A nona etapa, este domingo concretizada, da Vuelta a Espanha’2025 terminou com a vitória do favorito Jonas Vingegaard (Visma/LAB), num dia em que João Almeida teve de lutar sozinho, o que terá originado uma distração que o colocou a 14 segundos do vencedor, que se manteve na segunda posição na classificação geral.
Finalizada a 1.523 metros de altitude, Jonas Vingegaard (Visma | LAB) conseguiu superiorizar-se aos companheiros de route – João Almeida (UAE Emirates XRG) e Thomas Pidcock (Q36.5 Pro Cycling) – que foram os únicos a perder 14 segundos para o dinamarquês.
O nono dia da Vuelta’2025 presenteou os ciclistas com a ligação Alfaro – Estación de Esquí de Valdezcaray, numa distância de 195 km, a terminar com a única contagem de montanha do dia: primeira categoria de 13,3 km a 5,2% de pendente média, com as maiores dificuldades na parte inicial da ascensão.
Uma fuga com cinco ciclistas saiu para a frente da corrida no início do dia, mas a margem nunca foi grande: os fugitivos não tiveram mais de três minutos de vantagem, e foram apanhados à entrada da última subida.
Quando o pelotão atingiu a montanha, foi a Visma | LAB a entrar ao trabalho, e a colocar um ritmo alto para o ataque de Jonas Vingegaard.
A 11 km da meta, Matteo Jorgenson entrou ao trabalho para a Visma | LAB, e lançou Jonas Vingegaard para um ataque poderoso. O dinamarquês apanhou João Almeida recuado no pelotão, e só levou consigo na roda Giulio Ciccone (Lidl – Trek).
O italiano não aguentou o ritmo e descolou pouco depois, para deixar Jonas Vingegaard sozinho na luta pela vitória. Atrás, João Almeida meteu o seu ritmo, e pouco a pouco foi reduzindo a diferença para a frente com Thomas Pidcock na sua roda.
A diferença para Vingegaard era irrecuperável, e o dinamarquês seguiu só para a segunda vitória nesta edição da Vuelta a Espanha 2025. Nos últimos quilómetros, a inclinação suavizou e Almeida e Pidcock uniram forças para minimizar a distância para a frente, e aumentar as diferenças para quem ficou atrás.
Pidcock foi segundo, e Almeida terceiro, ambos a 14 segundos de Vingegaard. Felix Gall chegou a 1m02s do vencedor, e o grupo seguinte, com 13 unidades, perdeu 1m46s para a frente da corrida.
João Almeida pareceu lamentar a pouca ajuda que teve da sua equipa na última subida. O português teve de trabalhar muito, num dia em que os colegas da UAE Emirates XRG não pareceram ter ritmo para acompanhar o grupo dos favoritos à classificação geral.
Começou por falar no “fator surpresa” em relação ao ataque de Jonas Vingegaard. Quando questionado sobre a ajuda que teve dos colegas de equipa, explicou, afirmando que “podia ver que iam no limite, não podiam fazer muito. Senti um bocadinho a falta dos meus colegas hoje, ninguém esteve comigo no final, mas as coisas são como são. A subida não era tao inclinada, poupa-se muito à roda, mas nunca saberemos”.
Ivo Oliveira (Emirates XRG) chegou na 141ª posição, a 21m38 segundos.
Na classificação geral, T. Traeen (Barahein) manteve a liderança, com um total de 33h35m46s (para os 1.423,9 km percorridos), ficando Vingegaard a 37 segundos e João Almeida a 1m15s, que diminuíram a diferença entre os três. Lugares seguintes para Thomas Pidcock (Q36.5), a 1m35s, e Felix Gall (Decathlon), a 2m14s.
Ivo Oliveira (Emirates) desceu ao 139º lugar, a 1h13m13s.
A Vuelta’2025 tem esta segunda-feira o primeiro dia de descanso (em Pamplona) e regressa na terça-feira com a 10ª etapa com novo final em alto, em Larra Belagua, na comunidade de Navarra.
Serão 175,3 km e uma subida final de 1ª categoria (1.509 metros) com 9,4 km a 6,3 % bastante parecida com a chegada a Valdezcaray, etapa que terá 169 ciclistas na parti