Oito dias após ter completado 60 anos (Lisboa, 21 de abril de 1965-28 de abril de 2025), Álvaro Silva deixou de poder suportar a dor que com ele convivia e saiu mais cedo, do que seria esperado, da cena de vida, deixando o desporto mais pobre.
Com duas presenças olímpicas (1988, em Seul, na estafeta de 4×400 metros, e nos 800 metros, onde chegou às meias-finais; e 1982, Barcelona, na estafeta de 4×400 metros, onde ficou pela eliminatória), Álvaro Silva era um jovem (23 anos em Seul) com larga margem para progredir, como o confirmou com o apuramento para Barcelona (quatro anos depois), se bem que na fase seguinte a vida mudou de rumo.
Fonseca e Costa (que levou Carla Sacramento à medalha olímpica) foi o técnico que o acompanhou desde o princípio (Clube de Futebol Os Belenenses, entre 1982 e 1984 e, depois, no Benfica), no período em que Portugal tinha um meio-fundo e fundo ao mais nível mundial.
Álvaro Silva foi 13 vezes campeão nacional, nos 400m, 800m, 400m barreiras e 4×400 barreiras, tendo representado ainda Portugal no Westathletic e no europeu de juniores.
Foi ainda recordista nacional de 400 e 800 m.