A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) realizou uma sessão de formação em prevenção da dopagem com a seleção nacional de Andebol masculino Sub-17, no decorrer do estágio em Portugal, antes da participação no Festival Olímpico da Juventude Europeia, que se realizou na Macedónia do Norte.
Uma ação que se insere, de forma planeada para todas as modalidades (dentro dos vários escalões etários), porquanto se torna importante promover a preservação da verdade desportiva das competições, como também zelar pela saúde dos praticantes e atalhar qualquer situação duvidosa para que se evite a desvirtuação do resultado desportivo.
Para além disso, nas várias fases competitivas, ao longo de cada época, são definidos os momentos para implementar os controlos de dopagem (em competição ou fora), para que os atletas se apresentem “clean” nos campeonatos europeus ou mundiais nas várias categorias.
Para o caso, a formação abordou temas essenciais como:
- Os principais cuidados a ter com suplementos e medicação;
- As violações das normas antidopagem;
- O processo de controlo de dopagem, com simulação prática com um atleta voluntário;
ações que nunca é demais salientar, responsabilizando todo o “staff” ligado a cada atleta ao longo de cada ano.
De uma forma geral o planeamento abrange todas as modalidades e categorias – de acordo com a legislação em vigor – pelo que no processo também estão os atletas que ou já tem mínimos ou se encontram em lugares elegíveis nos rankings da modalidade, em especial naquelas (Atletismo, por exemplo) em que há uma espécie de “numerus clausulus” para cada prova do calendário, porque modalidade individual.
O que acontece, por exemplo, para o mundial de atletismo de pista ao ar livre (Tóquio’2025 – 13 a 21 de setembro próximo), onde se estima a presença de mais de 2.000 atletas de cerca de 200 países, entre os quais estará Portugal, faltando definir com que “quota”.
A propósito, para quem possa estar interessado, os bilhetes entram em pré-venda nesta terça-feira (dia 5 de agosto).
Noutra vertente e consultando o site da ADoP – Autoridade Antidopagem de Portugal, verifica-se que, nestes últimos quatro anos, os casos positivos tem sido poucos, com a exceção de 2022, quando surgiu o megaprocesso da equipa de ciclismo do FC Porto, que deu origem a aplicação de suspensões longas (duas de 25 anos, nas mais graves), entre outras ainda pesadas (6, 7 e 10 anos) e outras mais leves.
No resumo, em 2021 foram sancionados três desportistas; em 2022 chegaram aos 9; em 2023 foram 4 e em 2024 apenas 1.
Com estes números, pode afirmar-se que o panorama é muito positivo, porquanto a grande maioria dos registos respeita aos que foram suspensos no processo do ciclismo, restando esperar que para este ano (2025) se mantenha.
Mas é importante que se recorde os cuidados que há que ter com a utilização dos suplementos nutricionais, porque podem levar à violação das normas antidopagem, pelo que não ingiram nada sem que um médico valide o produto.
Se pretendemos estar “Juntos pelo Desporto”, saibamos (desportistas e staff) cumprir as regras!
Em especial reportando (via site) os factos de que tenha conhecimento, que é fundamental neste combate e é também um ato de cidadania, com a ADoP a garantir a confidencialidade da informação, utilizando-a exclusivamente para a investigação de eventuais violações de normas antidopagem.
