Terça-feira 18 de Abril de 1431

Sporting eliminado à “força” da UEFA League

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© 2018 JCMyro / JDM

Bem se pode dizer que os leões foram afastados da UEFA League como que “à força” – ou falta dela porque não conseguiram chegar ao fim como começaram o jogo – porquanto demonstraram que tiveram equipa para poder vencer um Atlético de Madrid que esta quinta-feira teve de render-se aos leões, pese embora a muita chuva que caiu em Alvalade não tivesse chegado para “abençoar” por completo a supremacia do Sporting.

Entrando a jogar com uma fluidez e celeridade dir-se-ia “electrizante” – o que há muito não se via na formação leonina – os comandados de Jorge Jesus mais não fizeram do que remeter os madrilenos quase ao seu último reduto defensivo, proveniente de um sistema de “carrossel” que não fez mais estragos porque, nalgumas vezes, foram os jogadores leoninos que se “individualizaram” e, noutras, os de Madrid pouco chegaram à defesa sportinguista, em especial no decorrer do primeiro tempo.

Acuña, ao cabecear ao lado a centro de Battaglia (4’) deu o primeiro sinal de uma vitalidade que renasceu para poder afastar os “colchoneros”, se bem que havia muito jogo para jogar. Logo a seguir (10’), Oblak – guardião do Atlético – foi obrigado a chegar a meio da sua pequena área para socar e mandar para longe mais uma jogada bem engendrada pelo ataque sportinguista, culminando no minuto seguinte (11’) com uma magnífica defesa, em voo, de Oblak, a negar o que seria um bonito golo de cabeça por parte de Coates, no seguimento de um canto marcado por Bruno Fernandes.

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© 2018 JCMyro / JDM

Montero (17’) cabeceou ao lado um centro de Bryan Ruiz e Bruno Fernandes (23’), no seguimento de um passe a meia altura de Acuña, cabeceou também ao lado. O Sporting não tirava o pé do “acelerador” e o primeiro golo (e único, infelizmente) surgiu logo depois.

No seguimento do canto marcado (28’) por Bruno Fernandes, a bola vai directa para a baliza, obrigando Oblak a esticar o braço e quase tirá-la de dentro da baliza, mas seguindo para o lado contrário onde Montero, só, fez a recarga de cabeça e abriu o activo.

Três minutos antes – percebendo que a manobra da equipa não estava a funcionar como queria ou a táctica não era a melhor – Simeone, técnico dos madrilenos já tinha fixado que teria que mexer na equipa com vista a resguardar a linha média e defensiva ante o caudal atacante dos leões.

E a verdade é que fez efeito, porquanto o Atlético começou a reagir e o Sporting, pelo contrário, começou a dar sinais de “insatisfação” por não conseguir aumentar a vantagem, altura em que também o cansaço podia estar a aparecer, para além de uma outra possível quebra “anímica” e ou “psicológica” que estaria “no ar”, face ao ambiente vivido no clube nos dias anteriores.

Ainda assim, Bryan Ruiz (45’) obrigou Oblak a uma excelente defesa para canto depois de um remate feito de longa distância, surgindo (45+1’) o cabeceamento de Gelson para fora, com a baliza toda aberta, apenas por que, no resultado do centro de Acuña, o nº 77 remeteu a bola para cima e não para baixo, como mandam as regras.

E o segundo tempo começou precisamente com o tal reforço da equipa madrilena, quando Simeone fez a primeira substituição, operando a seguinte seis minutos depois e a terceira passados que foram mais oito minutos. Quer dizer, num quarto de hora o técnico do Atlético mudou as pedras e os resultados ficaram à vista.

O Sporting começou a perder folego – ainda que tenha feito uma substituição forçada de Mathieu por motivo de lesão no primeiro tempo – e Jesus terá tardado em fazer as duas que ainda tinha. Se tem “jogado” da mesma forma que Simeone, o resultado final poderia ter sido outro. Ou não.

Para além de uma maior recuperação do Atlético, passando a criar mais perigo junto da grande área do Sporting, nos verdes brancos começou a “florescer” um maior individualismo (Bruno Fernandes e Gelson), com o primeiro (54’) a fazer um remate forte mas com a bola a sair muito longe da baliza de Oblak quando podia jogar com outro companheiro que tinha por perto, tentando entrar pela área dentro e criar mais perigo.

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Numa excelente jogada em crescendo (55’) o Sporting ganhou um cando, marcado por Acuña, que levou a bola ao centro da grande área onde surgiu Coates a rematar em bicicleta mas à figura do guardião espanhol.

Depois foi a vez do Atlético criar perigo (60’) com Griezman a rematar para Patrício defender, o que se voltou a repetir no minuto seguinte, em que o Atlético ganhou um canto mas que não deu resultado.

Na resposta (63’), Montero entrou na grande área mas rematou à figura de Oblak, numa altura em que o discernimento dava sinais não positivos, se bem que Bruno Fernandes (69’) rematou de longe e obrigou o guardião espanhol a voar para afastar a bola da zona de perigo.

O Sporting tenta novo “forcing” mas os passes começaram a sair sem direcção e Griezmann (81’) surgiu isolado frente a Rui Patrício (dando a sensação de estar fora de jogo, ainda que não reclamado) que ofereceu o corpo à bola e foi para canto. Jogador que, dois minutos depois, voltou a criar perigo, isolando.se de novo, mas rematando ao lado.

Mais três minutos de jogo suplementar e nada de novo.

O Sporting fez por merecer, pelo menos, ir a prolongamento para desempatar, mas os “Deuses” nada responderam sobre isso, ficando o registo de uma assistência de pouco mais de vinte e oito espectadores, quiçá porque os adeptos leoninos não acreditavam que fosse possível dar a volta (e foi), com se constatou ou, então, porque a chuva também foi muita.

Sob a direcção do sérvio Milorad Mazic, que teve algumas falhas mas que não influíram no resultado, bem acompanhado pelos assistentes Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic, também sérvios, as equipas alinharam:

Sporting; Patrício; Ristovski (Doumbia, 79’), Coates, André Pinto, Mathieu (Petrovic, 25’) e Acuña; Gelson, Bruno Fernandes, Battaglia e Baryan Ruiz (Ruben Ribeiro, 70’); Montero.

Atlético de Madrid: Oblak; Juanfran, Savic, Godin e Lucas (Sime Vrsaljko, 45’); Vitolo (Ángel Correa, 59’), Saul Niguez, Gabi e Koke; Griezmann e Diego Costa (Fernando Torres, 51’).

Amarelos para Ristovski (29’), Fredy Montero (65’), Fernando Torres (69’), Bruno Fernandes (76’), Battaglia e Oblak (90’).

 

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