No Arena Dublin, a seleção portuguesa vai fazer o que for possível – até o impossível – para garantir, desde já, a presença portuguesa em mais uma edição do mundial de futebol, cuja fase final está marcada para 2026.
Seguindo no comando do grupo (10 pontos), Portugal tem cinco pontos de vantagem sobre a Hungria, húngaros que defrontam, também esta quinta-feira, a Arménia, que é a última do grupo, tendo a seu favor jogar em casa e, se vencer, subirá ao segundo ligar do grupo, o que dará, de bandeja, o apuramento luso.
Mas isso será a partir das 20 horas de hoje, pelo que, até, muito há para acontecer.
Em primeiro lugar, o selecionador nacional alertou para as dificuldades que Portugal vai enfrentar perante um adversário fisicamente poderoso e a jogar com o calor do seu público. Mas, ainda assim, não muito diferente da Irlanda que jogou em Alvalade.
A propósito, Roberto Martinez salientou ao site da FPF, que “a Irlanda vai ser igual, mas o jogo vai ser muito diferente. A Irlanda joga muito bem sem bola, gosta de defender bem, mas depois nós também fizemos um trabalho defensivo muito bom. Vamos ver uma Irlanda que vai chegar ao último terço, que vai correr mais riscos nessa parte do jogo. Uma Irlanda sem bola como esteve em Lisboa, mas com bola não. Será um teste muito importante para nós. A Irlanda vai utilizar a força dos adeptos e também as bolas paradas. Um jogo certamente com fases do jogo muito diferente. Amanhã vamos ver um outro lado da Irlanda, uma equipa que poderá criar mais perigo com bola, que estará mais presente no último terço do terreno de jogo.”
O selecionador nacional deu troco ao seu congénere que destacou o facto de Portugal ter fraquezas, tendo Martinez referido que “acho que todas as equipas no mundo têm pontos fortes e fraquezas. A equipa perfeita não existe. Temos de levar o jogo para os nossos pontos fortes. Acho que o onze da Irlanda vai ser diferente do onze que utilizaram em Lisboa. Acho que amanhã vamos ver um jogador mais criativo no jogo entrelinhas, por isso entendo que ele falou sobre as suas escolhas e sobre aquilo que a Irlanda poderá fazer amanhã com bola.”
Sobre jogar em Dublin, referiu que “é um estádio fantástico, a força dos adeptos é muito semelhante ao que nós temos, à força que os nossos adeptos dão à Seleção. Fizemos dois estágios muito bons. Amanhã, em Dublin, com um ambiente especial, podemos atingir o nosso objetivo. É importante que Portugal possa, em todos os estádios do mundo, mostrar toda a sua qualidade e ambição.”
Sobre a chamada do jovem guarda-redes João Carvalho para o lugar de José Sá, o selecionador acdescentou que “antes de mais, deixar uma palavra de conforto e enviar os sentimentos ao José e toda a sua família. Quanto ao João Carvalho é um guarda-redes com um potencial incrível. Já trabalhámos com ele. Quando chegou ao treino tinha um sorriso incrível. Foi muito giro ver o seu nível no treino da Seleção A. É mais uma amostra de que temos jogadores preparados para a Seleção. Acredito que será muito importante para a sua carreira.”
Definindo a abordagem de Portugal, referiu que “queremos estar muito focados no jogo. Se jogarmos bem, teremos mais hipóteses de ganhar o jogo. Queremos fazer seis pontos [nesta paragem]. O adversário tem jogadores muito experientes. Será um grande desafio e um teste interessante – até entusiasmante – para nós. É importante jogarmos bem amanhã, até porque poderá também ser determinante para o futuro da Seleção.”
Sobre a eventual frustração (empate com a Hungria) sentida no jogo de Alvalade, Martínez ripostou que “não creio que frustração seja a palavra. Rematámos ao poste, tivemos 26 remates, o guarda-redes teve uma grande exibição, falhámos um penálti… Portanto, Portugal merecia mais desse jogo. Mas acredito que amanhã será um jogo diferente nesse sentido. Não acredito que a equipa tenha mostrado frustração em algum momento. A equipa continuou a acreditar, a atacar e a ir atrás do resultado e no final fomos compensados. Esperamos um jogo da Irlanda mais parecido ao que teve frente a Arménia, mas estamos preparados.”

