melhores condições para mais um êxito.
Segundo a Rede Angola, a prova terá menos 20 milhões de kuanzas – um corte na ordem dos 50% – o que leva à ausência de atletas portugueses de top nacional e internacional, com pena dos organizadores, a Federação Angolana de Atletismo.
Dos 50 milhões de kuanzas de 2014, o valor desceu para trinta, sendo dezoito do sector estatal e o restante de patrocinadores, que ajuda ao pagamento de sete mil dólares ao vencedor masculino (o ano passado foi de 15 mil) e de seis mil à primeira senhora.
Na edição deste ano, como nas anteriores, a predominância é dos estrangeiros, surgindo na frente o Quénia, com 27 atletas (18 masculinos e nove femininos), seguido da Etiópia com 25 (15 masculinos e dez femininos), Namíbia (cinco), África do Sul (quatro), República Democrática do Congo (três), Tanzânia (três), Camarões (um) e Bahrain (um).
A prova terá lugar no último dia deste ano, com partida marcada para as 18 horas, começando na Mutamba e terminando no Estádio dos Coqueiros, onde se realizará, no dia 2 de Janeiro, mais um edição do Meeting Demósthenes de Almeida, em homenagem a quem foi o grande impulsionador e obreiro do atletismo em Angola.
O “hábito” da Amadora também já chegou a Luanda, com as senhoras a partirem dez minutos antes dos homens.
A Federação Angolana vai aproveitar para prestar homenagem à atleta angolana que venceu a prova em 2006, sendo também a madrinha, a atleta veterana Ana Isabel, actualmente residente no Lubango, e vencedora da edição 2006.
Quenianos e etíopes (que se apresentam na máxima força) são os principais candidatos ao pódio masculino e feminino.
