Terça-feira 05 de Dezembro de 8226

Norberto Mourão como porta-estandarte de Portugal na cerimónia de encerramento dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020

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LUSA/Miguel A. Lopes

Norberto Mourão foi o porta-estandarte de Portugal na cerimónia de encerramento dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 que se realizou este domingo no Estádio Nacional de Tóquio, onde foram feitos as últimas despedidas de mais uma edição e aguardando, já com alguma ansiedade, a de 2024, em Paris2024.

A missão portuguesa chegará a Portugal na terça-feira, com chegada prevista ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, às 15h25 horas locais no voo TK1759 proveniente de Istambul.

No último dia dos Jogos, este domingo, os portugueses Odete Fiúza e Manuel Mendes estiveram em acção na exigente maratona para as classes T11/12 e T46, respectivamente, que encerrou a participação nacional na competição.

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LUSA/Miguel A. Lopes

Odete Fiúza completou a maratona (com os guias António Sousa e Vera Nunes) em 3h20m45s e assegurou o 6º lugar e correspondente Diploma paralímpico. Manuel Mendes foi 8º classificado na classe T46 ao cumprir o percurso que começou e terminou no Estádio Nacional de Tóquio em 2h45m11s, tendo conquistado outro Diploma paralímpico.

Em declarações ao site do CPP, Odete Fiúza referiu que “os Jogos Paralímpicos são sempre um evento muito especial, estou muito satisfeita com este resultado e este diploma. O último ano de preparação foi complexo mas felizmente superámos as dificuldades e cheguei aqui no meu melhor nível. Foi um privilégio e uma emoção muito grande correr nas ruas de Tóquio e sentir o apoio das pessoas”.

Portugal terminou a participação nestes Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 com duas medalhas de bronze conquistadas por Miguel Monteiro no lançamento do peso T20 e Norberto Mourão nos 200m VL2 de canoagem, 23 Diplomas e 8 recordes nacionais.

A missão portuguesa parte, esta segunda-feira, para Portugal e tem chegada prevista ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no dia 7 de Setembro às 15h25 horas locais no voo TK1759 proveniente de Istambul.

Com as duas medalhas de bronze conquistadas, Portugal fixou-se no 72º lugar entre os 80 países medalhados até, não atingindo o brilhantismo de anteriores edições (onde foram conquistadas 92 medalhas), se bem que, entre 33 participantes em Tóquio’2022, 17 foram estreantes (mais de 50% o que pressupõe uma renovação calculada), ainda que seja necessário mais promoção para se angariarem mais desportistas para este tipo de desportos.

No que se refere ao medalheiro geral, a China foi a melhor, com um total de 207 medalhas (96 de ouro, 60 de prata e 51 de bronze), à frente da Grã-Bretanha, com 124 (41-38-45), República Popular Coreia, com 118 (36-33-49), Estados Unidos da América, com 104 (37-36-31) e da Ucrânia, com 98 (24-47-27). O Brasil classificou-se no 7º lugar, com 71 medalhas, 22 de ouro, 19 de prata e 30 de bronze.

Leila Marques, Chefe da Missão do Comité Paralímpico de Portugal, salientou que “saímos satisfeitos, conseguimos duas medalhas, 23 diplomas e oito recordes nacionais. São resultados de relevo”, tendo acrescentado que “os bons resultados obtidos por atletas estreantes na competição permitem olhar com esperança para o futuro”, na sequência de uma “renovação que tem sido uma preocupação crescente do Comité Paralímpico de Portugal” e recordando que “muitas vezes, as pessoas nem sempre chegam jovens ao desporto adaptado, pois em alguns casos começam a praticá-lo já com alguma idade, após infortúnios”.

Entretanto, o Presidente da República enalteceu na página oficial da Presidência o desempenho dos atletas paralímpicos, onde se pode ler que “realizados sob o signo da pandemia, depois de adiamentos, confinamentos e restrições de diversa ordem, a participação nestes jogos é só por si uma vitória para todos os envolvidos, que corresponderam ao desafio, estiveram à altura da responsabilidade e honraram o compromisso”.

Marcelo Rebelo de Sousa, no balanço que fez, realçou que foi uma “missão bem-sucedida” e que, por isso, “merece o reconhecimento público do Presidente da República e uma palavra de agradecimento” ao Comité Paralímpico de Portugal.

Viva Tóquio2020 … Olá Paris2024!

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