Domingo 07 de Setembro de 2025

Portugal campeão na luta da raça lusa para conquistar título europeu de Hóquei em Patins

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WSE

Em três dias para esquecer, a principal equipa masculina de Hóquei em Patins de Portugal desceu ao fundo do poço e, nos dois seguintes, ressurgiu na superfície para, epicamente, dar a volta ao espírito negativo e atingir o céu estrelado ao alcançar o título de campeão europeu.

Foi “cruel” o que se passou no Multiusos da Rota dos Móveis, em Paredes, no decorrer desta competição, com três derrotas consecutivas (que podiam ter eliminado liminarmente a equipa nacional numa outra qualquer situação) que desmereceram, quase por completo, a população em todo o país, habituada que estava, desde 1947 (primeiro título mundial conquistado por Portugal), a que o país de Fernando Adrião, Fernando Cruzeiro, Olivério Serpa, Livramento, Ramalhete e muitas outras estrelas do hóquei mundial, dominaram durante dezenas de anos.

Uma vez mais, essa mesma população, proporcionou ao cinco nacional o apoio moral que precisava para retornar ao caminho dos êxitos retumbantes, como se verificou no final de festa com a receção da Taça que há muito devia estar em Portugal.

Nesta final com a França, para além de ter elevado a estima global a um patamar que se saúda e se deseja continue a ser lá em cima, a formação lusa foi dando luta indispensável para procurar a sorte que se tinha afastado por algum tempo, o que aconteceu a partir do 15º minuto do primeiro tempo, quando Rafael Bessa introduziu a bola na baliza francesa.

Mantendo uma “fome de bola”, a equipa nacional voltou a marcar quatro minutos depois, por intermédio de Alvarinho, um 2-0 que começou a fazer tremer uma França em nítida quebra anímica, por culpa do empenho da formação nacional, e a fechar a primeira parte.

No segundo tempo, Portugal chegou ao 3-0 (21 minutos), num golo marcado por Gonçalo Alves, de grande penalidade, o que levou a uma mudança tática dos franceses, que passaram a jogar sem guarda-redes e só com jogadores de campo, por força do cartão azul mostrado a Luís Querido.

Tática que não resultou porque o quarteto luso se manteve uno e perfeito na manobra de passar tempo, ainda que os franceses tivessem chegado ao 3-1 (a um minuto e vinte segundos do fim), num golo marcado com o patim – tão nítido que não se percebeu a atuação da dupla de arbitragem (que visionou o vídeo – VAR).

Mas com o “psico” em alta, Rafa Bessa, a 55 segundos do final da partida, deu a “machadada” indispensável para fazer o 4-1 e acabar com a “rebeldia” francesa e com Portugal a conquistar mais um título europeu.

O que foi comemorado merecidamente no recinto.

Entretanto, a Itália venceu e relegou a Espanha para o 4º lugar da classificação, o que não se verificava há 75 anos, período em que os espanhóis ficaram sempre no pódio.

Por outro lado, Paulo Freitas, selecionador nacional, cessou funções (vai treinar o FC Porto) e Rafa terminou uma brilhante carreira.

 

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