Quinta-feira 25 de Abril de 2024

Auriol Dongmo sagrou-se vice-campeã na abertura do Europeu de Munique

Atl-EuropeuMunique-Prata--15-08-2022

Federação Portuguesa de Atletismo

Para além da prata de Auriol, Jessica Inchude – também no lançamento do peso – esteve em plano de destaque ao obter o 9º lugar na final da prova, ambas melhorando os resultados na prova de qualificação, ficando relativamente perto dos seus melhores registos pessoais.

A estes registos, juntam-se ainda a qualificação para as finais do triplo salto por parte de Pedro Pichardo e Tiago Pereira, bem como das lançadoras de disco Liliana Cá e Irina Rodrigues.

Auriol, que lançou 19,32 na qualificação (onde foi a melhor das 24 em prova) melhorou para 19,82 na final, onde a neerlandesa Jessica Schilder conseguiu 20,24 e arrebatar a medalha de ouro.

Por seu lado, Jessica Inchude começou com 17,64 na qualificação (11ª entre as 12 apuradas para a final) e subiu para 17,93 na final, onde foi 9ª, resultado que se realça.

Após a prova, Auriol afirmou sentir-se “bem, contente com a medalha de prata, em especial para quem até esteve em risco de participar, porquanto tive uma lesão que me deixou apreensiva, a pensar que nem podia lançar. Mas o fisioterapeuta Ricardo [Paulino] fez um grande trabalho e permitiu-me estar aqui a competir na final. Esse trabalho fez com que não sentisse tantas dores, mas foi difícil. Graças a Deus obtive uma medalha”.

Reforçou ainda que “hoje não podia pedir mais. Com esta lesão, mesmo assim, consegui a medalha de prata que é excelente. Agora temos de continuar a trabalhar para, no futuro continuar a lutar pelas medalhas de ouro”.

No lançamento do disco, Liliana Cá esperou pelo último lançamento para alcançar 65,21 metros, a melhor marca da época, sendo a segunda da qualificação. Para a atleta “foi uma meia surpresa, pois esperava uma boa marca, de qualificação para a final, mas não estava à espera de passar os 65 metros. Na minha primeira final nos europeus, em 2018, tinha passado pela primeira vez os 61 metros e só queria estar na final. Agora a ambição é outra, a de lutar pelas medalhas”, referiu a atleta.

Irina Rodrigues também se qualificou para a final de amanhã, depois de lançar o engenho a 57,04 metros, sendo 7ª no seu grupo e 12ª no geral, o último lugar de apuramento para a final. “Sinto que fiz muito, estou agradecida pela época que tenho feito, conseguindo finalizar também o meu curso e isso deixa-me feliz. Agora tenho de esperar, mas tenho fé, a esperança é a última a morrer”, referiu. Mais tarde, a confirmação e a certeza de que Irina fecha em beleza a sua época com a final europeia.

Pouco depois, Pedro Pichardo iniciou a prova do triplo e saltou 17,36 metros no segundo ensaio, o melhor resultado entre os 20 participantes, assegurando a qualificação para a final, enquanto Tiago Pereira saltou 16,36 metros (10ª na geral), com entrada também directa na final de quarta-feira.

“Encaro muito bem as qualificações, encontro-me em boa forma física. O objetivo era o apuramento para a final. Nunca pensei que não passaria à final. Aliás, quando chego às competições chego com muita segurança, nos treinos passo sempre as marcas de qualificação”, afirmou Pedro Pichardo, com confiança no trabalho feito em Munique.

Apuramento “tranquilo”, conseguiu Tiago Pereira, apesar do “vento atrapalhar um pouco, pois estava irregular. “Abri com um nulo, como no mundial, no segundo salto deu longe, mais ajustes para saltar, mas estava tranquilo porque sentia que não precisava de muito mais para chegar à final. Agora na final será um novo dia”, salientou o triplista luso.

Nos 400 metros, os dois representantes portugueses, Cátia Azevedo e João Coelho, seguem para as meias-finais. Ela venceu categoricamente a eliminatória, terminando em 51,63 segundos, com a quarta melhor marca desta fase. “Sinceramente não estava à espera. Estou a sentir-me não tão forte, mas espero reagir na corrida de amanhã”, afirmou a atleta, motivada pelo trabalho feito nos Mundiais.

Na prova masculina, João Coelho foi quarto na série mais forte, cortou a meta em 45,78 segundos (9º na geral), esperou por todas as séries e confirmou ser apurado para as meias-finais. “Estava na melhor série, com os melhores atletas, mas a minha intenção era dar o máximo e estar na luta pela passagem à meia-final. Consegui, agora tenho a próxima corrida para poder depois chegar à final”, referiu o atleta, cuja ambição é forte. “É o meu primeiro europeu como sénior e a ideia era lutar pela final. Em termos de marca, como tenho melhorado muito, espero bater o recorde nacional amanhã ou noutra corrida”.

Na maratona (masculina) o melhor foi Rui Pinto (20º) com 2.15.43, seguindo-se Fábio Oliveira (43º) com 2.18.02, Luís Saraiva (48º) com 2.21.23 e Hermano Ferreira (55º) com 2.24.21, num triunfo que pertenceu ao alemão Richard Ringer, com 2.10.21.

Servindo como Taça da Europa (prova colectiva) Portugal obteve o 9º lugar, com um total de 6h55m03s – correspondendo aos três primeiros atletas de cada país – competição ganha por Israel, com 6.31.52, à frente da Alemanha (6.35.52) e da Espanha (6.38.44).

Não tão bem esteve Isaac Nader, 12º na meia-final dos 1500 metros, com a marca de 3m44s59”, que foi o 24º entre os 26 participantes, não estando na final.

No lançamento do peso (masculino), Tsanko Arnaudov foi 9º no grupo onde se inseriu, registando o melhor ensaio a 19,42, que correspondeu ao 22º no conjunto dos 22 participantes, pelo que não foi apurado para a final.

Pior foram os resultados na maratona (feminina) com Susana Cunha a ser a primeira portuguesa (50ª com 2.51.14), tendo Sara Moreira e Solanje Jesus desistido.

O europeu prossegue esta terça-feira, com mais atletas portugueses em competição, que podem ser seguidas através da RTP2.

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