Quarta-feira 24 de Abril de 2024

Sporting de Braga foi à luz derrotar um Benfica em “déficit”

JCMyro / JDM

JCMyro / JDM

No que foi um jogo pleno de pujança, bem disputado do primeiro ao último minuto, com garra, o Sporting de Braga demonstrou porque venceu e convenceu, porquanto foi superior ao Benfica nos momentos mais cruciais da partida.

Com uma primeira parte jogada em “alta rotação”, os bracarenses começaram por mostrar o seu atrevimento, a chamar a si a liderança da partida, pese embora tivesse sido o Benfica a criar uma boa oportunidade para golo (5’), quando Rafa roubou a bola a um defesa e rematou em arco mas com a bola a passar a alguns centímetros do poste mais longe. Um erro defensivo que podia ter custado caro.

Com este “calor”, Vinicius teve (8’) uma arrancada pela esquerda, passando dois adversários, mas rematou para a rede lateral por falta de ângulo para atingir a baliza contrária.

Com a defesa bracarense a tentar fazer “bonitos”, desta vez (11’) foi Cervi que roubou a bola e se isolou tentando rematar em arco mas para fora da área da baliza.

O primeiro momento de Bruno Jesus (árbitro assistente) surgiu (15’) quando levantou a bandeirola a assinalar um fora de jogo “colectivo” porquanto foram três os jogadores benfiquistas que estavam nessa situação. De tal forma que ninguém reclamou.

Apesar de várias tentativas de levar o perigo à baliza de Odysseias, o Braga não teve o discernimento esperado para criar muitas oportunidades de golo, ou porque perdiam a bola por si próprios ou a defesa benfiquista aliviou, se bem que Odysseias também estava atento.

A primeira oportunidade criada (32’) levou a bola ao poste da baliza de Odysseias, que estava completamente batido, no seguimento de um livre marcado por Sequeira e em que Palhinha desviou para o referido poste, ainda que em situação de fora-de-jogo.

Sequeira que (40’) marca outro livre e obrigou Odysseias a socar a bola para fora da sua área de baliza, com nova situação de perigo a ser protagonizada por Fransérgio (45’), que o guardião benfiquista resolveu com alguma dificuldade.

Pressionando nos dois minutos complementares, o Braga acabou por abrir o activo, com um golo obtido por Palhinha (45+1’), no seguimento de um pontapé de canto marcado por Sequeira, em que o atacante bracarense surgiu de rompante entre os dois centrais benfiquistas e desviou para a baliza der Odysseias.

No segundo tempo, face ao elevado ritmo de jogo na primeira parte, o mais preocupante era saber como é que as duas equipas se iriam comportar: se mantinham o mesmo ritmo ou a quebra seria fatal para um ou para o outro lado, apesar dos bracarenses estarem em vantagem.

E foi o Benfica que deu o primeiro sinal de que estava em campo decidido a vencer, como se viu (49’) quando Vinícius rematou forte e atirou a bola ao poste da baliza de Matheus.

Com a entrada de Trincão (57’), o Braga demonstrou que o seu enquadramento dentro das quatro linhas era atacar ainda mais, criando maior pressão junto das linhas atrasadas do Benfica, ao mesmo tempo que se começou a verificar um certo “desalinhamento” na formação benfiquista.

Fruto disso, Odysseias (65’) foi chamado a evitar mais uma possibilidade de golo do Braga, depois de um contra-ataque rápido dos bracarenses, respondendo o Benfica com um remate (68’) de Pizzi a obrigar Matheus a desviar para canto.

Já com algum “déficit” físico e psicológico, o Benfica tentava não perder o tino e Vinícius (75’) rematou forte mas à figura de Matheus, com o Braga a ripostar (77’) e Odysseas a negar o 2-0, no seguimento de um passe de Esgaio para Ricardo Horta atirar à figura, mas com a bola a seguir para canto.

No que foi a última jogada mais complicada na fase final do jogo, André Horta (90+1’) obrigou Odysseas a defender, a dois tempos, um seu remate.

Saliente-se ainda que os dois guarda-redes foram os heróis do jogo, com Odysseias a ser o “mais prejudicado”, porquanto sofreu um golo por “culpa” dos seus centrais, que não acorreram a tempo de evitar o cabeceamento de Paulinho.

Um resultado que se aceita, em termos de jogo jogado.

Sob a direcção de Hugo Miguel, com a ajuda dos assistentes Bruno Jesus e Ricardo Santos – sendo de salientar a boa prestação dos dois últimos na marcação objectiva de foras de jogo e faltas na sua área de intervenção – as equipas alinharam:

Benfica – Odysseias; Tomás Tavares (Dyego Sousa, 86’), Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Pizzi, Weigl (Chiquinho, 79’) e Taarabt; Rafa, Vinícius e Cervi (Seferovic, 62’).

Sporting de Braga – Matheus; Wallace, Raul Silva, David Carmo, Fransérgio e Palhinha; Esgaio, Galeno (Trincão, 57’) e Sequeira; Paulinho (Rui Fonte, 87’) e Ricardo Horta (André Horta, 79’).

Disciplina: Amarelos para David Carmo (21’), Palhinha (35’), Rúben Dias (45+1’), Esgaio (54’), Taarabt (56’), Wallace (74’). Raul Silva foi expulso (90+6’) por ter atingido o segundo amarelo (poucos segundos antes), que juntou ao atribuído aos 45+1’.

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