Extraordinário
Pela primeira vez na história do atletismo nacional –o que é um facto digno do maior registo – Portugal conseguiu colocar um atleta no 11º lugar do ranking mundial do salto com vara (7º na lista europeia) na presente época. Inédito e Extraordinário.
Estra proeza deve-se ao labor, ao trabalho, ao suor, a um conjunto de situações – por vezes não positivas – que só o Edi Maia tem conseguido ultrapassar com uma força de vontade férrea e digna do maior elogio.
Mas também é bom que se diga que tem tido a sorte de ter a seu lado um ex-recordista nacional, técnico de créditos firmados, que dá pelo nome de Raposo Borges, que é um autêntico fazedor de campeões.
Tudo isto porque o jovem Edi bateu este domingo, por duas vezes, o recorde de Portugal, primeiro a 5,67 e depois a 5,70 metros, no decorrer de um conjunto de provas de observação que a Federação Portuguesa de Atletismo promoveu no Estádio 1º de Maio (INATEL), com o objectivo de propiciar condições competitivas para que a comitiva para Moscovo seja maior do que aquela que a realidade actual demonstra.
Com 25 anos, Edi Maia, que representa o Sporting há vários anos, bateu um recorde que tinha 17 anos e que pertencia a Nuno Fernandes, quando em 1996 saltou 5,66.
Segundo Raposo Borges, o objectivo principal para esta primeira fase da época era alcançar o mínimo para o mundial de Moscovo, que já tinha sido conseguido, o que terá “aliviado” o stress para este domingo, e que levou Edi às nuvens, ajudado por condições atmosféricas excelentes para atingir o bom resultado feito.
Resta agora esperar que, em Moscovo, Edi quebre de vez o azar que tem tido em competições anteriores.
Na mesma competição, outro jovem, Ruben Miranda, voltou a estar em evidência ao melhorar o seu próprio recorde pessoal para 5,35, seguindo na esteia de Edi Maia.
