O Pavilhão da Rota dos Móveis, volta a ser o cenário de mais um europeu de Hóquei em Patins, com maior fé para “dar a volta” ao “infortúnio” sofrido há 13 anos, quando Portugal perdeu o título a seis segundos de terminar o encontro frente à Espanha.
Por outro lado, a fé renova-se todos os dias porquanto, ano após ano, importa dar à luz e criar outras estrelas que possam manter, bem alto, o espírito dos primeiros campeões do mundo, título alcançado por Portugal em 1947, no então Pavilhão dos Desportos (hoje Pavilhão Carlos Lopes), fazendo tocar o Hino Nacional, de que somos capazes, refundando também os acordes dourados que, pela primeira vez na história do desporto nacional, foram alcançados pelo campeoníssimo Carlos Lopes em 1984.
Tudo a condizer a que só falta a equipa nacional “reencarnar” esse espírito e colocá-lo no recinto onde vai decorrer a edição do Campeonato da Europa, que se inicia nesta segunda-feira com Portugal a estrear-se frente à Itália (21h45) no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, Paredes, depois da Espanha ter defrontado (19h) a França, também a contar para o grupo A.
Mais cedo, terão lugar os jogos correspondentes ao grupo B, com o Alemanha-Andorra (14h) e o Suíça-Áustria (16h30).
Destaque para o regresso da Áustria (depois de sete anos de ausência) e para a ausência da Inglaterra, que venceu por 12 vezes, noutros tempos mais antigos.
Quanto aos jogadores, Paulo Freitas (o selecionador que vai abandonar o lugar no final da competição), escolheu Hélder Nunes, que é o mais antigo dos convocados (desde 2012) e que vai capitanear a formação lusa, para além de querer não perder esta oportunidade de Portugal sagrar-se campeão.
Os guarda-redes são Xano Edo e Guga Bento; os defesas/médios são o referido Hélder Nunes, Luís Querido, Zé Miranda, Rafa; os avançados dão pelos nomes de Gonçalo Alves, Miguel Rocha, Rafa Bessa e Alvarinho.
Para Paulo Freitas, selecionador nacional, “vai ser um campeonato extremamente competitivo, onde temos de trazer a nossa melhor versão. A partir de amanhã, temos de estar no nosso melhor para ultrapassar os obstáculos que nos vão surgindo. Vamos focar-nos jogo a jogo, neste momento exclusivamente na Itália”, tendo destacado ainda que “existem quatro candidatos que podem estar na grande decisão. Nós queremos muito estar nessa decisão e queremos muito ganhar, mas não nos podemos esquecer daquilo que temos de fazer diariamente”, destacando também que “contamos com a colaboração de todos os que vão estar no pavilhão, para nos galvanizar e também para nos empurrar nos momentos mais difíceis”.
Todos os jogos têm transmissão em direto na RTP 1 e RTP Play.
Portugal sagrou-se campeão europeu em Sub19
A seleção nacional de Sub-19 conquistou, em Itália, o título europeu do escalão, ao vencer a Espanha por 5-2 na final. Após os triunfos em 2021 e 2023, Portugal alcançou o tricampeonato, coroado com um percurso 100% vitorioso.
Em Viareggio, o jogo iniciou-se com um ritmo alucinante, com as duas equipas a procurarem as transições e a Espanha a adiantar-se no marcador com apenas 30 segundos no relógio: após contra-ataque de Portugal, os espanhóis recuperaram a bola e saíram em transição para fazer 0-1.
O ritmo diminuiu um pouco depois do golo espanhol, mas ambos os conjuntos mantiveram a pressão, o equilíbrio e a procura do golo, com os dois guarda-redes em destaque, a negar a finalização.
Aos sete minutos Portugal logrou o empate, numa jogada combinada em que Santiago Honório conduziu a bola até à área adversária e colocou em Diogo Duarte para este fazer o 1-1, resultado ao intervalo.
No segundo tempo, Portugal entrou determinado e a ameaçar as redes espanholas, no entanto sem conseguir finalizar, muito graças à exibição de Martí Palleja entre os postes espanhóis.
Aos 11 minutos, foi assinalada a 10ª falta espanhola, mas o guardião espanhol defendeu a tentativa de Tomás Santos. No entanto, no minuto seguinte, Portugal chegou à vantagem através de uma iniciativa individual de Rodrigo Preciso, que entrou na área adversária e finalizou com o 2-1.
Pouco depois foi a vez de Portugal cometer a 10ª falta que os espanhóis desperdiçaram.
A vantagem no marcador animou o conjunto das quinas que continuou a pressionar e dilatou para 4-1 em menos de um minuto: primeiro Afonso Ribeiro fez o 3-1 assistido por Martim Lopes e depois, numa jogada individual protagonizada por Diogo Duarte que finalizou de forma magistral para o 4-1.
Espanha tentou reagir e, apesar de ter reduzido na recarga de um penálti (4-2), o conjunto das quinas continuou com maior ascendente e a impor o seu hóquei, com Tomás Santos a fechar as contas e a marcar o 5-2.