Se bem que dominasse de princípio a fim, em especial na posse de bola, nem por isso o Benfica resolveu o jogo tão cedo como poderia esperar, o que aconteceu pelo facto do Aves ter preenchido o meio campo com duas linhas de quatro jogadores (o chamado “autocarro”), que foram adiando sucessivamente os golos, até porque as águias, no primeiro tempo, pouco fizeram para isso.
Nas oportunidades que criaram, a bola seguiu sempre o caminho errado, ou porque foram para fora ou porque a defesa avense tratou de a desviar da baliza, o que foi conseguindo minuto a minuto.
Rafa (12’) foi o primeiro a fazê-lo, fazendo um remate longo, em arco, para o poste mais longe, mas saiu ao lado, o mesmo sucedendo com Zivkovic (15’) quando rematou e a defesa afastou para canto. O mesmo Rafa (18’), fintou um defesa mas não conseguiu bater o guardião do Aves, que saiu ao seu encontro e resolveu o assunto.
O Aves não não se ficou e (20’) Derley cabeceou ao lado da baliza, seguindo-se (21’) com Jorge Filipe a levar a bola a meia altura para dentro da área benfiquista, onde Jardel, inopinadamente, cabeceou para a sua baliza fazendo a bola bater no poste que ressaltou para a pequena área onde Varela, em disputa com um avançado avense, não conseguiu resolver o assunto, tendo o árbitro marcado falta do atacante. Que “arrepio” para o Benfica.
Jonas cabeceou fraco (28’) e à figura do guarda-redes e Braga (35’) rematou forte por cima da barra de Varela.
No segundo tempo, Zivkovic (46’), no seguimento de um cruzamento de Cervi, pontapeou a bola à primeira mas ao lado, enquanto (52’) Rafa se isolou, baralhou-se com a bola e chutou para fora, denotando-se algum nervoso na formação benfiquista pela falta de golos.
Raul Jimenez (que tinha entrado há minutos) rematou (61’) fraco e à figura do guardião, tendo André Almeida (63’), pela direita, chutado com força mas viu a bola desviada por um defesa para as redes laterais da baliza.
Paulo Machado (65’) perde a maior oportunidade criada pelo Aves, criada por Derley, rematando para as nuvens quando tinha apenas Varela pela frente. No minuto seguinte foi Amilton a aproveitar a bola vinda de Varela, no seguimento de um canto, rematando para as mãos do guardião benfiquista.
Corria o minuto 71’ quando se fez luz. Num ataque rápido, a bola segue pela esquerda e vai a Cervi que a reenviou para o miolo da pequena área onde, sem marcação, Jonas “esperava” a bola para a introduzir na baliza de um Adriano atónito porque o defesa não estava a cobrir a sua saída.
E para “arrumar” o jogo de vez, três minutos depois Ruben Dias fez o 2-0 depois de Raul Jimenez rematar forte para uma boa defesa de Adriano mas para o lado direito, onde surgiu o central Ruben a fazer a recarga vitoriosa.
O Aves sentiu o “peso” dos dois golos e quebrou, enquanto o Benfica continuou a pressionar, tendo Jardel, de cabeça, obrigado Adriano a uma excelente defesa (87’), no que foi o último momento mais importante da parte final do jogo.
Triunfo difícil, plenamente justificado e mais três pontos para o Benfica, que continua na luta pelo pódio, para gaudio dos 50.050 espectadores que estiveram no Estádio da Luz.
Rui Costa foi o árbitro que dirigiu o jogo, sem problemas de maior apesar de alguma dicotomia na mostragem dos cartões amarelos, bem acompanhado pelos assistentes Tiago Costa e João Bessa Silva, tendo as equipas alinhado da seguinte maneira:
Benfica – Varela; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; João Carvalho (Raul Jimenez, 57’), Fejsa e Zivkovic; Rafa (Keaton, 83’), Jonas (Seferovic, 88’) e Cervi.
Desportivo das Aves – Adriano; Rodrigo Soares, Diego Galo, J. Filipe e Nelson; Braga (Machado, 57’), Tissone, V. Gomes e Nildo Petrolina (Elhouni, 65’); Derley e Amilton (Mama Baldé, 85’).
Amarelos: Nelson Lenho (23’), Rúben Dias (51’), V. Gomes (69’), J. Felipe (73’), Fejsa e Machado (90’).
Nos outros dois jogos deste sábado, o Rio Ave venceu o Feirense (2-1) e o Boavista bateu o Estoril (1-0).
Este domingo jogam Portimonense-V. Guimarães, Marítimo-V.Setúbal, Belenenses-Tondela e Paços de Ferreira-F. C. Porto.
